Nina sempre via o garoto de olhos verdes sentado no Café, tomando chá e lendo um livro. Ela o achava interessante, pois ele lembrava ela mesma...quando ainda acreditava em contos de fadas.
Harry veio da Inglaterra pra Nova York com o objetivo de re...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
HARRY
Chego em casa e deixo minha mochila sobre o sofá, tentando resistir a vontade de me deitar ali mesmo e me desligar do mundo, mas sei que tenho que ir pro estágio, já que vou abandona-lo no começo de junho e tenho vários manuscritos pra analisar.
Assim que as provas finais acabarem, e as notas saírem, em vou trancar minha matrícula e voltar pra Holmes Chapel, já esta decidido. Pensei que quando finalmente tomasse a decisão eu me sentiria aliviado, mas sinto um aperto do peito e uma angustia que não tem nada a ver com alívio nesse momento.
Desde que conversei com a minha mãe, há três semanas, e ela me propôs voltar pra Inglaterra, eu tenho enrolado pra tomar a decisão. Então, essa semana não pude mais adiar e decidi começar os preparativos, porque não me resta outra alternativa, já que não quero ficar aqui me sentindo tão sozinho como estou.
Eu demorei tanto pra resolver porque eu tinha esperanças de que a Nina me procurasse e dissesse que me amava, nos dando mais uma chance. Mas, nessas três semanas, isso não aconteceu.
Queria procurar ela e quase o fiz várias vezes, mas não havia mais nada que eu pudesse dizer a ela que ela já não soubesse. A decisão agora estava nas mãos dela e eu não quis ficar perseguindo ela como um maníaco. Se ela quisesse, ela sabia onde me encontrar.
Porém, depois de ter dado o primeiro passo pra voltar pra Inglaterra, eu ia mesmo procurar por ela, pra poder contar que eu ia embora. Era uma última tentativa que eu faria, pra que ela percebesse que estava abrindo mão da gente, sem chance de volta agora. Mas acabou que encontrei com ela, por puro acaso, no prédio da reitoria.
Eu abri meu coração pra dela, disse tudo que eu precisava que ela ouvisse antes que eu fosse embora. Eu desisti, foi isso que disse a ela, mesmo não usando essas palavras. Ela apenas me ouviu, mas não disse nada que pudesse me fazer mudar de ideia. Por que eu ia mudar de ideia se ela pedisse...é patético, eu sei, mas se ela me pedisse pra ficar, por ela, eu ficaria.
Acho que é por isso que me sinto tão derrotado agora, porque realmente sinto que acabou...eu e a Nina...não existe mais chance! Todos esses dias eu alimentei a esperança de que ainda existia uma chance pra nós, mas agora sei que acabou e isso esta me doendo demais!
Tomo um banho e arrumo tudo pra ir pro estágio. Me forço a comer ao menos um sanduíche, pois sei que perdi peso nesses últimos tempos e preciso estar bem pra enfrentar esse último mês aqui em Nova York. Mesmo trancando a faculdade, quero fechar esse semestre com honras, pois pretendo continuar a faculdade de onde parei assim que minha cabeça estiver no lugar de novo.
Quando estou arrumando minha mochila pra sair o interfone toca. Não tenho ideia de quem poderia ser e não me interesso muito pelo assunto. Mas, quando atendo e escuto a voz da Nina, pedindo pra subir e falar comigo, eu demoro alguns segundos pra respondê-la, pois eu não a esperava.