O Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...
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Esther tinha batido a cabeça e por alguns instantes tinha doído muito. Tiago por sua vez se aproveitou disso para conseguir dar outros golpes na garota. Ele odiava fazer isso com garotas, mas era uma questão de viver ou morrer, então não tinha tempo para ser cavalheiro.
- Escuta aqui seu filho da mãe, você entrou na minha casa! - Disse a garota acertando um soco em cheio no nariz deste, que começou a sangrar e claramente ela fez um estrago dos grandes.
- Mas que merda é você garota?! - Gritou ele, ignorando a dor e acertando a barriga dela.
Estrelinha sentiu aquela pancada, quase viu estrelas. Como tinha comido há pouco tempo, ela acabou vomitando um pedaço de orelha. A saliva juntamente com líquidos gástricos e vestígios de comidas como aquele Donuts, vieram do fundo do seu estomago para fora. Quando Tiago viu aquele pedaço de orelha, entendeu imediatamente que era uma orelha humana. (Essa garota com certeza não é uma humana!) Distraído e chocado, cogitando mil coisas como ela ser um lobisomem ou até mesmo uma Metamorfo, Esther fincou as unhas no pescoço desse, dilacerando aos poucos sua pele.
Antes de conseguir pior minimamente, o rapaz puxou-a pelos cabelos e arrancou as unhas dela de seus dedos. Esther gritou de dor, ela nunca havia sido torturada nem mesmo sentiu dor física tamanha e com toda certeza, sentir suas unhas se rasgando e a pele e a carne de seus dedos se soltar, era um choque tremendo.
-Maldito! - Xingou ela, arfando, enquanto ele tirava uma faca de seu bolso, acertando a boca dela.
Antes de Tiago conseguir rasgar sua boca, a garota usou sua força sobrenatural para arrancar a faca dele. Eles se debatiam, as coisas em volta como armário, mesa e cobertas da cama eram levados com ele naquela agitação. Sangue fora respingado pelos demais cômodos e parede, criando uma obra de arte sangrenta.
A garota lutava com ele, que era mais velho, mais forte e claramente não era humano. Porém, ela era uma Tríbida. Era geneticamente mais forte. Esther tirou a faca dele e conseguiu acertar seu braço direito, onde a faca de prata ficou cravada.
- Ha!!! - Gritou ele, puxando a faca que atravessou seu osso, o sangue escorria abruptamente, dava para ver a pele e demais músculos. Enquanto ele arrancava a faca, Esther fazia o que ela sabia que salvaria sua vida: Se transformava em Lobisomem.
- Droga! Droga! Droga!!! - Xingava Tiago, deixando a faca a maio caminho, tirando uma arma que tinha apenas quatro balas de prata.
O rapaz mirou a arma e atirou na cabeça de Esther, enquanto essa arrancava a própria pele e rasgava suas roupas. Na adrenalina do momento, ele entendeu que ela não era só uma lobisomem, porque se fosse as balas teriam a matado na hora. Sem saber com o que lidava, Tiago tirou sua faca do braço, esperando que ela se transformasse, pois sabia que não teria escolha. Ou morria, ou tentava sobreviver. Sua arma caiu no chão e ele tentava estancar seu ferimento.
A Tríbida repuxava sua pele, rasgava suas roupas e arrancava seus cabelos. Durante as transformações, Esther sofria muito, porém assim que assumia sua forma, ela acabaria com ele. Pois não há armas que possam lutar com garras e presas de um lobo. Não há ser sobrenatural que consiga lidar com a força de um Lobisomem sem ser mais do que um mero vampiro ou fosse lá o que ele fosse.
Ela notava o pânico na face do intruso, claramente ele não tinha o que fazer. Os olhos da garota passaram a ser completamente vermelhos, com veias saltadas e os dois caíram de seu rosto. Dando lugar a olhos pretos de Lobo. Sua boca, dava lugar a um foucinho. A boca de Esther abria escancaradamente, sangrando muito uma gosma vermelha escura com baba preta e saliva. Suas presas de Vampira já apareciam e no lugar do nariz , um foucinho.
Seu corpo se curvava, girando e torcendo no chão do quarto. Cada osso do corpo dela estralava, desde os pulsos, dedos, pernas, pés e a coluna vertebral por ultimo. Ela estava horrível e degradante. Por fora, sua pele estava sendo substituída por pelo de animal, negro como a noite. Tiago era um Metamorfo, sabia que Lobisomens eram um de seus piores rivais. Ele não temia a morte, permanecia imóvel observando a garota que dava lugar a um monstro. Com a faca em sua mão, encharcada do seu próprio sangue, seu braço com um corte de cinco centímetros aberto, que atravessava do outro lado, ele tentava rasgar a manga da camisa com a faca para colocar no braço que não parava de sangrar.
Ele estava convicto que se a mata-se, não morreria por aquele ferimento. Uma vez que um Metamorfo só morre se arrancarem sua cabeça ou se o acertarem no coração com uma faca de Cobre puro. Ele fez um curvativo muito rápido no seu braço, apenas prendendo forte o retalho de tecido em seu braço. Não quis esperar, precisava mata-la ou morreria quando ela se transforma-se por completo.
Levantou do chão tremulo, andou em direção até ela que ainda se torcia quebrando seus ossos. Ele pulou em Esther e com sua faca, ele a esfaqueava com toda força que ainda tinha. Seu braço esquerdo era muito rápido acertando e tirando a faca do peito dela. Esther não conseguiu terminar sua transformação e aos poucos voltava a sua forma humana. Ela não conseguia se mover. Nunca tinha sido obrigada pelo próprio corpo a parar sua transformação, era como se houvesse um curto circuito nela.
Em um movimento de Tiago, levantou o braço um pouco mais alto para acerta-la, Esther o jogou por cima da cama e esse bateu seu braço ferido com tudo na quina da cama de ferro. Nisso, Esther conseguiu se levantar e pulou no pescoço dele para arrancar sua cabeça, quando esse a empurrou com uma força incrível.
- Você conhece esse cara?!!!!!!! - Gritava ele com uma fúria nos olhos que ela não compreendia. Ele segurava uma das foto de seu pai, uma foto velha da verdadeira fase de Hugo.
- Sim. - Respondeu ela, percebendo que o seu corpo voltava ao normal. Seu cabelo estava crescendo, os pelos de lobisomem sumiam aos poucos e seu rosto se normalizava.
Percebendo que estava nua, puxou o lençol da cama e se enrolou. Mas ele não prestava atenção em Esther, tudo que via era aquela foto. Intrigada, ensaguentada e machucada, Esther perguntou pois a curiosidade era maior, mesmo naquela situação:
- Porque quer saber?
- Porque esse cara, é o meu pai. - Disse ele se sentando na cama, fitando a fotografia.
