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Alexia tinha acordado bem cedo, após dar banho na Brenda e alimenta-lá, colocou um desenho e deixou que ela ficasse brincando no tapete da sala enquanto preparava o café da manhã. Trice logo se levantou visivelmente melhor, sorriu e foi para a sala brincar com a Brenda.

— Como está se sentindo hoje? — Alex perguntou.

— Melhor, desde ontem que coloquei tudo pra fora eu não senti mais enjoos. Octávia está dormindo?

— Saiu bem cedo, ia visitar os pais com a dona Rosa. — Respondeu

— E vocês? Nem tive tempo de perguntar.

— Estamos bem, conversamos...

— Fico feliz, e Sabine? Não falou mais com ela?

— Ainda não, vou tentar passar no escritório hoje.

— Octávia vai ficar uma fera se souber.

— Eu só preciso esclarecer algumas coisas Trice, só isso.

No início da tarde Octávia chegou, deu um beijo carinhoso na Brenda e sorriu para Alex que estava trabalhando sentada no chão.

— Convidei um amigo para jantar conosco hoje, se não quiser cozinhar, podemos sair e jantar em algum lugar. — Disse Octávia para Alex.

— Não tem problema, adoro cozinhar. — Disse Alex beijando Octávia.

— E quem é? — Perguntou Trice com curiosidade saindo do quarto.

— Bruce...

Beatrice olhou para o celular e recusou pela 16º vez a ligação da Manu, não queria vê-la, se sentia profundamente magoada por ter entrado naquela relação apenas por ela, mas não ter se sentido valorizada na primeira dificuldade.

— Beatrice, estamos falando com você.
— Repreendeu Octávia.

— Desculpa, o que era?

— Já marcou uma consulta?

— Amanhã, eu combinei com Eduardo de ir ao hospital. Estou indo família, preciso trabalhar.

— Venha para o jantar, espero você. — Pediu Octávia.

— Está bem. Tchau gente.

Trice saiu e entrou no carro, desligou o aparelho celular e fechou os olhos tentando se acalmar. Após estacionar, ela desceu pegando os materiais no banco de trás e percebeu alguém se aproximar.

— Beatrice...

Ela se virou rapidamente e encarou os olhos impacientes da negra a sua frente. Evitar a Manu definitivamente não era uma tarefa fácil.

— O que quer? — Perguntou voltando atenção ao que estava fazendo.

— Trice, eu vim pedir que me perdoe, eu agi com impulsividade, por favor, volte para casa.

— Está perdoada, e de verdade eu entendo você. — Confessou Beatrice encarando Manu, mais firme do que jamais pensou conseguir. — Está tudo bem, não se preocupe com isso.

— Podemos jantar hoje? Precisamos conversar.

Beatrice olhou-a por um momento e sorriu entristecida. Seu coração estava em pedaços e queria chorar.

— Eu te perdoo justamente porque tenho a consciência de que o erro foi meu em acabar aceitando me meter no seu casamento, mas isso não vai mudar a relação de vocês, pode ficar tranquila, vocês podem fingir que nunca aconteceu, podem continuar com a vida de vocês como se eu nunca tivesse existido.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora