TOSS

Sete anos e nove meses.

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No fundo, eu sabia que não era uma boa ideia me esgueirar até a casa do pai do meu filho às 4:30hrs da manhã. Mas como de costume, ignorei a razão e levantei da cama.

Devido ao cansaço, meu padrinho nem perdeu tempo me analisando ou perguntando porque teria que ficar com Noah aquela noite.

Graças à Deus ele levou de boa, já que não costumo fazer isso com frequência.

Escovei os dentes, coloquei um casacão por cima do pijama e entrei no Uber que já estava me esperando há um tempo.

Demorou pouco mais de 30 minutos para chegarmos ao destino, paguei e sai do carro sabendo que tinha gastado mais do que deveria.

Rafa redidia em um condomínio fechado, numa area nobre, me identifiquei na guarira e fui recusada.

Liguei rapidamente para Rafael e ele disse que mandariam liberar minha entrada.

Pouco menos de 3 minutos o guarda deixou eu entrar e me informou como chegar em seu edifício e apartamento.

Durante todo o caminho pensei em voltar para casa.

Onde já se viu, sair de madrugada para socorrer um homem CASADO?

Cadê a esposa para ajudá-lo nesse momento?

E se for uma armação para se vingar por eu ter escondido Noah dele todos esses anos?

Meu Deus, estou me entregando de bandeja.

Envolta em pensamentos, eu não percebi que havia chegado até olhar o número do apartamento.

"Como eu sou idiota". Concluí um pouco mais alto do que deveria, pois assim que viro as costas para ir embora ele abre a porta.

- Lu, é você? - pergunta com uma compressa de gelo colada na cara.

- Sim. Não quero atrapalhar se a Diana tiver aí. Vocês já conversaram? - pergunto insegura.

- Sim. Ela precisou de um tempo para assimilar tudo. Por ora vai ficar na casa da mãe.

- Claro, entendo. - digo com as mãos enfiadas no bolso do casaco.

- Entre, eu não consigo enxerga-la direito, ficar parada no corredor não vai me ajudar. - comenta.

- Sim. - entro e fecho a porta atrás de mim. - como você está? Gostaria que eu o levasse à um médico? - pergunto.

- Não, não precisa. Juan não gostou muito deu fazer sua irmãzinha chorar.

- Entendo. Posso ver como ficou?

Ele se senta e o analiso. Está sem camisa. No frio.

Por que diabos ele está sem camisa?

Instantaneamente sinto calor também e tiro meu casaco, ficando apenas de blusa e shorts. Sem nenhuma peça íntima.

O que deu na minha cabeça para sair de casa nesses trajes?

- Não foi o melhor soco dele, pois estava bêbado, mas mesmo assim me fudeu. - diz tirando a compressa para eu examinar.

- Se ele tivesse num dia bom, Claramente quebraria seu nariz.

- Pode ter certeza que sim.

- Por que está rindo? - o meu sorriso de canto favorito.

- Seria muito difícil ele quebrar esse nariz. Quase impossível, me arrisco a dizer.

- Não tenha tanta certeza disso.