Capitulo 25

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Fábio Henrique

Acordo com a minha cabeça um pouco pesada, olho para o lado vejo que está amanhecendo. Carolina não está do lado, me levanto e vou até o banheiro ver se ela está lá.

- cadê essa mina - olho dentro no closet, vejo a porta do meu cofre aberta.

- Não, não, NÃO. - Olho para todo lado, desço correndo e vejo meus vapores dormindo.

Dou um chute em um que não acorda, o outro vai acordando ao poucos. Ele me olha sem entender nada, vejo do lado tem dois pratos de comida largados.

- EU PAGO VOCÊS PRA DORMIR CARALHO? - grito

- Patrão, não sei o que aconteceu. Eu comi a comida que a patroa deu e não me lembro de mais nada  - ele diz olhando nos meus olhos.

Parece estar falando a verdade, mais se a mulher que eu coloquei dentro da minha casa me roubou. Como vou confiar nesses dois.

- Cadê aquela filha da puta?  - pergunto pegando ele pega gola

- Não sei chefe, ela entrou depois que deu a comida - ele diz  com medo. - Patrão, eu não tô mentindo, estou dizendo a verdade - ele diz nervoso.

- Vamos ver isso depois - falo soltando ele

Pego meu celular que estava na sala e ligo várias vezes pra ela, caixa postal, não é possível, vadia, vagabunda desgraçada. Como foi me roubar aquela imunda, eu fazia de tudo por ela.

Heitor chega em casa e me olha, pelo que parece ele já sabe.

- Mano, Carolina tá ai? - perguntou

- Porque? - olho sério pra ele

- A mãe dela passou com tudo a noite pela barreira, não voltou até agora, os meninos gritou pra ela parar. Mas ela saiu vazada - diz - precisa avisar a filha dela, vai que a velha lá tá com problema

- a duas estão  - digo me sentando nervoso

- Como assim? - pergunta

- a vagabunda me roubou - ele olha sério pra mim - levou a parte do dinheiro que eu guardava aqui

- Filha da puta, ela tava dentro do carro - fala sozinho

- Manda os caras achar ela, vou matar aquela vagabunda  - digo nervoso

Passo a manhã toda tentando achar ela, mas nada, a menina evaporou, filha da puta, mas um dia eu trombo ela. Quando pegar também  vai ter no direito a caixão, porque vou queimar ela viva até o fogo consumir o corpo dela.

Isso que dá confiar em mulher, isso que dá aceitar ter uma na sua vida. Eu deveria ter escutado o meu pai, mas o trouxa quis bancar o boyzinho apaixonado e se fodeu.

- Irmão  - caike entra - pelo que parece a loira saiu do estado - me olha

- Vadia, ela vai me pagar um dia - bato na mesa

DIAS DEPOIS

Já tem quase um mês, simplesmente a mina desapareceu com meu dinheiro. Não creio que eu cai igual um pato no golpe daquela maldita, a filha da puta me fez de otaria.

Mas nunca mais mulher me faz de besta, até porque agora vão comer da minha mão. Vejo as contas que eu tenho em alguns nomes falsos que eu carrego.

- Patrão - menor entra - o dinheiro do asfalto  - diz me entregando a pequena bolsa que ele estava

- Quanto? - olho pra ele

- 5 mil, são dos dois caras que vendem nas boates - fala

- Otimo - abro a bolsa e vejo as vendidas, tiro um bolo de dinheiro

- Tô saindo fora, só me chamar - diz e sai com seu fuzil atravessado nas costas.

Conto o dinheiro, e guardo no cofre. Tiro 500 reais e deixo comigo,  volto a ver as finanças pra distrair minha mente

Heitor entra na minha sala e se senta, continuo meu trabalho, vou mandar fazer um baile e aumentar o valor das drogas. Organizo uma tabela de preço, vou repassar para os manos.

- Irmão, faz um baile - ele me olha  - você vai lucrar, vai ser muito pra você distrair  cabeça.

- Vou ficar suave quando eu meter o aço na vadia da Carolina  - falo

- Confia, faz baile nos  toda sexta e sábado, vamos vender pra caralho  - ele diz

- pode ser mesmo - falo olhando pra ele

- vai caralho, fora que vamos comer várias novinhas  - ele fala esfregando a mão.

- só pensa em foder né. - ele ri

- Farra e sexo, tudo o que eu quero - ele diz

- organiza o baile então - falo sem olhar pra ele - vou aumentar o preço das drogas.

- beleza - diz se levantando e saindo.

Termino de fazer o meu trampo e vou pra casa, o silêncio está está essa casa é incrível.  O cheio daquela puta está aqui, em todo canto na verdade.

Eu realmente queria ela pra mim, parei até de comer as outras. Aí a mina vem e faz um bagulho desse, tá me tirando.

Vou pra cozinha, nos últimos dias eu mal tenho parado  casa, só venho pra tomar banho e dormir. Estou comendo na rua, pego meu rádio e mando os moleques pegar uma marmita pra mim e vou na geladeira pegar alguma coisa pra beber. Pego a garrafa de água e boto em cima da pia.

Vou pegar o copo e um envelope cai de no chão. Pego aquele envelope e abro, se tem uma coisa que eu sou, é curioso pra caralho.

Vejo fotos da Carolina com outro cara, fico sem acreditar, além de otario a vagabunda me botou chifre.

" Saudades de ver esse rostinho lindo "

" Você me deixa louco "

" a  vontade de foder você é enorme, principalmente quando vejo suas fotos"


Olho para todas as fotos, vejo um pen-drive e vou correndo atrás do notebook. Acho o mesmo e coloco, entro no arquivo e vejo que tem vários vídeos e fotos.

- Ah me fode vai, isso  - a voz é nítida  enquanto passa o vídeo caseiro na tela do computador. Na minha mente só se passa como eu fui otario.

Olho aquele vídeo inteiro, nesse não mostra o rosto do desgraçado. Assim como as fotos, não mostra o rosto de nenhum deles.

Entro em outro vídeo, ela estava deitada enquanto ele fodia ela. Cada vídeo me dá nojo, como eu pude ser tão idiota.

No último, ela fazendo um oral no cara, taco o computador no chão com toda força do mundo.

- Filha da puta - grito - é melhor correr mesmo, que um dia tu vai lagar por tudo o que fez comigo.


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