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— Bruce, encontrei uma coisa. — Disse Leandro chamando a atenção de todos e mostrando a arma da Octávia no chão e uma quantidade significativa de sangue.

— Sangue... Octávia está ferida.

— Ou morta nesse momento. — Retrucou Marcos pensativo.

Continuaram as buscas ainda mais preocupados, sozinha, na mata escura e ferida, a chance de sobrevivência não era a das melhores.

— Leandro, vá até a pousada e pegue o celular da Octávia, Bruno é capaz de tudo, ninguém deve preocupar a família agora, entendido?

— Claro, não demoro.

Octávia abriu os olhos e sentiu dores fortes, gemeu involuntariamente suando frio.

— Graças a nossa senhora que você acordou menina. — Disse a senhora voltando de dentro da casa.

— É ela? — Perguntou.

— Sim Jucelino, ela foi baleada.

Com cuidado colocaram-a em uma espécie de carriola de madeira levando-a para pista, pediram carona e a levaram para uma cidade vizinha, único lugar onde Octávia poderia ter atendimento médico. Retiraram a bala alojada e fizeram os primeiros atendimentos, Octávia estava dormindo, sedada.

Amanheceu e as buscas continuaram, Bruce desceu junto com Marcos o extenso barranco e observou uma casinha abandonada, bateu mas ninguém apareceu.

— Pois não. — Respondeu Juscelino aparecendo atrás da casa.

— Estamos procurando uma mulher, ela provavelmente está ferida.

Juscelino observou os dois homens e viu que aparentemente eram policiais, mas naquele lugar não podia confiar em ninguém, imaginou que a moça foi atingida por eles e correria riscos se ele falasse a verdade.

— Eu não sei de nada meu filho. Não vi ninguém. — Mentiu.

— Está bem, aqui está o meu telefone, caso veja alguma coisa ligue para nós, será recompensado.

Ele balançou a cabeça concordando, por um momento ficou imaginando em que poderia estar envolvida aquela mulher, sabia que na fronteira tinha coisas pesadas acontecendo, e esperaria que a mulher acordasse para entregá-la a polícia.

— 36 dias hoje, Octávia não ligou ainda. — Disse Alexia.

— Vamos esperar, só mais um pouco, está bem?

— E se tiver acontecido algo, Beatrice?

Ambas se calaram quando o interfone do apartamento tocou, Alexia se levantou para atender.

— Bom dia, senhora. Tem um homem querendo vê-la, ele se identificou como tenente Bruno.

— Pode deixar subir, obrigada.

Alexia olhou para Trice nervosa e não disse nada, estava agora com mais medo do que antes.

— Eu atendo. — Alexia olhou para Trice quando alguém bateu na porta.

Alexia analisou o homem alto e com barba a sua frente, ele vestia as mesmas fardas que Octávia, Alex sentiu seu estômago revirar por um momento.

— Alexia, bom dia. Não nos conhecemos, posso entrar? — Disse Bruno observando a casa e Beatrice sentada com Brenda no colo.

— Claro, quer beber alguma coisa?

— Não, obrigada. Não trago boas notícias. — Suspirou ele e deu uma pausa, Alex se sentiu trêmula. — A tenente está desaparecida.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora