36

5.2K 479 144
                                    

Octávia estava mexendo o café após colocar uma rasa colherinha de açúcar, experimentou o líquido quente e encarou Bruce.

— Como assim, não quer continuar cuidando da segurança da Anne? Sabemos que Bruno é inteligente, não posso correr o risco de colocar alguém que não seja da minha confiança.

— Tudo bem, Octávia... você tem razão.

— Qual é Bruce? Aconteceu algo entre vocês?

— Não, claro que não Octávia... além do mais vocês já tiveram algo no passado e eu te respeito, tu sabe disso.

— Eu sou casada, eu não me importo caso se envolva com Anne... ela é maravilhosa, merece alguém legal como você.

Bruce continuou pensativo, sabia que Octávia era bastante articuladora, mas agia sempre com descrição.

— Já resolveu o assunto com Bruno?

— De certa forma...

— O que fez?

— Fiz com que alguns presos soubessem que ele era um policial.

— Caralho... Vão massacra-lo lá dentro.

— Eu juro que não queria que chegasse a esse ponto, na verdade sempre fui fiel a amizade que tínhamos, mas ele se tornou meu maior pesadelo, e meu maior inimigo, hoje é Anne, amanhã pode ser minha família, precisava tomar alguma providência.

— Talvez, se ele não tivesse sido inconsequente, ele seria nomeado tenente no meu lugar. — Respondeu Bruce pensativo.

— Sem duvidas Bruce, eu valorizo quem está ao meu lado.

— Acha que Anne ainda corre algum perigo?

— Por parte do Bruno? Não... porém pode ainda ter alguém a mando dele, não posso confiar.

— Tem razão.

Anne abriu os olhos e percebeu que estava sozinha, alcançou o celular e viu que já eram 10:32h, não sabia como tinha dormido tanto, e pra ser sincera, sentia-se renovada. Pediu o café da manhã no quarto e ligou o notebook pesquisando passagens para voltar para casa, sabia que de alguma forma Octávia resolveria, e não tinha necessidades de permanecer ali.

Bruce bateu no quarto antes de entrar, cumprimentou-a e observou a tela do computador.

— Anne... Octávia ainda está resolvendo, se você voltar para casa, eu terei que acompanhá-la.

— Quanto tempo?

— Aproximadamente uma semana.

Anne concordou e comprou as passagens para alguns dias depois. Bruce se sentou próximo a ela, aproveitando para trabalhar.

Manuela estava acordada entre Eduardo e Trice que dormiam tranquilamente, naquele momento, era como se o choque que sentiu ao receber a notícia tivesse passado, e só restasse ali uma vontade de lutar com todas suas forças por sua cura. Manu deslisou a mão para a barriga nua da Trice que já era visível, se aproximou dela beijando-a e acordando com carinho.

— Manu... está tudo bem? — Perguntou Trice sonolenta.

— Sim... acorde.

Trice se esticou na tentativa de despertar, Manu acordou Eduardo, e após os dois terem acordado se sentou na cama olhando para eles.

— Vamos a praia?

— Estamos no meio da semana Manu, não podemos deixar para o fim de semana? — Perguntou Trice.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora