Fábio Henrique
Caike entra na minha sala e vê Carolina sentada no meu colo, ele nega com a cabeça e vejo seu olhar decepcionado. Logo ele sai e Heitor entra, o mesmo vê a Carol, e manda ela sair.
- Voltou com essa vagabunda? - ele me fala
- Não fala assim dela, ela me explicou o que aconteceu! - digo - ela foi obrigada a fazer isso!
- Obrigada? - começa a rir - Você é um otario! - ele diz
- Você é ridículo, namoral! Se você se fuder, vou estar aqui pra dizer bem feito! - ele diz e sai.
Logo a mesma entra na sala e vem na minha direção, ela fico me olhando sorrindo.
- Acho que seus amigos não vão me aceitar! - ela diz
- Eles não tem que dizer nada e nem aceitar, eu que mando nessa porra - digo - vão ter que respeitar!
- E a outra amor? - ela perguntou
- Deixa ela no canto dela, cada um na sua! - digo sentindo um negócio esquisito dentro de mim.
- Ela vai continuar aqui!? - me olha incrédula
- Você quer que eu faça o que? Expulse ela? - me olha.
- Claro, ela vai fazer de tudo pra chegar perto de você. - ela diz nervosa
- Não posso, ela não cometeu nenhum ato errado! - digo
- Se ela chegar perto de você, vou levar ela para as ideias. - ela diz nervosa
- Deixa de caô, agora vai pra sua casa que eu tenho que trabalhar. - falo serio.
- Vai me ver mais tarde tá! - Me dá um beijo e fica me olhando
Meus sentimentos por ela continuaram os mesmo, mas algo está diferente, só não sei o que!
Trabalho o dia todo e depois passo no bar pra comprar uma cerveja, dona Marlene estava atendendo, ela me olha, mas não diz nada! Compro minha cerveja e vou pra minha casa, tô cansadão!
•••
Acordo com dor de cabeça, vou direto para o banho, relaxo quando sinto a água quente bate nas minhas costas, fico parado vendo a escova de dente da Alicia, sinto um bagulho dentro de mim, fui errado! Mas, estava nervoso, acabei falando coisas que quase não são verdadeiras!
Tomo um banho rápido, jogo a escova fora e vou até meu guarda roupa, pra me trocar. Nem tomo café, vou direto pra boca. Assim que chego, vejo os meninos resolvendo as coisas, e vou falar com eles.
- Eai, tá tudo certo aqui? - Heitor é o único que me responde.
- Está sim! - diz sério.
- Caike - ele me olha - relatório na minha mesa tá! - assentiu.
Fica um clima estranho, então decido sair dali pra tomar café, entro no bar e vejo ela atrás do balcão. Dona Marlene vem me atender, fico olhando cada passo dela, que parece abatida.
Ela me olha, mas desvia o olhar rápido, seu José sai e mexe com ela que sorri pra ele. Ele vem com meu pedido, e vejo seu olhar sério pra mim
- valeu seu Zé - ele bate nas minhas costas
Tomo meu café e vejo ela recebendo todo o dinheiro no caixa, logo chega um caminhão de entrega e Alicia atende os caras, vejo um rapaz olhando ela. Algo dentro de mim cresce de ódio, odeio que olhem ela.
- Posso colocar aonde moça? - o motorista pergunta.
- Ali atrás moço - ela diz e ele faz como ela pede.
- A conta - grito e ela me olha.
Seu Zé estava resolvendo as coisas com a entrega dele e Dona Marlene deveria estar ocupada. Encaro ela vindo na minha direção, ela entrega o papel, mas não diz nada.
- Quanto? - pergunto de propósito
- 21,50 - ela diz seria.
Tiro a nota de cinquenta e entrego pra ela, a mesma tira dinheiro do bolso e me devolve meu troco. Ela coloca o dinheiro na mesa, guarda o restante e pega as coisas que comi e sai pra cozinha.
Me levanto e volto pra boca, começo a resolver as coisas da carga, abastecer as bocas de fumo e o asfalto.
- O dinheiro da boca! - Caike entra
- O Gerente do pó, mandou voce ir falar com ele! - ele
- Sobre o que? - ele me encara.
- Deu b.o la! - ja fico nervoso.
- Vamos la! - me levanto.
Caike sobe na moto dele e eu vou na minha, passo pelas vielas e chego na porra da boca! Vejo os moleques tudo na atividade, gosto assim!
- O que aconteceu Dudu? - ele me olha
- Um filho da puta, de um viciado atacou nosso vapor hoje com uma fala. - Ele diz nervoso. - Roubou as drogas que ele tava - diz
- Cadê essa porra? Já pegaram? - bato na mesa.
- Saiu correndo, mandei os moleques ir atrás, não vou deixar isso barato. Vou cobrar e vai ser da pior maneira.
- E o irmãozinho? - pergunto
- Tá no hospital parceiro, atomou 8 facadas - o mesmo diz nervoso.
- Da uma assistência pra família, quero ele recuperado. Qualquer coisa me avisa, quero esse filho aqui - falo nervoso.
- Beleza irmão! Fé - faço toque com ele - qualquer coisa você me dá um salve!
- Beleza! - saio de lá com a cabeça a milhão!
- Caike, fala para os meninos que eu quero ele vivo! - falo
- Pode deixar, vou mandar o papo para os moleques. - subimos nas motos e voltamos pra boca!
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A DAMA DO TRAFICANTE
Teen FictionEm meio de tantos problemas, eu conseguiria me manter de pé e feliz, mesmo sem a minha mãe, meu pai conseguiu suprir todo afeto e carinho que me faltava, sempre fomos nós dois, isso já me basta. Só que eu não imagina, que o verdadeiro problema est...