A floresta era escura, as árvores eram compridas, com talos secos, galhos longos e finos. Pareciam esquecidas, mortas, aquele lugar cheirava a podridão. Naquele lugar, parecia ser noite, a brisa do vento era quase inexistente, deixando a umidade prevalecer e tomar conta. O calor era perceptível, ela estava suando de escorrer do rosto, pingando pelo pescoço. Suas pernas vacilavam, seu corpo não estava colaborando.
Embora Esther fosse uma criatura forte, resistente de corpo e mente, haviam limites do que se podia suportar. Tudo que passou desde que passou o primeiro portal no ritual na floresta de sua casa, ela passou por situações que testavam sua resistência. Sua capacidade era imensa, mas quem suportaria passar cerca de um mês andando a deriva, sem se alimentar, sem beber nada e passar por momento que exigiam resistência e agilidade?
Ela havia se alimentando no inferno, mas foi atingida muitas vezes. Ficando muito ferida. E em seguida para piorar, tinha ficado inconsciente, rolando montanha a baixo, seu corpo foi tombando e sua cabeça sofri com as pancadas. Seu machucados só agravavam e por fim, o frio. O desespero, a adrenalina de quase ser morta. São poucas criaturas que suportariam isso. Ela havia puxado um pouco disso da mãe e do pai. Mas acima disso, Esther por si só era uma criatura muitíssimo resistente. Mas até o mais forte, enfraquece em momentos de desespero. Em situações onde a unica opção é a morte, ela se mostrou valente. E diante de toda aquela extremidade, ela ainda era só uma garotinha de treze anos.
Desamparada, fraca e com dores alucinantes de ferimentos que poderiam leva-la à óbito se não fosse tratado, ela continuava andando em linha reta. Na esperança de encontrar alguma caverna ou algum lugar para se abrigar e poder descansar. Mas quanto mais andava, mais distante parecia de encontrar um abrigo seguro. Apoiando-se na bengala improvisada, a garota arfava ao sentir seus pés descalços, sujos, feridos, pisarem em pedaços de madeiras.
"Preciso dar um jeito nisso. Tentar alguma coisa para aliviar os pés, ou não conseguirei mais andar. E se eu ficar aqui, provavelmente vou ser atacada por alguma coisa nessa floresta. Ou mesmo morrer por estar gravemente machucada e sem energias. Droga, preciso de algo rápido, antes que eu acabe pisando em algo que me faça..." Pensava ela, mas foi interrompida de seus pensamentos ao soltar um grito:
- Ahhh! Droga, droga, merda! - Exclamou em agonia ao pisar em uma raiz velha com espinhos.
Esther se segurou na bengala e sentou no caule de uma árvore cortada. Com dificuldade, conseguiu tocar o pé e tirar um pequeno espinho. Preocupada que pudesse ficar alguma farpa, começou a observar o chão e a paisagem a volta, na tentativa de improvisar um calçado. Não dava para enxergar muito bem, uma claridade opaca adentrava as copas das árvores lá no cimo. Sentada no tronco, ela percebeu que ele estava molhado e antes de pensar, ele rachou onde estava sentada. Ela afundou e com dificuldade, resmungando e aborrecida, conseguiu sair do buraco que se enfiou sem querer.
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Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2
TerrorO Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...