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Octávia pediu um quarto simples para Amanda no mesmo hotel que elas estavam hospedadas, subiram para o quarto e ambas se olharam.

— Alex, vem aqui. — Pediu Octávia com sua seriedade rotineira.

Alex percebeu que Octávia estava de certa forma preocupada, ela se sentou na cama e se olharam em silêncio como se faltasse palavras ali.

— Não quero que se apegue a essa menina, e muito menos a criança.

— Octávia...

— Alexia, nós não sabemos qual é a situação do bebê, provavelmente a gravidez está nos últimos meses e Amanda não teve nenhum acompanhamento médico.

— Podemos conversar com ela, pedir para que ela vá a uma consulta. Posso ir com ela.

— Ela pode desistir de entregar o bebê quando nascer...

— Impossível. — Respondeu Alexia alterada.

— Sim, Alexia. É possível sim. Ela é mulher, ela é a mãe, está alterada nesse momento por tudo o que vem passando, mas o direito de ficar com o bebê é totalmente dela.

— Ela não quer, Octávia.

— Ok, só não conte com a adoção como certa. Se quer ajudar Amanda, nós vamos ajudar. Mas sem a intenção de ficar com a criança.

— E se ela quiser entregar?

— Conversaremos depois.

— Estamos conversando agora, Octávia.

— Eu preferia que a gente não se envolvesse.

Alexia balançou a cabeça concordando e tentando não chorar, se levantou e se trancou no banheiro, abriu o chuveiro e deixou que a água a acalmasse. Quando saiu, Octávia já não estava mais ali, o que para ela naquele momento foi um alívio. Alex vestiu seu biquíni e foi caminhar na praia, comprou um coco verde e se sentou olhando as ondas.

— Ela precisa de ajuda...

Alexia se virou e viu que estava aparentemente sozinha, não tinha dúvidas que era Brenna mais uma vez auxiliando-a. Terminou e voltou para o hotel. Foi até o quarto se trocar, voltou se aproximando do quarto que Amanda estava e bateu na porta.

— Amanda?

Ouviu um gemido baixinho e bateu mais uma vez.

— Amanda? Está aí? Abra a porta.

Alexia foi a recepção e pediu que abrissem com uma chave reserva, entrou no quarto rapidamente e encontrou Amanda sentada no chão gemendo com dores.

— Vamos, você precisa ir para um hospital.

— Eu não vou a lugar algum.

Alexia olhou para Amanda sabendo exatamente o que estava acontecendo ali, mesmo com as contrações intensas, ela queria segurar o máximo para que talvez passasse da hora, e assim o bebê viesse a óbito. Alexia ligou para a ambulância que não demorou a chegar, e mesmo contra a vontade dela, Amanda foi levada para o hospital.

— Onde você está, Octávia? — Disse Alexia alterada na ligação, odiava quando Octávia sumia sem dizer onde tinha ido.

— Estou chegando no hotel.

— Vou te mandar a localização, estou com Amanda no hospital.

Alexia tratou de explicar a uma médica a situação da Amanda, e ficou aguardando Octávia chegar.

— Onde você estava? — Disse ao ver Octávia entrar na recepção.

— Tinha ido caminhar. — Alexia olhou-a desconfiada mas ficou calada.

Meu anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora