Capítulo 59

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          Quem visse de longe aquele bosque, nem imaginaria o quanto ele era imenso, quanto mais os tipos de criaturas que vivem ali

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          Quem visse de longe aquele bosque, nem imaginaria o quanto ele era imenso, quanto mais os tipos de criaturas que vivem ali. Porém, de certo modo, os humanos tem uma capacidade de sentir quando algo não é normal, quando um lugar é assustador ou maligno só pela sensação. E os detetives não estavam certo sobre o que achariam ali, mas apostavam que aquela floresta tivesse muitos corpos enterrados. Pois de certa maneira, era um lugar perfeito para cometer crimes e esconder as provas. Disso, nem deles discordava.Por mais diferentes que fossem suas personalidades e modo de pensar, Evan e Mirten concordavam quando o assunto era crime. 

          A entrada na floresta de carro era fácil, o problema era conforme adentrava mais e mais a vegetação natural do lugar. Era dia, mas o sol iluminava muito pouco as copas altas das árvores de pinheiro. O dia estava nublado em si, o típico dia sem chuva mas terrivelmente frio. Inverno era assim mesmo em New York, gelado e seco. Mesmo ali na floresta com o ar ligado, parecia que o ar era pesado. No carro, tocava uma música, e esse era o único roído além do som do carro ligado e Evan lendo arquivos, conforme os folhava, o barulho das folhas eram quase um castigo. 


       Mirten não queria esse caso. Ele estava quase entrando de férias e agora, provavelmente se envolveria nisso. Talvez demore mais que o previsto. Talvez ele só consiga as ditas férias quando o caso for arquivado, porque muito dificilmente encontrariam algo. Mas ainda havia esperança, por isso estavam ali. Mesmo Mirten achando que o marido deu fim a esposa e depois se suicidou em alguma casinha no meio de uma floresta,tal como essa. Mas algumas coisas não se encaixava, como a filha ficar sozinha com o mordomo e a fortuna no banco. Com certeza era um caso difícil, sem pistas para prosseguir ou iniciar de fato. Mirten dirigia o Ônix novinho que comprou no ano passado, ele tinha uma altura mediana, 1,75,cabelos castanhos escuros, corpo forte, porém não era musculoso.Mas sua profissão e treino o tornava preparado para tudo.Ao menos era o que ele achava. Era casado, sua esposa ficava mais em casa do que ele e por isso, eles discutiam com certa frequência. Afinal, um relacionamento precisa mais do que uma aliança e papel assinado. 

       Evan tinha cabelo preto desbotado por fios cinzentos, era um pouco mais baixo que o colega, com 1,72 de altura. Era magro, negro e estava prestes a se aposentar. E queria, mas com o pedido do chefe de seu departamento, ele acabou cedendo. Afinal, ele sempre trabalhou para ajudar as pessoas. E se a família precisava dele, ali estava ele. A dispor todo seu conhecimento em pró de beneficiar quem necessita. Coitado, sua esposa tinha falecido há cerca de quinze anos, nunca tiveram filhos e ele era totalmente só. Seus poucos amigos, já morreram assassinados por bandidos, doenças ou simplesmente se mudaram para fazer uma vida melhor. Ele conhecia muitas pessoas, mas conhecer uma pessoa não significa ser sua amiga. Significa apenas e literalmente, conhece-la. 

      Estavam usando seus típicos ternos, um sobretudo e estavam armados caso precisassem, suas armas estavam carregadas. Do lado de fora,perceberam que o bosque era muito grande e talvez até fosse bonito na primavera. Por hora,só queriam chegar, serem bem atendidos, fazerem perguntas, voltarem para casa com respostas e poderem conseguir alguma coisa realmente relativa. Chegando na mansão, perceberam que era uma casa realmente grande. Um jardim bem cuidado, embora não tivesse flores, com uma fonte e um pequeno jardim de flores mortas em um cercado. Não havia neve,mas uma brisa fria que doía quando saíram do carro. Thiago segurava um saco d elixo preto com vestígios de embalagens de consumo da casa, não havia nada que pudesse incrimina-los,mas era suspeito aos olhos dos detetives humanos. 

- Olá, Senhor... - Começava Evan, a fim de Thiago responder,o mesmo estava parado na porta de entrada, sem jeito, com um olhar sério. Na verdade ele sentia o perfume forte do velho e sua veia pulsar, podia sentir o odor da sua pele. E embora isso raramente acontecia,ele reprimia a vontade de morde-lo e devora-lo ali e agora.

- Thiago, por favor cumprimente o Detetive, Myles? - Responde Spalding surgindo na porta, saindo e indo cumprimentar os detetives, esticando a mão para Evan enquanto lia seu sobrenome. 

- Evan Myles, bom dia. O senhor é Fill Spalding? 

- Isso mesmo, entrem. Desculpem a bagunça. Estava dando uma limpeza básica na mansão. E o senhor como se chama detetive? - Pergunta Fill, sendo cordial, uma de suas especialidades de mordomo. 

- Sou Mirten Hivan, bom dia. - Disse ele saindo do carro, seguindo do parceiro de trabalho. 


         Thiago passou por ele e seguiu seu percurso, Mirten não foi com a cara dele e estava doido para interroga-lo desde já. Mas se conteve, eles teriam pelo menos parte da manhã para isso. Assim esperavam. Ao entrarem, ambos reparavam em tudo, mas o que Evan percebia primeiro de tudo era o carpete exageradamente grande. Seria para esconder alguma coisa? Eles podiam parecer desconfiados e de fato eram. Eram detetives, seu ingrediente principal para pegar bandido é a desconfiança e percepção. Passaram da entrada para sala, Fill falava sobre a casa, sobre os donos desaparecidos e sobre os cômodos. Quando por fim adentraram a sala, onde Esther estava tomando chá e comendo biscoitinhos amanteigados. 

- Essa é a filha mais pequena e legítima do casal, Esther. - Fill apresentou-a. 

- Bom dia, é um prazer recebe-los em minha casa. Querem chá? Fiquem a vontade! - A menina levantou saltitante,pegou a travessa de biscoitos e foi oferecer a eles. Mirten pegou uns três. 

- Aceito, obrigado. 

- Sentem-se, Fill, sirva-nos. 

- Agradeço, mas prefiro café. - Respondeu Mirten se sentando confortável em uma poltrona, ele era mais jogado, mais agressivo e também mais rude. A vida ainda tinha muito a lhe ensinar. 

- Não seja por isso, farei com maior gosto. -Diz Spalding se retirando. 

- Obrigado. - Mirten fitava o colega que o encarava com aquela cara que dizia: Sério isso?

-Então, já conseguiram achar meu pai? - Pergunta a menina parando a formalidade. 

- Ainda estamos apurando fatos e procurando pistas. Mas nos fale sobre como era o relacionamento de vocês. Posso gravar? Fica mais fácil. - Pergunta Mirten.

_ Claro, sem problema. - Esther nem ligava para isso. 


      Esther falava abertamente sobre o pai e falava sobre a mãe também, dizia o quanto os amava e sentia saudades. Mirten prestava atenção no que ela falava, mas pediu licença para ir ao banheiro. Aproveitando a deixa para andar pela casa. Fill ao voltar para sala, percebeu a falta dele e decidiu ir atrás, alegando que ele poderia se perder pois a casa era muito grande. Mas o problema foi justamente quando ele o encontro, pendurado, com falta de ar, com Thiago apertando seus dedos na garganta do policial.

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Oiii meus amores! Como vão? 

Perdão pela demora, comecei a faculdade e também a trabalhar, está bem corrido...

Espero que tenham gostado do capítulo! 

O próximo não vai demorar tanto a sair,fiquem tranquilos :-)

Não esquece de deixar aquele voto,comentar e indicar para as amigas e amigos! 

Bjocasss da Bruxa! 

Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2Where stories live. Discover now