Capítulo 94

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    A floresta estava escura, era noite e a lua iluminava o céu em sua imensidão

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A floresta estava escura, era noite e a lua iluminava o céu em sua imensidão. A baixa luminosidade se dava pelo clarão da lua quando a copa das árvores não ofuscavam-na. Uma brecha de luz se fez no ar, daquela relâmpago brilhante, uma camada se abriu e dela, água saiu como uma onda, trazendo com ela uma humana e uma criatura.

Encharcadas, elas tossiam ao cair no chão, misturando a água com a terra, fazendo uma poça de lama. A roupa estava pegajosa, aquele belo vestido que Esther ganhou das Fadas estava detonado. Ela lamentou com um suspiro zangado e deprimido." Uma pena, ele era tão lindo e autêntico. "

- Nós conseguimos filha! Estamos de volta! - Kelly vibrava de felicidade, abraçando a garota com esperança de que agora sua vida mudaria, tomaria um rumo melhor. Nem se importava com a lama ou a roupa molhada e suja, só queria encontrar seu marido e voltar para sua verdadeira casa. Sentir o prazer de estar de volta ao seu bom e doce lar.

- Sim, voltamos. Aí, me solta. A gente está toda lambuzar de lama. Que saco! Meu vestido ficou uma lástima! - Esther estava bem aborrecida com o vestido.
-Maravilha, meus sapatos sumiram! - Grunhiu ela de raiva, batendo o pé descalço no chão. Percebeu que apesar da lama, ele estava bem pálido, um esbranquiçado que era incômodo. Por um segundo desejou poder estar perto da praia, para se lavar. Não estavam tão longe como da cidade, mas andando levaria quase uma hora até chegar lá. Não valia a pena, concluiu ela. Lembrando que em pouco tempo estaria em casa, limpinha e pronta para devorar alguma coisa.

- Será que Hugo já passou, como a gente? -Perguntava-se Kelly, sem perceber que a pergunta acabou saindo de seus pensamentos e saindo pela boca, sendo audível.

- Talvez, mas lembra que ele vinha depois de nós? Então é provável que ele ainda esteja vindo. - Deduziu ela, corretamente.

- Hum, devemos esperar aqui então? O que acha filha? - Perguntou ela, passando os dedos pelo cabelo emaranhado de sujeira e nós de sua filha. Mas ela sentiu um pouco de dor, pois seu cabelo era comprido e estava embolado. Os dedos de Kelly machucaram por uns instantes, fazendo -a lembrar de seu propósito desde o início.

- Acho que devíamos sair, procura-lo. Não é porque entramos na mesma passagem que vamos sair no mesmo lugar. Não acha? - Em sua mente, ela matutava algum plano.

- Você está certa meu anjo, não é como passar por uma porta. Vamos, por ali. Mas eu estou com um mal pressentimento... - Suspirou ela, sentindo um aperto no peito, algo lhe afligia.

- Sabe mãe, eu costumava vir por aqui sempre que queria caçar. É um lugar bonito nas noites de Primavera. - Começou ela a falar, lembrando de todos os momentos em que sofreu com a solidão, com a ausência dos pais, com os anos que viveu tendo que caçar e se virar sozinha. Lembrando daquele dia fatídico, quando pensa ter visto sua mãe matar seu amado pai.

"PAI, vou vinga-lo e será hoje! Garanto que depois que eu fazê-la confessar, você vai me agradecer por te fazer ver a verdade. Sendo ela que Kelly Miller nunca amou você, ela sempre te odiou. E tinha medo de ir embora, porque ela é pateticamente solitária. Ninguém espera por ela em lugar nenhum. Ninguém se preocupa com ela. E por isso, ela suportou o seu odio para ter a melhor das vinganças: mata-lo. Mas ela se deu mal, porque quando ela pensou que iria se safar, eu a mateia. Hahaha, agora, vou matar de novo. Por você paizinho, por você. " Pensava Esther, andando calmamente, lado à lado de sua vítima.

Os Descendentes do Metamorfo - LIVRO 2Where stories live. Discover now