Capítulo 57

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       Focada em seus fazeres, Kelly procurava por frutas entre as árvores

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       Focada em seus fazeres, Kelly procurava por frutas entre as árvores. Enquanto isso, Hugo tentava construir uma cabana com palmeiras e cipós. Ela tinha ajudado ele de inicio, mas a fome bateu em ambos e ela optou por buscar comida. E ali estava ela, com um cesto que a mesma fez com folha de bananeira e fiapos da mesma folha. Ele não era perfeito, nem mesmo tinha uma base uniforme, mas dava para colocar coisas dentro, então era suficiente.

      Tentando subir na árvore, a Humana fracassava. ( Que diabos está havendo comigo? Devo estar muito fraca mesmo.) Deduzia ela em seus pensamentos, fracassando ao tentar escalar a árvore de bananeira. Decepcionada, ela pega um galho seco caído por ali, usa ele para cutucar os cachos amarelados de banana. E sua satisfação ao conseguir é incrível. Três cachos caíram sob sua cabeça, ela conseguiu desviar, mas um deles atingiu-a e doeu. Ela bufou, mas nem reclamou tanto, ao menos teria o que comer.

       Colocou no cesto e seguiu o percurso. De certo modo estava maravilhada, havia tanta fartura ali que chegava a ser impressionante. Dentre as árvores, com muito esforço para conseguir pegar alguns frutos, uma vez que não conseguia alcança-los nem escalar as árvores, usava o graveto e conseguiu seis maças, um cacho de uva e duas mangas. Estavam maduros, provavelmente durariam apenas mais uns dias e os mesmos cairiam. E como muitos frutos ao redor, quando caem, ficam amassados e os animais e aves se alimentam. Outros vão se decompondo aos poucos e assim, seguindo o rumo natural de se cultivar sozinho. A natureza era mesmo surpreendente. Os humanos não sabiam dar o valor a ela, ao menos quando estavam em situações estremas como era o caso do casal naquele momento.

     Com o cesto retorcido e cheio, ela se preparava para voltar quando decidiu ir um pouco mais a diante. Aquele som forte de água atraiu-a. Segurando o cesto com cuidado, uma vez que ele estava bem improvisado, ela apoiava seu quadril para segurar. Seguindo entre a vegetação, ela via alguns esquilos e até mesmo um alce fugir ao nota-la. Maravilhada, ela nem percebeu que aquela fome que um dia teve quando era Lobisomem não era mais presente. Focada em achar o som da água, ela acelera e pisa sob galhos, espinhos pequenos de flores e não se machuca, porque ela ainda está calçada e usando a mesma roupa de quando veio do inferno sobrenatural.

- Minha nossa! - Solta ela impressionada ao puxar uma folha que era do tamanho dela, que estava pendente de uma árvore que ela nem conseguia ver o topo. E ali estava o motivo daquele som de água corrente: uma cachoeira.

     Kelly Miller segue em direção à cachoeira com uma expressão de contentamento. Perto dela, essa deixa o cesto no chão e começa a se despir ali mesmo. Tira as botas, a calça jeans, a camiseta e a roupa intima. Ficando totalmente nua, ela observa se tinha pedras, mas havia algumas enormes ao fundo, mais distantes, perto da aonde a água vinha entre as rochas. Mesmo desconfiada, uma vez que era noite e não dava para ver com total exatidão, ela entra na água dando um mergulho.

      O som do seu salto é ouvido por alguns pássaros que estavam pousados em um galho perto, eles se assustam e voam para outra direção, praticamente atropelando Hugo que estava recolhendo pedaços secos de madeira para evidentemente fazer uma fogueira. Considerando a possibilidade de haver uma caça, ele tenta ir em direção da onde os pássaros vieram. Desviando de cipós, galhos e folhas enormes que nunca viu igual na vida, ele encontra a razão.

Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2Where stories live. Discover now