Cinco anos depois...
JOÃO MIGUEL
— Quantos anos você tem? — pergunto terminando de guardar algumas provas na pasta.
— Dezesseis. Dois meses e meio, pra dezessete. — me olha com um sorriso gigante no rosto.
Parece ter menos. — penso.
— Nem se eu quisesse teria jeito. — abro a garrafa bebendo um pouco da água.
— Ninguém precisa saber... — essas garotas estão cada dia mais precoces.
O fogo que habita no meio das pernas delas, parece ser incontrolável.
— Além de você ser de menor, o que me daria um problemão. — pego a mochila colocando uma alça só no ombro. — eu gosto de pau sabe? — seu sorriso se desfaz. — tá vendo isso aqui? — mostro minha mão esquerda. — são mais de... — faço as contas mentalmente. — seis anos sentando em um pau só.
— Tú é... — abre a boca assustada. — gay? — concordo. — eu não sabia... — sussurra sem graça.
— Ah, e nem precisava. — dou uma bagunçada no seu cabelo. — já vou indo, Esther. — dou um thauzinho. — fui!
Respiro fundo já do lado de fora da sala e pego o celular.
Tento pela milésima vez ligar pro Derek e só dá caixa postal.
Onde esse filho da puta se meteu? — penso.
Podem se passar anos e anos que ele não muda. Continua o mesmo — talvez pior que antes.
— Quer uma carona? — me assusto com Breno. — hoje tá muito mais quente que ontem.
— Pode ser. — aceito. — como foi o final de semana com a família da noiva?
— Cara... — suspirou. — nem te conto.
× × ×
Entro na sala, coloco a bolsa no aparador e tiro o tênis me jogando no sofá. Fecho os olhos por alguns minutos e tento relaxar o corpo.
Estou cansado e não é pra menos, o dia todo com adolescentes acaba com qualquer um.
Nem cansa tanto o corpo, mais é a mente.
Coloco os pés em cima da mesinha de centro e relaxo o corpo.
Foram alguns segundos da mais perfeita paz, até...
— Oi, amor. — passou a mão no meu braço seguido de um beijo no rosto. — tá cansadinho? — pergunta.
— Estou. — resmungo tentando esquecer que ele tá do lado, mas é impossível.
— Hum... — resmunga. — eu fiz bolo, quer? — abro um olho só e analiso suas feições.
Derek cada dia, mês, ano que passa fica mais bonito. Com trinta e três anos deixa no chinelo qualquer novinho.
Morro de ciúmes e não nego. Já fiz tantas besteiras nesses anos juntos que as vezes fico com vergonha. Ele também tem, só que sabe se controlar muito.
Meu amigo, o Breno, fica louco tentando entender como eu posso receber tantas propostas de alunos e ainda sim, não pegar ninguém.
Com um homem desses, pra que?
Ele me completa em todos os sentidos. E até hoje me pego agradecendo a Deus esse cara maravilhoso que ele pôs na minha vida.
— Tá rindo porque? — se sentou no braço do sofá.
— Um aluno...
— Outro? — irritado.
— Esse é bem gostosinho. — mordi o lábio. — parece um nerdzinho, sabe?
— Grande coisa. — fingiu desinteresse, mas eu sei que tá se roendo.
Se tem uma coisa que ele tem ciúmes, é do meu trabalho. Me formei a pouco mais de um ano e meio, e desde então sinto ele um pouco paranóico com a questão de eu trabalhar com tantos rapazes e moças.
— Quase... Quase cedi.
— Quase? — indagou curioso.
Ele se remexe inquieto e coça a barba com rispidez.
— Quase. — concordei. — só que aí me lembrei do meu noivo gostoso... — passei a mão na sua calça que já mostrava um volume considerável. — quem precisa de um nerdzinho quando se tem um puta homem gostoso desse?
Aquele sorriso que ainda me mata de tesão se faz presente no rosto dele.
— Safado. — ele se levantou e parou na minha frente. Segurou meu rosto enfiando seus dedos no meu cabelo e puxando. — quer dizer que sou gostoso?
— Muito! — lambi seu queixo.
Meu corpo já estava quente e eu sabia bem onde íamos parar.
— Gosta disso aqui... — passou a mão no peito e desabotoando os primeiros botões da camisa social.
— Prefiro isso aqui. — apertei seu pau por cima da calça.
— E eu adoro isso aqui. — bateu a mão no meu rosto. — e isso aqui. — enfiou o dedão na minha boca e eu chupei olhando-o nos olhos.
Puxei ele pela calça e beijei sua boca sentindo sua língua sugar qualquer vestígio de sanidade que ainda existia em mim.
× × ×
Depois de sentar de frente no meu colo, ajudo a terminar de tirar a minha camiseta. A sua já está aberta quase até a metade e sua calça desabotoada.
Que tesão de homem!
— Eu tô suado. — falo, mas ele ignora continuando a chupar e lamber meu pescoço, ombro e por cima do peito.
— Eu gosto desse cheiro... — sua língua rodeia o meu mamilo e suga com força.
— Ahn... — seguro sua cintura. — melhor eu tomar um banho.
— Eu já disse que adoro esse cheiro? — lambe meu pescoço e morde.
— Já disse Derek... — mordo seu lábio e puxo. — hoje é sexta, sabe? — passo a mão na sua barba que está grande. — dia de bater o gilete no azulejo.
— Vai raspar o cu? — me ignora. — tú sabe que eu gosto... — geme quando mordo sua orelha. — ahn...
— Eu tô falando disso aqui. — puxo alguns fios de cabelo com força. — vamos parar com essa viadagem e raspar isso aqui? — beijo seu nariz.
— Eu já disse, não disse? — sai do meu colo se ajoelhando no meio das minhas pernas. — só vou tirar quando tú aceitar. — puxou meu shorts com a cueca até em baixo.
— Tá ficando velho e inventando uns troços nada a ver. — fecho os olhos quando sua língua rodeia a cabeça do meu pau. — tá salgadinho?
Pergunto sentindo sua língua me sugar com fome.
— Uma delícia! — pisca um olho, enquanto desce a língua até a base do meu pau. — pena que eu não tô em casa todo dia... — sussurra. — queria te pegar assim todo dia...
— Cachorro! — seguro sua cabeça com as duas mãos fazendo-o se engasgar.
— Filho da mãe. — senta sobre os calcanhares.
— Continua... — relaxo o corpo e fecho os olhos.
— O nerdzinho que tú quase... Cedeu. — lambeu minha barriga. — será que ele chupa assim?
— Melhor...
— Melhor?
Descobri depois de alguns anos morando juntos, que viver perigosamente...
É bom! — com raiva ele me come mais gostoso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fascínio [CONCLUÍDO]
Romance*ROMANCE GAY Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler esta história em seu formulário original e se...