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Alexia já havia recebido alta, estava com as mãos enfaixadas e com dores que não aliviavam nem por um milagre. Suas mãos agora estavam com cicatrizes causadas pelo fogo, sabia que era algo irreversível pois não tinha intenção de se submeter a cirurgias, aquelas marcas significavam muito mais do que uma tragédia, significava mais um livramento, e mesmo em meio às dores, sentia-se grata. Octávia abriu a porta do carro e a ajudou subir até o apartamento, apesar de se sentir bem, não podia tocar em nada.

— Está com fome? Quer que eu peça algo?

— Sim... pode ser qualquer coisa.

Octávia pegou o celular no bolso de trás da calça para ligar e percebeu que tinha cerca de cinco ligações vindas da base, tratou de imediatamente retornar. A tenente foi informada que uma mulher ligou procurando-a, solicitando com urgência o seu número pessoal. Não fazia ideia nenhuma de quem poderia ser, as mulheres com quem transava não teriam necessidade de ligar para a base, todas tinham o seu número. Mas o que Octávia não sabia, é que não teria como evitar de conhecer essa mulher, e que depois desse encontro, sua vida jamais voltaria ser a mesma.

— Octávia, tudo bem? — Alexia perguntou curiosa.

— Sim...

Octávia se sentou ao lado da pequena e a beijou, deslisou as mãos para sua cintura em um desejo descontrolado por Alexia. Alex estava ofegante, nunca esteve tão excitada como agora, mas se sentia insegura por nunca ter transado com uma mulher antes.

— Octávia... — A tenente olhou-a compreendendo sua insegurança e sorriu, beijou-a na ponta do nariz e se levantou.

Alex observou Octávia pegar os remédios e ajudá-la tomá-los. Tirou as faixas que cobriam suas mãos e com muito cuidado limpou suas cicatrizes, depositando uma pomada gelada que causava frescor imediato.

— Acho melhor deixar suas mãos livres. O que acha?

— Também prefiro.

Octávia tirou o dia para cuidar da Alex, mas sentia-se estranha como se já suspeitasse que algo de muito sério estivesse pra acontecer. Apesar de não acreditar em nada do além, ela sempre sentiu sua intuição muito forte. Alex percebeu que ela não estava bem, pensou até que podia ser uma impressão errônea e ignorou, lembrou da mulher que a salvou diversas vezes e pensou na possibilidade de ser algum familiar da Octávia por tanta semelhança.

— Você tem irmãos, Octávia? — Perguntou tentando descobrir algo.

— Não. Por quê?

— Curiosidade... — Respondeu.

— Minha mãe é relativamente nova, ela tem cinquenta anos, mas sou filha única.

Alex estava pensativa, não era possível que estivesse ficando louca, quem era aquela mulher que a salvou tantas vezes? Por que ela era tão parecida com Octávia?

— Quer ajuda para tomar banho?

Alexia olhou para Octávia e sentiu suas bochechas queimarem, não sabia o que fazer, estava completamente envergonhada em ter que se submeter a isso.

— Estou bem. — Disse.

— Alexia... não precisa ter vergonha, eu já te vi nua. Vamos, eu te ajudo.

Alexia estava nervosa e ao mesmo tempo excitada, mas precisava urgentemente de um banho, respirou constrangida, mas decidiu que não ia se importar.

Octávia tentou não olhá-la com outros olhos, estava ali para auxilia-la, e não queria que isso se tornasse ainda mais constrangedor para Alexia. Subiu a camiseta dela puxando com cuidado para não tocar suas mãos, tirou o sutiã e mesmo sem a intenção não pode deixar de olhar seus mamilos pequenos e claros. Desabotoou sua calça descendo-a e puxando em seguida sua calcinha, Alex achava que desmaiaria a qualquer momento de tão nervosa que estava. A tenente abriu o chuveiro e ajudou-a entrar, ensaboou seu corpo magro e sentiu uma enorme excitação, desejava tocar aquele corpo, mas ainda não podia, sentia sua excitação molhar ainda mais sua calcinha.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora