Capítulo 84

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       Ao atravessar aquela fenda de fogo, a Tríbida não sabia o que esperar e simplesmente pulou para dentro

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       Ao atravessar aquela fenda de fogo, a Tríbida não sabia o que esperar e simplesmente pulou para dentro. Antes mesmo que seus pés tocassem o chão, Esther foi sugada para onde sua intenção desejava ir. Contudo, como ela ainda estava viva, seu acesso foi interrompido porque ela estava fraca e desmaiou enquanto atravessava o outro lado. Por conta disso, a menina ficou flutuando na imensidão ofusca do primeiro grau da escuridão. 

       Seu corpo ficou flutuando como se estivesse numa escuridão do espaço sideral. Mas o que ela não sabia e nem ninguém, era que uma fenda na matéria era semelhante a um buraco de minhoca que viaja no tempo. Como uma filha de um buraco negro, porém você poderia sair dali indo diretamente para o lugar que quisesse. Bastava mentalizar exatamente onde queria estar e poderia atravessar entre matérias impossíveis, tal como o inferno e o mundo humano; entre outros mundos criados com magia ou combinando matérias biológicas e químicas com auxilio da física, mais conhecida como: Alquimia. 

      Por um tempo indefinido a garota ficou ficou ali, flutuando, flutuando no nada e no tudo ao mesmo tempo. Quando tempo aproximadamente ela deve ter levado para atravessar a ponta do inicio ao meio onde estava, não se sabe ao certo. Por ser questão de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses ou mesmo anos. O tempo naquele lugar não existe e por essa razão, a viagem pode variar muito sendo rápida, lenta, instantânea ou praticamente eterna. 

     Enquanto seu corpo era levado pela gravidade 0, ou melhor, a ausência dela, sua consciência não fazia nada. Absorta em um sono profundo, a garota não acordava, seu corpo se movia em direção reta, depois dava a volta para um lado, seguia reto e depois virava para o outro, depois subia, descia e regressava para o mesmo lugar de onde começou. Aquilo se repetia, repetia e repetia. Mas algo no subconsciente de Esther lhe dizia para acordar. Pequenos espasmos faziam seu corpo se mover. E em seguida, seu cérebro enviava curtos relapsos de informação para seus neurônios, a fim que despertassem. Dessa forma, o subconsciente da menina conseguiu fazer seu cérebro acordar para que ela acordasse e assim, finalmente fosse encontrar seus pais. 

       E assim aconteceu. Mexendo partes do corpo aqui e ali, seu cérebro trabalhando em um sono onde ela estivesse flutuando e prestes a cair, a fez se mexer bruscamente. O resultado foi que seu corpo se curvou e fez uma lenta cambalhota. Nesse movimento de girar, ela acordou. Em choque, girando e flutuando, Esther surtou com medo e agora acordada, seu cérebro mandava ela tocar o chão. A ausência de gravidade sumiu e ela caiu repentinamente numa distancia absurda que ao cair daquela altitude imensurável, ela morreria antes mesmo de tocar o chão.  

      Desesperada, a menina não sabia onde estava, não via nada além de uma imensidão preta, sem cor alguma. Ela sentia que estava caindo, seus braços lutavam inutilmente tentando agarrar alguma coisa,mas era em vão. Ela caía, caía e caía mais e mais. Aquela queda estava lhe deixando estérica. Ela abriu a boca para gritar, mas sua voz não saia. O vazia não podia ser ouvido, ela não conseguia respirar direito, podia sentir suas narinas ressecar de um modo inexplicável, seu corpo estava ficando frio, suas mãos tremiam e em seguida todo seu corpo se arrepiou diante do frio. E ela ainda caía. Ela não conseguia pensar, sua mente estava se comprimindo e latejava numa dor agonizante de cabeça. 

Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2Where stories live. Discover now