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— Como se sente?

Brenna estava em pé ao lado da Alex que estava em uma espécie de maca em uma sala enorme branca. Alex se sentou e olhou para Brenna, estava confusa com o que aconteceu.

— Onde estou?

— Você está se recuperando, precisa ficar aqui.

— Mas eu não quero, aonde Octávia está? Ela deve estar preocupada.

Alex se levantou e sentiu-se fraca, Brenna segurou-a em seus braços e sorriu.

— Alexia, você não está bem, precisa repousar.

Alex suspirou e deixou que uma lágrima caísse, tinha medo de perguntar a Brenna se tinha morrido, se tinha deixado Octávia. Não queria nem mesmo cogitar essa possibilidade, sua alma estava totalmente conectada a tenente.

— A morte é relativa, Alex. Octávia está bem.

— Pode ouvir o que penso?

— Sim... temos uma ligação muito forte.

— Quando vou poder ir?

— A ansiedade não vai te ajudar aqui, precisa ter paciência e se recuperar agora.

Alex suspirou e fechou os olhos tentando lembrar do que aconteceu antes de perder a total consciência, mas a cada vez que surgia as lembranças, ela sentia vontade de matar seu ex sogro com as próprias mãos.

— A vingança não é algo bom, é preciso perdoar se quiser seguir em frente.

— Eu não posso ter privacidade em meus pensamentos?

Brenna sorriu a tocou as mãos da Alexia, sentia-se feliz ao estar ao lado dela, sem poder explicar qual a real conexão de outras vidas que elas tinham.

— Estou aqui há quanto tempo?

— Acredito que uma semana.

— Tudo isso? Octávia deve estar preocupada, me ajude a ir embora.

Brenna sorriu, gostaria muito de ajudá-la, mas não podia, aplicou uma espécie de calmamente e Alexia voltou a dormir profundamente.

— Você precisa ir para casa, já está há uma semana do trabalho para o hospital, não vou aceitar perder você também, Octávia.

Octávia olhou para sua irmã Beatrice visivelmente cansada, desde que Alexia entrou em coma que a tenente não tinha vida própria, vivia em função da Alex, vivia para ela.

— Sério, vai para casa, descanse, eu fico aqui. Qualquer coisa eu te ligo.

— Estou bem, Trice.

— Por favor, olhe para você... Alex vai ter um susto se acordar e ver você assim. Você está horrível.

— Está bem. Promete me ligar?

— Claro.

Octávia entrou no carro totalmente cansada, dirigiu com dificuldade e exausta, ao chegar, tomou um banho demorado e se deitou, o cansaço foi extremo e apagou.

Beatrice olhou para Alexia deitada ali, não tinha expressão nenhuma, estava tão pálida que jurava que não viveria mais do que algumas horas, ela não se movia a mais de oito dias, seu corpo estava sendo completamente monitorado. Não conseguia entender o que Alexia tinha de tão especial que conquistou suas irmãs Octávia e Brenna, sentiu um ciúme que a incomodou e se sentou, não queria pensar assim, mas era inevitável.

Trice fechou os olhos pensando em Brenna, amava sua irmã com tanta devoção que era impossível lembrar dela sem que uma lágrima surgisse, entendia que sua irmã tinha razão ao dizer que o sentimento mais puro que existe é a empatia, sentiu-se culpada em sentir ciúmes de Alexia com suas irmãs, era como se Brenna estivesse ali, ajudando a refletir.

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