Ele sai de casa, me levanto e me sento no sofá, filho da puta. Maldita hora que eu me envolvi com esse filho da puta.
Esses dias que eu fiquei com ele, até cogitei sim, em ter algo sério. Mas, foi atitudes que fizeram eu desistir, mesmo que eu tenha um certo sentimento.
Respiro fundo e vou terminar de fazer minhas coisas, vou dormir a tarde toda. Faço tudo de devagar, com raiva, como ele pode fazer isso, que ódio.
Termino minhas coisinhas e vou tomar um banho, lavo meu cabelo e faço minha higiene. A marca do tapa, gerou uma pequena macha vermelha, sinto que vai ficar levemente roxo. Ódio!
Saio do banheiro, coloco uma roupa leve e vou me deitar no sofá, sinto uma brisa fria, saio pra olhar o tempo, vai fazer frio. Tranco o portão e fecho as janelas de casa, fecho minha porta e fico deitada com a minha manta.
Meu celular vibra, vejo as mensagens dele, mas ignoro, não vou responder. Só posso ter cara de otaria, só pode, ridículo!
[...]
Acordo com a chuva, dou um sorriso, amo barulho de chuva. Vejo que são 18 horas da noite e me levanto, vou para cozinha e fazer alguma coisa pra comer.
Vejo algumas mensagens, Fábio tentou me ligar, ignoro tudo dele e volto a fazer minhas coisinhas. Faço alguns petiscos e me sento no sofá pra assistir um filme.
- Alicia, abre aqui - escuto sua voz e fico quieta - Aliciaaaaaaaaaaaaa
Saio pra fora e vejo ele com a moto, a chuva que era forte, virou uma garoa, ela me encara e eu mantenho a minha postura.
- Deixa eu entrar, vamos resolver de verdade. - nego
- Não quero te ver - digo - pensasse antes de me tratar, igual essas coitadas que você pega - ele me encara. - eu não aceito pouca coisa, não retiro nada do que eu disse, eu mereço alguém que seja tudo e se torne tudo pra mim com gestos, você só fez eu ver, o que eu estava cega, esses dois meses que ficamos, você conseguiu estragar tudo! - falo e ele me encara
- Eu não retiro também não, você é minha! - nego - quer pagar pra ver? - me encara
- não estou pagando pra ver, estou te comunicando. É isso - digo e entro pra dentro de casa.
- Você vai ser minha por bem ou por mal - ele fala antes de eu entrar em casa.
Fecho meus olhos e seguro o choro, entro pra dentro de casa. Fico pensando, meu pai sempre me disse que eu tinha que conhecer alguém, que me trate muito bem e que tenha respeito, amor e companheirismo. Fico vendo, que escolhi errado, fui cega e deveria ter visto antes de me envolver com alguém assim. Mas, mesmo com tão pouco tempo, eu desenvolvi um sentimento por ele.
Isso vai fazer com o que eu fique com ele? Não, mas eu gosto dele, enfim uma otaria. Sempre fui contra essas coisas e cá estou eu, me envolvendo com cara que vai contra todos os meus pensamentos. Envolvendo não, tentar sair de uma furada!
Sempre sonhei com um relacionamento maneiro, eu tive um, mas ele preferiu ficar com outra, do que comigo. E simplesmente foi embora, eu só fui saber quando vi uma foto dos dois e logo em seguida uma mensagem dizendo me esquece, fui bloqueada de tudo. Agora pergunta se eu sei do porquê disso tudo, não sei, não sei de exatamente nada, até porque, pra mim estava tudo bem entra a gente. Eu recebi uma surpresa linda, me dizendo que eu fui corna e trocada. Eu tinha 17 anos e ele 23, uma diferença boa? Sim, mas que mal tem, eu estava amando, nunca mais soube nada dele e nem quero, foi a maior desilusão que eu tive.
Realmente, Lorena tem razão, eu tenho dedo podre pra homem. Ela está completamente certa, choro ao lembrar do tanto que eu sofri por ele e o quanto me arrependo de ter me envolvido com o Fábio e ter desenvolvido uma sentimento a mais.
Choro por não ter a minha mãe pra me aconselhar, e mesmo que eu tenha entrada nessa porque eu quis, gostaria do carinho dela agora. Choro até não ter lágrimas, minha cabeça dói e meus olhos estão totalmente inchados. Durmo com a dor no peito e o arrependimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A DAMA DO TRAFICANTE
Novela JuvenilEm meio de tantos problemas, eu conseguiria me manter de pé e feliz, mesmo sem a minha mãe, meu pai conseguiu suprir todo afeto e carinho que me faltava, sempre fomos nós dois, isso já me basta. Só que eu não imagina, que o verdadeiro problema est...