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Anne após os exames e uma investigação mais aprofundada ficou claro que havia sido torturada e ameaçada por Bruno a sequestrar a criança, e graças aos cuidados dela, Brenda não teve maiores traumas, pois cuidou para que a pequena acreditasse que a mãe já estava indo buscá-la e não deixou que Bruno se aproximasse em momento algum.

Anne já tinha entrado em contato com uma amiga que lhe fazia companhia no hospital, não deixou que Bruce entrasse, mesmo ele insistindo. Ainda era forte a lembrança de Bruce naquele dia que entendeu as coisas de forma errada, e ao invadirem, Bruce tomado por raiva empurrou-a contra a parede mal deixando que a mesma se explicasse, e acusando-a injustamente de ter compactuado com todo o sequestro. Aliás, como julga-lo? Era o que aparentava, em um momento complexo como aquele Anne parecia estar tranquila ao lado da criança, o ódio muitas vezes nos cega, e nos faz acreditar na mentira e desacreditar da verdade.

A amiga destrambelhada da Anne saiu deixando-a sozinha, foi quando Bruce que aguardava esse deslize há muito tempo aproveitou para entrar no quarto.

— O que faz aqui? — Perguntou Anne olhando em direção a porta.

— Anne. Vim pedir desculpas.

— Ok, já pediu, pode ir.

Bruce trancou a porta e se aproximou da cama em que ela estava com alguns lugares enfaixados, e uma costela fraturada.

— Me desculpe, eu não quis acusá-la.

— Foi obrigado fofinho? — Bruce suspirou com a ironia.

— Não... mas as circunstâncias apontavam pra você.

— Eu não seria tão cínica...

— Eu sei... como você está?

— Respirando, é o que importa. Pode sair da minha frente?

— Se desarme, por favor, não quis magoá-la.

— O Bruno já está morto, e sua obrigação comigo acabou, pode ir Bruce.

— Eu não estou aqui por obrigação Anne. Estou aqui porque quero saber como você está.

Anne revirou os olhos, estava magoada e com o orgulho ferido, não conseguia admitir que o que lhe mais machucou foi Bruce tê-la tratado mal, bem ou mal, admitia que adorava dividir a cama com ele, e ao perceber o pensamento ruborizou-se imediatamente expulsando-o dali, e fazendo com que Bruce fosse embora.

Se passaram alguns dias e Manu já estava em casa se recuperando, visivelmente melhor, e até mais conformada, Trice estava deitada ao lado dela que assistia um filme, com a barriga toda a mostra e usando um top e uma calcinha grande e confortável.

Manu olhou-a e sorriu, não imaginava que poderia estar vivendo a maternidade dessa forma, queria de forma tardia engravidar e por uma possível consequência do destino não pode. Mas sentia a cada dia que se passava, que precisava encarar com firmeza o que estava por vir, e também sabia que cuidaria dos gêmeos como se fossem seus. Trice estava comendo um chocolate e lambendo os dedos, Manu sorriu e acariciou a sua barriga exposta.

— Deixe de lamber os dedos de forma sexy, estou impossibilitada de fazer esforços. — Disse Manu fazendo Trice olhá-la sorridente.

Trice se concentrou na TV, estava agoniada por não estar podendo transar como gostaria, Manu não podia e Eduardo e ela tentavam evitar a todo custo manterem relações em respeito à Manu que estava em recuperação.

— Como se sente?

— Muito melhor hoje, o medicamento que Eduardo trouxe foi ótimo.

— Que bom. Mas está com dor?

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora