O Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...
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A imensa mansão estava localizada bem no centro da floresta, ao norte saindo de Yonkers, no estado de Nova York. A mansão dos Metamorfos estava quieta, como o vento que se move lentamente antes de uma tempestade.
Na sala, Rosa traçava o círculo de proteção e queimava salvia branca para eliminar a negatividade. Esther acendia uma vela branca e outra roxa. Tiago comia doce de goiaba e via o que as garotas faziam.
_ Então, larga essa comida e vem logo. _ Riu a namorada, ela achava ele fofo mesmo sendo um comilão.
_ Já? Tudo bem então, aqui vou eu! _ Ele terminou de comer o último pedaço e acabou com a lata de refrigerante.
Juntou-se a elas na mesa e assim começaram a reunião espiritual. Rosa que fazia maioria das perguntas, mas nada acontecia. Foi quando Esther levantou reclamando que o copo se moveu sem parar, respondendo a última pergunta: Tem alguém aqui?
_ Oh, eu sempre me assusto com isso. _ Mencionou Tiago.
_ Quem é você? Eu sou a Rosa, ele é o Tiago e essa é a Esther. Senta, por favor. _ Pediu ela, olhando para a garota com aquele olhar de suplica.
_ Sou Marie, eu morri na estrada e o assassino me enterrou no quintal dessa casa e acabei ficando presa. Me ajude. _ Surgiu escrito aos pouco no tabuleiro.
_ Como podemos ajudar? _ Perguntou a Bruxa.
_ Temos que rezar ou algo do tipo? _ Perguntou Tiago.
_ Talvez chamar uma bruxa mais eficiente, com todo respeito cunhadinha. _ Disse Esther sentada ao lado dela.
_ Não me ofendo fácil. _ Respondeu ela, nem ligando para uma possível provocação.
_ Eu preciso que vocês me ajudem. Quero sair desse lugar, encontrar meu caminho. Me ajudem! Ou mato vocês! _ Ameaçou a fantasma, movendo o copo vazio sobre o tabuleiro ouija.
_ Vamos rezar por você, tentar alguma coisa... _ Respondeu Rosa em panico, ela sabia que não era boa coisa invocar espíritos, quanto mais ali onde certamente muitas almas inocentes morreram.
_ Não quero rezas! _ Disse o Fantasma.
_ Acho melhor pararmos por aqui... _ Tiago levantou e ao pisar o chão, quebrou o círculo de sal pois houve uma brecha.
_ Não! _ Gritou a Bruxa, mas já era tarde.
A Fantasma jogou o tabuleiro longe, estraçalhou as vidraças da sala e as luzes explodiram, se despedaçando e voando em milhares de pedacinhos de vidro que atingiram os três que acabaram por tentar se esconder, mas não adiantava em nada. A fantasma apareceu e com um caco de vidro, cortou o pescoço de Rosa que caiu de joelho sobre o namorado, sangrando e arfando.
_ Sua maldita! Aguenta meu amor! Aguenta! _ O Metamorfo estava desesperado, Rosa só quis ajuda-los e agora, ela sangrava e provavelmente morreria sangrando.
_ Aqui! Vamos apertar para coagular. Você, leve-a para o hospital. _ Disse Esther arrancando um pedaço de tecido do seu vestido para enrolar e prender o pescoço de Rosa.
_ Aqui! Pare com isso! Farei o que quiser, mas pare com isso e nós deixe em paz! _ Gritou Esther e de imediato, o vento, os cacos de vidros voando e tudo mais parou. Tiago pegava a namorada no colo e corria para o carro.
_ Oh minha nossa! Vamos, vamos, eu dirijo! _ Disse Spalding aparecendo e vendo aquilo tudo, segurando as chaves do carro na mão.
_ Esther, eu... _ Mas Tiago não concluiu.
_ Vá! Agora! Vou ligar para o hospital e avisar que estão a caminho! _ Disse ela.
Desesperados, Spalding, Tiago e Rosa partiram rumo a cidade em um velocidade cada vez maior. Rosa ainda perdia sangue e Tiago segurava firme, comprimindo o corte com o tecido.
_ Eu te amo, fica comigo, fica comigo! _ Implorava ele chorando, sentado com ela em seu colo.
_ Ela desmaiou! _ Disse ele em panico.
_ Calma, isso é um bom sinal. Assim ela descansa e não sente dor. Já falta pouco. Vai ficar tudo bem. _ Dizia Spalding, se concentrando na visão a sua frente.
Na mansão, Esther usava o tabuleiro e se sentou a frente da televisão.
_ Agora somos só nós duas. Me diga, sabe de alguma bruxa poderosa que possa me ajudar a trazer alguém dos mortos?
_ Se eu soubesse, já teria me comunicado e não estaria morta. _ Respondeu a fantasma através da televisão.
_ Bem, pelo que sei não é simples assim. Exige sacrifício e muito poder. Talvez você conheça alguém, mas não tenha ninguém para salva-la. Afinal, você não faz falta para ninguém.
Aquilo foi o cumulo, a Fantasma ficou furiosa e apitou alto um som agudo extremo que causou dor aos ouvidos de Esther. A Tríbida arfou e pediu desculpas, pediu para que parasse.
_ Eu conheço alguém. Mas terá que prometer que irá me livrar desse lugar. _ Disse a Fantasma controlando os controles da televisão.
_ Combinado. _ Aceitou Esther.
_ Ouvi dizer que uma bruxa Voodu muito poderosa se mudou recentemente para a cidade vizinha a fim de se esconder do passado. Ela tenta usar magia branca e ser uma bruxa boa, mas a alma dela está corrompida há muitos anos. Ela não tem salvação. Uma boa quantia em dinheiro é o que ela precisa para recomeçar e isso, você tem. _ Disse a Fantasma, continuando. _ Vá até o fim do bosque e ele lhe levará até a cidade e assim, no fim da rua Verde com a encruzilhada da rua Jardim da boa esperança, toque na casa número 999. Ela atende por Madame Flyr. E não esqueça do nosso acordo, ou terei maior prazer em cortar sua garganta assim como fiz com sua amiga. _ A televisão desligou e tudo ficou silencioso e escuro.
_ Tudo bem! Hora de um bom refrigerante e bolinhos.
Esther saiu da sala e foi para cozinha onde se serviu e depois subiu para seu quarto. Onde assistiu desenho animado pelo celular enquanto saboreava sua sobremesa, Donuts de creme com cobertura de morango e refrigerante.
No hospital, Rosa foi atendida e ficou sob observação. A mãe dela e o padrasto que estavam de plantão expulsaram Tiago e Spalding, chamaram a policia e contra a sua vontade, os dois acabaram por ir e ter que inventar uma desculpa para não serem acusados de tentativa de assassinato. Rosa ficou bem, porém dormia tranquilamente, sem saber que seu namorado entrou em uma enrascada por ela.
