Capítulo 32

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Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?

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DEREK

Era um dia ensolarado e eu estava deitado preguiçosamente em uma espreguiçadeira na piscina do hotel. Era meu último dia de "férias" e eu não queria ir embora. Aqui estava tão bom, que eu poderia ficar aqui mais quinze, vinte ou até trinta dias tranquilo. A cor da minha pele já tinha mudado, resultado de muitos dias curtindo a praia. Estava bem mais dourado e também me sentia mais disposto.

Os primeiros dias foram...

Ah, tive a brilhante ideia de ir a praia sem passar protetor solar. Aquela ideia idiota que vem a mente achando que por estar frio não queimaria. Como sou burro.

Não queimei demais, mas o suficiente pra arder pra caralho! Então, sendo assim, os primeiros dias não aproveitei quase nada.

× × ×

Coloquei minha cabeça no lugar, pensei muito e cheguei a conclusão que se tudo deu errado a culpa foi única e exclusivamente minha.

Não tinha porque eu culpar ninguém. Eu fui o errado da história e eu agora devo arcar com as consequências.

× × ×

Ryan...

Bom, não sei se foi o certo, mas liguei pra ele e dei um fim na nossa "relação" precoce. No começo ele relutou e disse que amava, que não iria desistir de mim e que era pra eu repensar.

Talvez, só talvez eu tenha sido um pouco sem coração e pisado nele. Mas foi necessário.

No fim, bem ou mal ele entendeu e disse que talvez nem era amor - concordei é claro. Ele não me amava, não me ama e nunca iria amar. Ele só amava o meu corpo e aquilo que eu tinha pra oferecer entre quatro paredes. Nada mais que isso. Absolutamente nada mais.

× × ×

Agora o que faltava pra eu refazer minha vida totalmente, era esquecer de vez o João - quem sabe um dia, não é?

× × ×

Estava com os olhos fechados e com uma toalha no rosto. Já eram mais de duas da tarde, eu podia aproveitar um pouco mais antes de pegar o vôo a noite.

Senti alguém sentando do meu lado e já desconfiava quem era.

- Já almoçou? - perguntou e neguei - já são quase três horas, Derek.

- Não tô com fome - falei tirando a toalha do rosto - cadê o doutor? - perguntei.

Conheci os dois por um acaso quando estava no bar do hotel e um cara começou a mexer com ele. Fiquei olhando de longe e quando vi que ele foi agarrado a força, me intrometi no meio e separei. Na verdade eu nem fiz muita coisa, o namorado dele que tinha ido atender uma ligação, apareceu e deu uns bons socos no cara. Indo assim nós quatro ir parar na delegacia por desordem.

- Tá falando com a mãe dele - ele riu - nem queria, mas eu insisti sabe? - seu olhar ficou distante por um segundo, antes de fixar no meu - pelo menos ela tá tentando uma reaproximação.

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