Capitulo 24

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Acordo bem cansada, tomo um banho pra tirar a preguiça e coloco uma roupa leve pra ir trabalhar. Tomo um café rápido e saio tranquilamente pela rua.

O morro está agitado, esquisito pra uma manhã, são apenas 8 horas da manhã. Vejo alguns traficantes falando no rádio, alguns pra lá e pra cá.

Estranho, alguma coisa aconteceu. Chego no bar e vejo seu Zé arrumando algumas mesas.

- Morro está agitado hoje - digo

- Eu reparei mesmo minha filha, estranho - eu assinto

- vou deixar meu celular na gaveta e já venho ajudar o senhor - digo

- Vai lá e toma café antes - me olha

- estou sem fome - digo

Guardo meu celular dentro da cozinha e venho pra fora ajudar seu Zé. Vejo dona Marlene vir, beijo seu rosto e continuo meu trabalho.

- Amiga, se não sabe - Lorena chega nervosa

- O que? - olho ela

- Carolina deu um golpe no Fábio, roubou o dinheiro dele quase todo. - ela diz - roubou tudo o que tinha casa, só não levou mais porque ele guarda em vários lugares. - ela fala,minha boca vai no chão.

- Menina, ele deve estar louco - eu digo.

- Ela dopou ele e os meninos que ficam na vigia da casa.

- Caramba, que babado - falo de boca aberta.

- Alicia, olha o que a vó fez pra você - Dona Marlene chega com dois pedaços enormes de bolo e café pra mim.

- Aí gente, eu amo a senhora - abraço ela.

- E pra mim tia, os de verdade eu sei quem são - Lorena faz drama

- Vou trazer pra você sua feia - Dona Marlene fala

- Trás pra senhora também, tenho uma fofoca pra contar - a veia sai correndo praticamente, dou risada e fico falando sobre o acontecido com a Lorena.

[...]

Eles queriam porque queriam achar a loira, mas com certeza ela está bem longe daqui. Heitor entra cansado visivelmente, ele me olha e sorri

- Ali ve um rango pra mim. Tô varado - eu assinto

- quer o que loiro? - pergunto

- Qualquer coisa - ele diz e se senta no balcão

Faço o prato dele, coloco arroz, feijão, batata feita e dois pedaços de bife.

Levo pra ele que me agradece, ele como com tanta vontade. Pego a coca pra ele e dou.

- Valeu mesmo, tô cansado pra caralho. Nem dormi.

- Alicia minha filha, pode almoçar, vou olhar o balcão aqui, come tranquila - Dona Marlene diz

- vou por um prato pra mim e venho aqui comer com você - ele sorri

Faço meu prato e em outro coloco salada, levo os dois pra mesa e me sento pra comer.

- Eu percebi que o morro está agitado - digo

- A vagabunda da Carolina, deu o golpe do Fábio - ele diz - eu avisei, sabe Aly, o cara ficou cego por ela - ele diz

- eu imagino que tenha avisado mesmo - falo

- O cara, disse que a culpa era nossa - ele diz e eu arregalo os olhos.

- Heitor porra, tem tempo pra comer não - Fábio chega no bar nervoso

- Ve se me erra, tô a noite todo acordado porque sua galinha saiu fora - diz

- EU PAGO VOCÊS PRA TRABALHAR - Fábio grita e bate na mesa.

- O caralho fi, tô com fome e eu vou almoçar. Se liga, sou cachorro não pra tu dizer o que eu posso ou não fazer. Quem mandou ser otario e não me ouvir. - Heitor diz tranquilamente, comendo sua comida.

- Vai pra puta que pariu - Fábio esbraveja.

Ele se senta lá fora, e faz um gesto que está bem nervoso. Heitor olha, se levanta e puxa ele pra dentro.

- Seu Zé, faz um prato para o chefe - ele diz

- Irmão, calma, come e vamos atrás daquela filha da puta. Ela vai ser cobrada. - pego meu prato com comida e começo a cortar a carne.

- Eu não entendo do porque ela ter feito aqui, mano, eu dava tudo pra aquela porra - ele diz olhando indignado.

- Vamos caçar ela nesse rio de Janeiro todo. - Heitor diz

Vão caçar e vão perder tempo, se eu fosse ela teria ido pra outro lugar, b longe daqui. Outro país ou estado. Ficar no Rio é sentença de morte garantida, ela não seria burra a esse ponto.

- Vou caçar ela em todo canto - ele diz - ela vai me pagar.

Como queita, seu Zé trás a comida dele que come tudo devagar. Algumas vezes ele me olha, mas eu fingo que não é comigo.

- tenta relaxar agora - Heitor diz


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