Por volta da meia noite, Esther acordou para ir ao banheiro, mas seus pensamentos não a deixavam dormir. O dia tinha sido longo e ela só queria que sua vida fosse minimamente normal, sem confusões. Entediada e com calor, ao voltar para cama ela se depara com um vazio que volta e meia batia. Era a saudade juntamente da solidão.
- Estou cansada disso! - Bufou ela levantando da cama irritada, colocando o chinelo e seguindo em direção a porta do quarto, saindo deste.
No corredor, era escuro demais, se ela fosse uma humana normal morreria de medo. Fill Spalding, o Mordomo estava dormindo certamente e talvez Tiago nem estivesse mais por ali. Porém, aquele silencio até era bom, o problema era que sua vida vinha sendo esse silencio por alguns anos...
A garota desceu as escadas, pé ante pé fitando a escuridão. Depois caminhou em sentido á cozinha, onde finalmente acendeu as luzes.
- Bem melhor. - Bufou ela, pegando um pack de latas de refrigerante.
Deixou o refrigerante em cima da mesa e pegou um prato na estante de louça. De volta a geladeira, pegou alguns pedaços de torta salgada e bolo que a mesma tinha feito. Pegou sua comida e o pack de refrigerante, seguindo para sala ao lado, que tinha uma televisão imensa de 60 Polegadas e ar condicionado.
Deixou as coisas na mesinha, em frente a televisão e abriu a janela que era grande e larga. O ar abafado da noite lhe deu uma sensação de calor, mas era gostoso. Admirando a imensidão do céu, ela percebia o quanto a noite era bela e as estrelas ficavam impressionantemente brilhosas em relação ao azul negro. Isso lhe lembrou seu nome, seu apelido e consequentemente seus pais.
- Sabe pai, as vezes me sinto culpada pelo que te aconteceu. Talvez se eu não tivesse ficado inconsciente eu teria conseguido impedir Kelly de matar você, mas ainda existe uma parte em mim que não consegue acreditar que tudo que ela escrevia naqueles diários realmente fizesse parte de um plano dela para se vingar. Talvez eu esteja errada, talvez não. Só sei que de todas as minhas incertezas, a certeza absoluta que tenho é que trarei você de volta. Custe o que custar! Até mesmo, a minha vida... - Ele suspirou e chorou, aliviando uma tristeza que tentava esconder a todo custo.
Debruçada na janela, ela não era uma ameaça, um Tríbida que comi pessoas. Era uma garota sozinha e com saudades da pessoa que mais amava, seu pai. Fitando as árvores que quase se moviam com a fraca brisa, ela avistou uma estrela cadente. Desejou conseguir o caminho que levasse ao seu pai, sem imaginar que talvez isso realmente não pudesse acontecer. Mas o que ela tinha de perversa, assustadora e insana, ela tinha o dobro em teimosia.
Deixou a janela aberta sem se importar com os mosquitos e ligou a televisão. Mudou os canais até encontrar uma programação que lhe agradasse. (Opa! Panico na floresta, legal.) Clicou no botão e se sentou confortável, abriu uma lata e bebeu um belo golpe. Pegou o prato e começou a comer um pedaço da torta de frango com milho e ervilha, na boa.
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Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2
TerrorO Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...