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Octávia chegou e beijou Alexia nos lábios, Alex observou-a por um momento e sorriu um pouco nervosa.

— Octávia, precisamos conversar.

Octávia tirou a arma colocando-a sobre o balcão, olhou para Alexia, e se sentou de frente para ela.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sabine me procurou hoje... Amanda quis conhecer a Brenda.

— E como foi? Por que não me ligou? Eu teria ido com você.

— Você me avisou que estaria ocupada, além do mais foi muito mais tranquilo do que eu imaginava...

— Sério?

— Sim, Amanda está diferente.

— Não quero mais que vá sozinha, e prefiro que continue não confiando nela. Se arrume, vamos jantar com a dona Rosa.

Após Alexia arrumar as coisas, ambas saíram pra antiga casa da Octávia, que agora vivia a dona Rosa sozinha.

— Entrem, o jantar já está quase pronto. Como você está linda Brenda, mas precisa comer, está fraquinha.

— Vó, a Brenda está saudável, não se preocupe.

Alexia sorriu e se sentou no sofá colocando um desenho para Brenda enquanto conversavam tranquilamente.

— Octávia, já ia me esquecendo, uma moça veio aqui querendo vê-la, Anne o nome dela, o telefone dela tá ali anotado na agenda.

Alexia olhou para Octávia que aparentava uma tranquilidade que não tinha, não fazia ideia de como Anne podia tê-la procurado e nem como a encontrou mesmo depois de algum tempo.

— Anne?

— Sim, impossível que não se lembre, você sempre dormia na casa dela filha. — Octávia se arrependeu no mesmo momento em ter tocado no assunto.

Octávia olhou para dona Rosa que percebeu que falou demais, fingiu não ter percebido e começou a cantarolar uma música enquanto levava a travessa de lasanha ao forno. Octávia suspirou pela gafe de sua avó e voltou o olhar para sua esposa que estava com as bochechas coradas.

— Quem é Anne, Octávia?

— Eu trabalhei um período para ela...

— Vocês tinham algo?

— Filha, me ajude aqui. — Disse dona Rosa percebendo o tom da conversa na sala.

— Terminamos esse assunto em casa. — Respondeu Alexia.

Naquele momento era como se Alexia saísse de sua zona de conforto, apesar de ser tão ciumenta quanto Octávia, sentia confiança suficiente em sua esposa, mas talvez percebia que sua extrema dedicação à sua filha, esfriasse um pouco sua relação com Octávia, talvez o medo extremo de perder Brenda a qualquer momento, fazia com que Alexia não desse importância suficiente ao seu casamento se esquecendo até dela mesma como mulher e se dedicando apenas como mãe.

Beatrice estava deitada na cama após um longo dia de trabalho, hoje era um daqueles dias em que não se sentia bem, estava com os pés e pernas inchadas e com um mal estar que lhe incomodava completamente, Manu e Eduardo estavam demorando mais do que o normal naquela noite, e apesar de ter um ou outro funcionário na casa, sentia-se sozinha.

Trice olhou o celular e se sentou na cama, ligou para Eduardo e ficou esperando que ele atendesse a ligação, o que não aconteceu. Fez o mesmo com a Manuela, que um pouco depois de alguns toques atendeu.

— Aonde vocês estão? — Foi a primeira pergunta que fez ao ouvir uma música alta do outro lado.

— Estamos no jantar beneficente, eu avisei a você. Está tudo bem?

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora