"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa".
Sim, essa é exatamente a frase que minha mãe diz, como um mantra, para suas cinco filhas com uma frequência alarman...
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25/01
"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa".
Sim, essa é exatamente a frase que minha mãe diz, como um mantra, para suas cinco filhas com uma frequência alarmante, na verdade.
Obviamente minha mãe não deve ter ciência que não estamos mais vivendo no século XVIII e sim no século XXI.
Eu gostaria de dizer que isso se deu início à chegada inesperada de um rapaz rico que alugou uma grande mansão próxima a nossa casa, mas ela já vinha repetindo essa frase há algum tempo, não me surpreenderia se ela gravasse isso em camisetas para nós vestirmos, ou fizesse pôsteres como daquele com um gatinho com a legenda "aguenta firme", só que no caso teria um cara ao lado de uma mansão e um carro importado ajoelhado e sorrindo mostrando um anel de diamantes. Aff!
Viver a mais de vinte anos com essa família doida que eu tenho fez me tornar uma pessoa que precisava de uma válvula de escape da loucura, então eu encontrei, e agradeço meu querido pai por isso, a minha válvula de escape nos livros.
Não sei o que o destino aguarda para mim, mas afinal os livros me foram itens tão indispensáveis para manter a minha saúde mental e escapar da loucura daqui que eu, é claro, não poderia escolher um curso além de inglês na faculdade... sim esse é o meu curso!
Foi falando sobre minha família maluca, especialmente sobre a dramática da minha mãe, com minha amiga Charlotte Lucas que me fez ter uma ideia:
Ora, porque eu não escrevo um diário, certamente, a minha vida daria no mínimo uma comédia melhor do que vemos nos cinemas hoje em dia. teria drama, comédia, talvez suspense quando eu ponderar se vou mesmo ou não matar as minhas irmãs por saquearem meu guarda-roupas e quem sabe terror se eu por acaso me aventurar na cozinha alguma vez! Ou seja, vai ser no mínimo interessante!
E como quero que tudo esteja bem registrado para a posteridade, vamos para o começo:
Olá, meu nome é Elizabeth Bennet, mas todos me chamam de Lizzie. Sou a segunda filha de cinco, meus pais tiveram de parar quando depois de cinco filhas ficou claro que não chegaria um menino para a família.
Meus pais, minhas irmãs e eu vivemos em uma pequena cidade que ninguém nunca ouviu falar e que, incrivelmente até esquecem de colocar no mapa as vezes de tão pequena e monótona que é. Sério, nem tentem olhar no Google Mapas, não está lá!
Longbourn fica na Califórnia, Estados Unidos, mas diferentes das grandes e populosas cidades como São Francisco, Los Angeles e Sacramento, por exemplo, a pequena cidade de Longbourn é mesmo uma pequenina cidade, quase rural onde há pouca poluição e os comércios tem o charme atrativo de uma pequena cidade histórica, o que, ao menos, levou aos produtores de Hollywood certa vez fechar parte do centro para filmar por alguns dias, o que deixou o nosso prefeito, o Sr. Lucas, extremamente vaidoso e orgulhoso por meses.
