HISTÓRIA CONCLUÍDA
Revisado por mim — sem revisão profissional.
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DEREK
Foi em uma festinha na sua casa que comecei a olhá-lo diferente.
Até então, tinha me encontrado com ele poucas vezes. Apesar de conviver muito com Maurício e Guilherme, nas vezes que eu ia na casa dos dois, raramente ele estava.
Eu o achava muito "topetudo". Guilherme gostava demais dele, e eu não entendia o porquê. Pra mim era só mais um desses adolescentes que se acham, com os hormônios a flor da pele e cheio de espinhas.
Bom, até aquele fatídico dia, era o que eu realmente achava.
Eu nunca tinha olhado ele com outros olhos e nunca reparei nele por mais de dois segundos.
Nossas conversas eram rasas. Nunca havíamos sentado pra bater um papo, ou o que seja. Ele era só o filho do Maurício, e eu era só o amigo de Guilherme.
Até aquele dia.
Guilherme e Maurício tinham ido viajar. Meu amigo estava fazendo faculdade, e como estavam com suas vidas corridas, tinham pouco tempo pra se curtirem. Qualquer brecha que encontrava, Maurício levava ele pra viajar, conhecer novos lugares, novos ares, novas pessoas. Só não tinham ido pra fora ainda, porque Guilherme tinha certa aversão a aviões.
O aniversário de João Miguel era exatamente catorze dias depois desse final de semana em que os dois haviam ido viajar. Mas é claro que ele resolveu dar uma festa na casa do pai pra comemorar bem antes da data certa.
Guilherme, apesar de quieto é muito esperto. Ele sabia muito bem que o garoto ia aprontar. Não tenho idéia como, mas ele soube das intenções do enteado, antes mesmo de pegar a estrada com destino as praias paradisíacas do litoral.
Achando que tudo estava sobre controle, e que teria o fim de semana livre pra fazer o que bem entendesse, é óbvio que ele organizou uma festa, e convocou a criançada toda.
Estava eu, tranquilo. Deitado na minha cama, assistindo um filme, comendo pipoca e tomando uma coca geladinha.
Tudo na mais perfeita paz!
Até Maurício me ligar nervoso avisando o que estava acontecendo. Adolescentes bêbados, som alto e várias reclamações de vizinhos nervosos pela bagunça em plena madrugada.
Desliguei o celular, e olhei as horas: uma e trinta e sete da manhã.
Sem muita coragem, e desanimado me levantei. Pausei o filme, me troquei, peguei a moto e parti em direção ao condomínio dos dois. Foram menos de vinte minutos até eu estacionar na frente da casa de dois andares cor marfim, com vidros esverdeados distribuídos por todos os lados. Guilherme tem muito bom gosto - penso. A casa que sempre sonhou, me disse certa vez.
No mínimo, há umas cinquenta pessoas distribuídas por todos os lados.
- Oi - uma loirinha chega ao meu lado.
Dou um sorriso, e me aproximo do seu rosto afim de perguntar onde está o responsável pela festa.
- Minha linda - falo alto por cima do som - cadê João Miguel? - ela me olha sem entender, e sorri em seguida.
- Daniel! - olha de um lado para o outro e depois grita.
Em menos de cinco segundos, aparece um rapaz de sorriso fácil na nossa frente.
- Qual é Lola - pergunta virando o resto de cerveja na boca.
- Seu nome é Lola mesmo? - pergunto.
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Fascínio [CONCLUÍDO]
Roman d'amour*ROMANCE GAY Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler esta história em seu formulário original e se...