Meu anjo da guarda

21

Alexia respirou fundo antes de sair da casa da Manu, deixando Brenda aos cuidados de sua ex cunhada, iria encontrar Amanda e não daria chance nenhuma para que ela se aproximasse da menina. Estacionou no local combinado e desceu do carro, avistou Amanda sentada sozinha em uma mesa próximo a janela e tomando algo que parecia um chá, se sentou e a observou, ela tinha a pele mais corada e agora com um pouco mais de peso, sorriu para Alexia e ficaram em silêncio por um momento.

Beatrice se assustou em saber que Amanda estava ali, e que podia pedir para ficar com a menina, a guarda da criança ainda era provisória, o que as assustavam ainda mais. Trice pediu que Alexia agisse com cautela, para que pudesse acima de tudo negociar, qualquer que fosse as intenções dela ali.

— Fiquei surpresa em saber que você está aqui, como está? — Disse Alexia iniciando o assunto.

— Estou bem, e sua esposa, onde está?

— Viajando a trabalho. — Alex não queria que Amanda descobrisse que estava cuidando sozinha da Brenda.

— Entendo. E a bebê? — Alexia sentiu-se nervosa, mas lembrou-se da Beatrice e tentou se manter calma.

— Brenda... está bem. O que quer?

— Alexia vou ser direta, preciso de uma ajuda financeira. Não estou mais trabalhando.

— Quer um trabalho?

— Também, mas preciso de 10 mil reais, pra me estruturar sabe? Comprar alguns móveis, alugar uma casa.

— E o que mais?

— Não se preocupe, não tenho intenção nenhuma em ficar com a menina, mas sei que é algo valioso para você, e se você for pensar bem, eu não ganhei muito com isso. É justo que eu seja recompensada.

Alexia se sentiu aliviada por um instante, não saberia como resolver a situação se Amanda quisesse a menina.

— Eu não tenho esse valor hoje.

— Bom, sendo assim, acho que consigo muito mais com a criança.

— Amanda... me de um tempo, tá legal? Eu vou te dar, mas preciso de alguns dias.

— Acho que até sexta-feira eu posso esperar.

— Eu te ligo. — Alexia se levantou e olhou pela última vez para Amanda.

Beatrice olhou para Alexia nervosa depois de tudo o que ouviu sobre a conversa com a Amanda, e se sentou no sofá.

— 10 mil reais? Você sabe que ela não vai parar por aí não é?

— Só preciso de um tempo Beatrice, só enquanto a adoção ainda é provisória, vou ajudá-la só dessa vez.

— Fale com sua advogada, veja judicialmente o que pode ser feito.

— Tem razão, Brenda deu trabalho?

— Não... dormiu o tempo todo.

Octávia estava em uma pousada afastada da cidade, observando alguma movimentação suspeita com um binóculo, Bruno a olhou e a observou por um momento.

— Vou comer alguma coisa, precisa de algo, Tenente?

— Não, obrigada.

Bruno saiu e Octávia continuou a observar, precisava conhecer tudo muito bem antes de agir. Pegou o celular e discou para Beatrice sem tirar os olhos de seu alvo.

— Trice, bom dia.

— Octávia, que bom falar com você, como está? — Alexia olhou para Trice e sentiu seu coração bater mais rápido.