Então somos amigos

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11/07


Bem então somos amigos.

Pelo menos é isso o que nós tínhamos combinados, mas ainda era esquisito, não é fácil deixar tudo para trás e esquecer as mágoas, para nenhum de nós dois e eu nem sei saberia como começar. Mas para variar Darcy foi quem se adiantou.

- Se não for pedir demais, Elizabeth, talvez você pudesse se juntar a minha irmã e a mim para o jantar, eu sei que acabou conhecendo Georgiana, mas eu gostaria que você a conhecesse melhor, eu falei bastante a seu respeito e ela ficou curiosa para conhece-la.

- É... falando nisso, o que você contou a ela exatamente?

- Eu contei tudo para ela, nós não guardamos segredos um do outro.

Eu comecei a rir nervosamente.

- Ah, que ótimo.

Darcy balançou a cabeça sorrindo.

- Você se preocupa demais.

- É eu sou assim.

- Eu lhe asseguro que ela não pensa mal de você.

- Você falou para ela sobre... que você me contou sobre... você sabe!

- Ela sabe que eu te contei.

- E ela concordou com isso?

- Georgiana confia no meu julgamento, e eu confio em você.

Eu não pude deixar de enrubescer.

- Você me dá mais crédito do que eu mereço, Darcy.

- Não, eu lhe dou o crédito que merece – disse ele com sinceridade. – Eu sei que você protegeria o segredo.

- Não é meu segredo para espalhar... hum, Darcy, eu realmente acho que você deveria tê-lo prendido.

Darcy fechou a cara.

- Eu sei, mas há muito nessa história que eu ainda não te contei, nada naquela situação foi simples.

- Eu imagino... eu sinto muito.

Eu estiquei a mão e toquei de leve em seu braço, Darcy olhou nos meus olhos e ficamos nos encarando por um tempo até que...

O celular de Paul em cima da mesa começou a tocar loucamente e nos fez pular, eu dei vários passos para trás quando a porta se abriu e Paul entrou na sala.

- Perdão interrompê-los, eu só preciso pegar meu telefone celular.

Darcy se recompôs mais rápido do que eu.

- De forma alguma, Sr. Bronson eu devo lhe devolver a sua sala – e se virou para mim. – foi ótimo vê-la outra vez, Elizabeth.

Ele esticou a mão e eu a apertei, Paul – que tinha pegado seu celular e ignorado a chamada sem nem se dar ao trabalho de ver quem era no identificador, ficou observando nosso comportamento atentamente antes de Darcy lançar a ele um olhar duro e ele sair da sala.

- Eu a espero no final do trabalho, para o jantar?

- Oh, hum, claro! – disse sem jeito.

Ele se despediu e saiu sem olhar para trás e eu desabei na poltrona. Paul entrou em seguida.

- Ah, o que foi isso, eu interrompi um beijo ou alguma coisa assim?

- Beijo, o quê, do que você está falando?

- Ah, larga de ser chata, Elizabeth, me conte os detalhes.

Eu revivei os olhos.

- Quem estava ligando para você.

O Diário de Lizzie BennetOnde histórias criam vida. Descubra agora