O Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...
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A menina saiu da biblioteca, seguindo rumo a cozinha. Sua casa era imensa, as vezes ela pensava se seus pais realmente precisavam de tudo aquilo, porém ela adorava o conforto do seu lar. Conforto esse que somente sua casa podia lhe proporcionar.
Zanzando para cá e por lá, ela chega na cozinha e sente aquele cheirinho gostoso de comida no ar. Lava as mãos na pia e ajuda Fill a por a mesa, sentando-se quando acaba. Ele a servia, mas ela estava distraída em seus próprios pensamentos. O Mordomo serve a ele e quando está preste a se retirar da mesa como de abito ele come isolado na bancada, a menina segura seu braço e pede:
- Almoça comigo.
- Claro Princesa. - Disse ele surpreso pela garota estar tão querida pela manhã.
Em silencio, eles almoçam, mas Esther está inquieta. Ela sente necessidade de falar com alguém e tem somente ele, o mordomo. Entediada, ela continua comendo, porém sem animo algum. Fill sente vontade de perguntar a ela, mas prefere ficar calado. Ao terminarem a refeição, ele pega a travessa grande que fez de pudim no intuito de agrada-la e anima-la.
- Espero que goste Princesa. - Sorriu ele orgulhoso da bela sobremesa.
- Hum! Está com uma cara maravilhosa Fill. Obrigado! - Sorriu ela um pouco mais animada enquanto ele a servia em uma travessa pequena de sobremesa.
- Obrigado menina. Tenho maior prazer em deixa-la feliz My Lady. - Disse ele levando a louça suja para a pia.
- Sei que sou má com você, mas ainda assim agradeço pelo que faz por mim. Sei que posso confiar em você. - Disse ela dando um sorriso para ele que ficou feliz, afinal ele amava a menina como uma neta.
Conforme os minutos passavam, o Mordomo lavava louça, arrumava a cozinha e mantinha tudo em ordem. A menina pegou a travessa de pudim e a colher, indo para sala. Onde passou quase três horas assistindo um extenso filme de terror.
Um tempo depois de acabar de ver o filme, ela já tinha comido todo pudim, mais alguns Donuts e agora sentia vontade de comer algo salgado. O Mordomo estava de folga o restante do dia e ela atacou a geladeira. Comeu um pouco de camarão empanado e satisfeita, bebeu uma lata de refrigerante.
Deixando a cozinha, ela subiu para o segundo andar. Foi para o seu quarto, onde escolheu uma camiseta preta de renda e uma saia longa, igualmente preta. Meia, um sapato, lacinhos e fitas que colocava no cabelo e outras nos pulsos, outra no pescoço. Trancou a porta do quarto e seguiu para o banheiro.
Encheu a banheira com água e espuma de banho. Despida, diante do espelho ela se odiava. Via as marcas que tinha de três anos atrás, quando tentara tirar a própria vida. Agora eram só lembranças e cicatrizes. Entrou na banheira e ficou um tempo deitada, procurando esvaziar a cabeça, porém não adiantava.
Assim que terminou o longo banho, Esther se vestiu e decidiu tirar um cochilo. Deitada na cama, ela estava coberta com uma manta lilás de estrelinhas, que lembrava-lhe o apelido carinhoso que ganhou do pai quando este ainda era vivo. E assim adormeceu, chorando de saudades.
Lá fora, começará a garoar e aos poucos, a chuva apareceu tornando-se mais forte. Os ventos balançavam os galhos das árvores da floresta, a fonte do jardim estava desligada, o roseiral ainda estava de pé. O carro estava na garagem e o mordomo em seu quarto, fazendo pilates pela internet. E assim a vida seguia, sem muitas expectativas, mas com um pequeno fio de esperança que era mais resistente que o puro aço.
