Capitulo 42

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Fábio Henrique

Caike entra na minha sala e vê Carolina sentada no meu colo, ele nega com a cabeça e vejo seu olhar decepcionado. Logo ele sai e Heitor entra, o mesmo vê a Carol, e manda ela sair.

- Voltou com essa vagabunda? - ele me fala

- Não fala assim dela, ela me explicou o que aconteceu! - digo - ela foi obrigada a fazer isso!

- Obrigada? - começa a rir - Você é um otario! - ele diz

- Você é ridículo, namoral! Se você se fuder, vou estar aqui pra dizer bem feito! - ele diz e sai.

Logo a mesma entra na sala e vem na minha direção, ela fico me olhando sorrindo.

- Acho que seus amigos não vão me aceitar! - ela diz

- Eles não tem que dizer nada e nem aceitar, eu que mando nessa porra - digo - vão ter que respeitar!

- E a outra amor? - ela perguntou

- Deixa ela no canto dela, cada um na sua! - digo sentindo um negócio esquisito dentro de mim.

- Ela vai continuar aqui!? - me olha incrédula

- Você quer que eu faça o que? Expulse ela? - me olha.

- Claro, ela vai fazer de tudo pra chegar perto de você. - ela diz nervosa

- Não posso, ela não cometeu nenhum ato errado! - digo

- Se ela chegar perto de você, vou levar ela para as ideias. - ela diz nervosa

- Deixa de caô, agora vai pra sua casa que eu tenho que trabalhar. - falo serio.

- Vai me ver mais tarde tá! - Me dá um beijo e fica me olhando

Meus sentimentos por ela continuaram os mesmo, mas algo está diferente, só não sei o que!

Trabalho o dia todo e depois passo no bar pra comprar uma cerveja, dona Marlene estava atendendo, ela me olha, mas não diz nada! Compro minha cerveja e vou pra minha casa, tô cansadão!

•••

Acordo com dor de cabeça, vou direto para o banho, relaxo quando sinto a água quente bate nas minhas costas, fico parado vendo a escova de dente da Alicia, sinto um bagulho dentro de mim, fui errado! Mas, estava nervoso, acabei falando coisas que quase não são verdadeiras!

Tomo um banho rápido, jogo a escova fora e vou até meu guarda roupa, pra me trocar. Nem tomo café, vou direto pra boca. Assim que chego, vejo os meninos resolvendo as coisas, e vou falar com eles.

- Eai, tá tudo certo aqui? - Heitor é o único que me responde.

- Está sim! - diz sério.

- Caike - ele me olha - relatório na minha mesa tá! - assentiu.

Fica um clima estranho, então decido sair dali pra tomar café, entro no bar e vejo ela atrás do balcão. Dona Marlene vem me atender, fico olhando cada passo dela, que parece abatida.

Ela me olha, mas desvia o olhar rápido, seu José sai e mexe com ela que sorri pra ele. Ele vem com meu pedido, e vejo seu olhar sério pra mim

- valeu seu Zé - ele bate nas minhas costas

Tomo meu café e vejo ela recebendo todo o dinheiro no caixa, logo chega um caminhão de entrega e Alicia atende os caras, vejo um rapaz olhando ela. Algo dentro de mim cresce de ódio, odeio que olhem ela.

- Posso colocar aonde moça? - o motorista pergunta.

- Ali atrás moço - ela diz e ele faz como ela pede.

- A conta - grito e ela me olha.

Seu Zé estava resolvendo as coisas com a entrega dele e Dona Marlene deveria estar ocupada. Encaro ela vindo na minha direção, ela entrega o papel, mas não diz nada.

- Quanto? - pergunto de propósito

- 21,50 - ela diz seria.

Tiro a nota de cinquenta e entrego pra ela, a mesma tira dinheiro do bolso e me devolve meu troco. Ela coloca o dinheiro na mesa, guarda o restante e pega as coisas que comi e sai pra cozinha.

Me levanto e volto pra boca, começo a resolver as coisas da carga, abastecer as bocas de fumo e o asfalto.

- O dinheiro da boca! - Caike entra

- O Gerente do pó, mandou voce ir falar com ele! - ele

- Sobre o que? - ele me encara.

- Deu b.o la! - ja fico nervoso.

- Vamos la! - me levanto.

Caike sobe na moto dele e eu vou na minha, passo pelas vielas e chego na porra da boca! Vejo os moleques tudo na atividade, gosto assim!

- O que aconteceu Dudu? - ele me olha

- Um filho da puta, de um viciado atacou nosso vapor hoje com uma fala. - Ele diz nervoso. - Roubou as drogas que ele tava - diz

- Cadê essa porra? Já pegaram? - bato na mesa.

- Saiu correndo, mandei os moleques ir atrás, não vou deixar isso barato. Vou cobrar e vai ser da pior maneira.

- E o irmãozinho? - pergunto

- Tá no hospital parceiro, atomou 8 facadas - o mesmo diz nervoso.

- Da uma assistência pra família, quero ele recuperado. Qualquer coisa me avisa, quero esse filho aqui - falo nervoso.

- Beleza irmão! Fé  - faço toque com ele - qualquer coisa você me dá um salve!

- Beleza! - saio de lá com a cabeça a milhão!

- Caike, fala para os meninos que eu quero ele vivo! - falo

- Pode deixar, vou mandar o papo para os moleques. - subimos nas motos e voltamos pra boca!

A DAMA DO TRAFICANTE Onde histórias criam vida. Descubra agora