O Metamorfo é uma criatura que se alimenta de Humanos. Após um confronto direto, os Descendentes se unem com bruxas para trazer seu pai de volta do mundo dos mortos. Mas o que eles não esperavam, era precisar da ajuda de uma quarta pessoa, sim, a Pr...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
A nevoa negra lhe envolvia. A garota desacordada não podia ver, sentir nem entender onde estava ou o que estava prestes a acontecer com ela. Seu corpo franzino estava ferido, ela havia sido baleada na coxa esquerda, na panturrilha esquerda e levado um tiro de raspão no ombro direito. Sua sorte foi que as balas a atingiram e passaram fora do seu corpo. Estava muito machucada, o sangue não parava de escorrer e seu corpo precisava de descanso, além de cuidados imediatos nos ferimentos.
Um manto parecia envolver o ar e enquanto ela rolava de uma montanha de carvão, seu corpo bateu em uma pedra e isso lhe machucou mais ainda. Dessa vez, um pedaço havia ficado em sua barriga. Parecia um pedaço pequeno, mas era o suficiente para perfurar a pele e rolando novamente, bateu em outra pedra que gravou uma estaca pontiaguda no seu ombro, logo a baixo de onde estava ferido anteriormente.
Nesse momento, Esther acordou e ainda caindo, ela chegou em uma escada de gelo. Ela foi caindo e caindo, machucando-se mais e mais. Tentando se levantar, ela não conseguia, mas para sua sorte, os degraus haviam acabado e ela tombou no chão, coberto de neve.
Ao tocar a neve, sentiu uma textura familiar: sangue. Ela estava sangrando um pouco. Não entendia como havia chegado ali, mas precisava se recompor. Ficando de pé com dificuldade, apoiou o peso dos braços na escada de gelo e o frio que ela emanava era perceptível. Sentiu a dor alucinante de seus ferimentos. Tocou de leve onde havia levado os tiros e se arrependeu em seguida, arfando de dor. Sentia a pancada no ombro e se perguntava porque estava tão azarada. Nunca na sua vida toda passou por uma experiencia como aquela. E tudo que ela sentia agora era dor e confusão.
- Ao menos, não estou mais no inferno. - Suspirou aliviada, lembrando então tudo que havia passado,como um flash. Sua cabeça doía muito de toda aquela agitação e principalmente, pelos golpes que levou e por rolar da escada.
Andando com dificuldade, seu corpo tremia de frio ao sentir o vento gélido lhe tocar o corpo exposto, semi nua, machucada e cheia de marcas. Haviam cortes por todo seu corpo. Marcas das chicotadas que levou. Fora as marcas dos tiros, o ombro ferido, o braço e claro, suas antigas marcas de lutas que há muito vivera. Seu vestido branco que um dia fora belo, estava uma lástima. Sujo, rasgado, ensanguentado de seu próprio sangue e de suas vítimas. Ela se perguntava onde estava, mas a principal pergunta que ecoava sua mente era: Para onde esse lugar vai me levar?
A neve parecia sua inimiga, caía de leve, deixando com frio. Mas conforme ela avançava seus passos, ia ficando mais frio. O vento parecia bater em seu rosto ao tocar-lhe. Esther tremia de frio, de fome, de dor e de cansaço. A mesma se perguntava em devaneios: "Será que é assim que eu vou morrer? esquecida, fraca, toda ensanguentada e dolorida? Que valor tem a minha vida para passar por tudo isso? Passarei mesmo ainda, quando morrer? deveria eu, morrer? Não, eu não irei me enfraquecer. Eu não passei por coisas piores para agora, morrer de hipotermia. Babaquice! Preciso salvar meu pai. Minha mãe... Mãe". Pensava ela criando um pouco mais de força para suportar a tempestade de neve que se formava.