— Sempre tão sexy...
Octávia olhou de lado ignorando completamente Flávia, foi o mais afastado que pode da cidade e a encarou.
— Fala logo, o que quer?
— Te ver, conversar com você, matar a saudade. — Flávia tocou os seios da tenente que pegou-a pelo pulso afastando.
— Eu não sei como você tem coragem de me procurar, mesmo depois de tudo, Flávia.
— Eu sempre fui a melhor amiga da Elisa, que descanse em paz... — Disse sarcástica. — Me lembro que ela contava detalhes de como você a pegava na cama, de como a possuía por ciúmes... você sempre parecia tão sexy tenente, eu sempre me masturbava após ouvir os relatos.
— Por que não me entregou de uma vez?
— Por que eu ia querer você presa em uma penitenciária qualquer, se posso ter você presa a mim?
— Você só pode estar louca.
— Você já pensou o que sua esposa vai pensar se souber que você mesma atirou na Elisa? Talvez ela não confie mais em você tanto assim.
Octávia pegou-a pelos cabelos encarando seus olhos frios e azuis, Flávia era a parte do passado que mais tocava na ferida profunda que Elisa representava.
— Você sabe quantas pessoas eu já matei? Você sabe que não me importaria em acabar com sua medíocre vida?
— Você não faria isso, Tenente... deixei explícito para uma pessoa, entregar uma carta e uns arquivos a corporação caso aconteça algo comigo. Eu não estaria aqui desprevenida, por favor, eu não sou sou burra!
Octávia soltou-a prendendo os cabelos longos em um coque bem firme, olhou para frente e suspirou.
— O que quer? Dinheiro?
— Você Octávia.
— Eu não vou trair Alexia, nem mesmo trairia a memória da Elisa com você.
— Se você não tivesse atirado na minha melhor amiga, isso não estaria acontecendo.
Octávia respirou fundo para não perder a paciência.
— Você não tem como provar.
— Octávia, por favor. Eu não estaria aqui se não pudesse provar. Além do mais, por que eu te ajudaria sem querer nada em troca?
Flávia tirou do bolso sua cartada final, um vídeo das câmeras de segurança que mostravam o dia em que tudo aconteceu. Octávia se descontrolou por um momento indo para cima dela jogando seu celular pela janela do carro.
Flávia aproveitou a oportunidade segurando-a e beijando a tenente, desejou sempre tê-la ao seu lado, e teria nem que fosse contra a vontade de Octávia. Octávia se afastou estapeando o rosto da Flávia que sorriu mordendo o lábio e apertando os seios.
— Sempre quis seus beijos, Octávia... mas adoraria ter sua boca me fodendo.
Octávia olhou para ela com nojo e ligou o carro de volta para casa.
— Você é tão previsível... eu sabia que jogaria um dos meus celulares pela janela, não sou idiota para salvar em um só lugar. Aliás, o que eu estou pedindo não é nenhum sacrifício, ou não me acha atraente?
Octávia olhou-a prendendo novamente o olhar nas ruas, tinha que encontrar uma saída para se livrar da Flávia o quanto antes.
Chegou em frente o condomínio e olhou para Flávia, ela sorriu e subiu as mãos para dentro das coxas da tenente e a olhou.
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Meu anjo da guarda
SpiritualA vida da Alexia, uma mulher forte de 29 anos tornou-se um verdadeiro inferno desde que decidiu se separar do seu marido abusivo Rafael. Mas o que ela não podia imaginar, era que a mulher que a salvou, no dia em que ela pensou que morreria nas mãos...