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Trice acordou pela manhã e olhou Manu por alguns instantes, se sentiu idiota por ter cedido ao sexo, precisava se controlar. Levantou e tomou um banho rápido, olhou o celular ao sair do banho e viu que Eduardo tinha ligado algumas vezes, retornou de imediato.

— Oi Edu.

— Bom dia, Trice não esquece da consulta.

— Não esqueci, já estou me arrumando, não demoro.

— Está bem.

Manu se sentou olhando Beatrice secar os cabelos na toalha, sorriu e se levantou abraçando-a. Estava feliz pelo que aconteceu entre elas na noite anterior.

— Bom dia, vou tomar um banho rápido e saímos.

Trice fez o café e se sentou para tomar, estava pensativa, não só na relação que tinham, mas também na gravidez que pelos cálculos, já estava Se aproximando de dois meses.

— Estou sem fome, quando quiser podemos ir. — Disse Manu acariciando os cabelos da Trice.

— Terminei aqui.

Ambas seguiram até o hospital ouvindo musicas em silêncio. Manu percebeu que Beatrice ainda estava chateada, e que talvez só o tempo pudesse corrigir as coisas. Beatrice estava com as mãos frias e molhadas de suor, olhava para o teto impecavelmente branco e se mexeu milimetricamente na maca, olhou de relance para uma médica loira ligando os aparelhos concentrada em manusea-los. Manu se aproximou tão nervosa quanto todos ali, tocou a mão da Trice e deixou um beijo carinhoso, se aproximou do Eduardo massageando os ombros tensos de seu esposo.

— Vamos lá. — Disse a médica com um sorriso.

Trice fechou os olhos sentindo algo gelado na barriga, olhou para tela, mas não via nada que lhe parecesse com um bebê, talvez, um ET, sorriu nervosa com o pensamento.

— Eduardo...

A loira olhou para Edu que fitou o aparelho por um momento, Manu olhou para tela, mas assim como Trice não sabia muito bem o que eles se referiam.

— Aumente ali. — Disse ele apontando pra tela.

— Podem falar alguma coisa? — Trice reclamou sem paciência.

— Ual, parabéns, são gêmeos. — Disse a loira olhando para Eduardo.

Beatrice olhou para a tela e mal pode acreditar, Manu estava com as mãos nos lábios e sorriu.

— Tem certeza? — Beatrice encarou a médica.

— Sim, olhe aqui.

Beatrice estava confusa, se sentou na maca após a ultra-sonografia, encarando Eduardo e Manuela, ajeitou a roupa e permaneceu em silêncio.

— Eu preciso ir. — Disse Beatrice caminhando em direção a porta.

— Eu te levo. — Respondeu Eduardo.

— Não precisa, Octávia está vindo.

Manu trocou olhares com a Beatrice e ela se foi o mais depressa possível, Eduardo correu para alcançá-la, sabia que ela só queria sair de perto deles.

— Eu sei que Octávia não está vindo, deixe eu te levar.

Trice permaneceu em silêncio e Eduardo puxou-a pela mão conduzindo-a até o carro.

— Você está bem? — Perguntou mesmo tendo a certeza que ela estava assustada.

— Sim... — Trice mordeu o lábio trêmulo.

Eduardo olhou-a por instantes e sorriu, abraçou-a forte levando-a a se emocionar, ela estava o tempo todo se controlando.

— Eu estou assustada, Edu.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora