Sra. Collins

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11/06

Steve e Nick eram muito divertidos, eles levaram Jane e eu até os bares mais legais de Nova York. Era bom ver minha irmã se divertindo outra vez. Mas eu não conseguia tirar da cabeça Caroline e o fato de que ela está agora aqui, em Nova York, como isso é possível?

Parecia coincidência demais para eu deixar de lado toda essa história, ou melhor, essa armação que a cobra da Caroline aprontou para separar Jane de Bing. Eu ainda não me conformei com isso. E não vou descansar até tirar tudo isso a limpo.

Tudo bem, eu não contei isso ainda para Jane, e nem sei se vou contar. Do jeito que ela é boazinha é capaz que ela não queira brigar com Caroline, mas eu quero. O que ela fez foi muito errado, e eu sei que eu tenho a mania de querer consertar tudo, mas não posso ficar só olhando enquanto a minha irmã está sofrendo.

Estamos em um bar em Manhattan. A bebida é um absurdo de cara, mas tem um monte de idiotas que acham que se pagar bebida para nós, Jane e eu, pode descolar nosso telefone ou algo mais. Deus, como são imbecis esses homens; acham que é assim tão fácil conquistar uma mulher.

O bar era muito legal, é um pouco escuro, mas acolhedor e tinha um ar de pub inglês, um chão de madeira, mesas redondas com quatro cadeiras lisas, mas bastante confortáveis; o lustre acima da nossa mesa era feita de garrafas de vidro de formatos e tamanhos variados e parecia algo bem manual, porém muito bacana e dava um ar moderno e descolado ao lugar. Estava bem cheio, e tinha música ao vivo.

Um rapaz com voz muito cantava e tocava no vilão, eu não conhecia a música, então supunha que talvez fosse uma composição própria. Bem, Nova York é a cidade dos Sonhos, todo mundo quer ser alguém aqui, tipo como Los Angeles, eu suponho.

A comida também era muito boa, tinha todo o fast food que você adora comer, mas de um jeito mais gourmetizado. Nick parecia conhecer o dono, então não tivemos muitos problemas em encontrar uma mesa, o que foi bom, porque o lugar estava bem lotado.

Havia todo o tipo de cerveja, muitas delas sendo artesanais, Nick e Steven pediram uma jarra com uma cerveja escura com nome em alemão que eu não sei pronunciar direito, muito menos escrever, enquanto Jane e eu bebemos Coca-Cola mesmo.

O hambúrguer era sensacional, como Jane comia feito um passarinho, eu comi metade das suas fritas e metade do que sobrou do seu hambúrguer também. Quanto ao meu, eu totalmente devorei tudo, incluindo uma porção de onion rings e uma porção de fritas que Steven e Nick haviam pedido antes.

Hum, estava tudo uma delícia.

Olhei meu celular pela milésima vez na última meia hora, mas Charlotte não tinha me mandado nenhuma notícia de Caroline até então. Decidi que era hora de eu começar a aproveitar o passeio e deixar essa história de lado. Mas, é claro, que eu não consegui de todo e Jane começou a perceber a minha olhadela ocasional no celular, que não era algo muito normal de acontecer comigo, visto que eu não era muito ligada a redes sociais no geral e é claro, ela começou a me questionar.

- Lizzie, o que você tanto olha no celular, está tudo bem?

Ah, eu detesto mentir para minha irmã, além disso, Jane me conhece bem o suficiente e geralmente me pega na mentira, então eu lhe contei tudo.

Não foi surpresa que Nick já tivesse ouvido falar de Caroline Bingley, mas ele ficou chocado com a história de que foi Caroline quem armou para Bing separar-se de Jane.

- Jane, minha querida, você devia ter dito a ele que eu sou gay – disse Steven – o beijo que te dei nos lábios foi apenas um erro, eu tentei beijar sua bochecha e você virou o rosto na hora, foi sem querer, mesmo que eu não fosse gay, foi só um acidente, não significou nada, eu te amo, amor, mas não do jeito que seu boy acha.

O Diário de Lizzie BennetOnde histórias criam vida. Descubra agora