Festa de fraternidade!

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11/05


Já faz dois dias que Sr. Collins é nosso hóspede e sinceramente eu não tenho mais nenhuma adição a sua personalidade do que a pomposidade e bajulação desnecessária.

Esse cara transita em uma fraca corda bamba que hora pende para hilário a totalmente cansativo e irritante.

George voltou a cidade ontem. Ele não parece estar gostando muito do seu emprego atual e está muito desgostoso com as coisas como elas estão. Ele não costuma reclamar, mas acho que o salário dele não cobre todos os gastos médicos de sua mãe e agora que ele está alugando um quarto na Sra. Pullman, seus gastos podem estar ultrapassando seus ganhos.

Falávamos disso muito pouco, geralmente era eu quem puxava esse assunto, porque me preocupava com ele, George era uma pessoa despreocupada demais para seu próprio bem e estava sempre de humor leve.

Ele era o único alívio que eu tinha com meu primo cansativo ao extremo e eu estava muito ansiosa por cada hora que pudéssemos passar juntos.

Com George na cidade, Mary estava livre da obrigação de me levar para casa, mas com a chegada do dia em que eu finalmente tiraria a bota e poderia usar meu pé sem que ninguém gritasse que eu deveria descansar, e até mesmo George estaria livre de me dar carona.

Ainda assim, ele parecia sempre alegre em me levar para casa e eu estava ansiosa para que ele conhecesse a piada que era meu primo apenas para ver qual seria a sua reação.

Encontramos Jane no meio do caminho, saindo da prefeitura e ela entrou no carro conosco.

Estava tocando Bonbon de Era Istrefi no rádio, não era o tipo de música que eu gostava muito de ouvir, eu era mais do tipo indie, piano rock e eu admito gostar de pop e saber todas as letras das músicas da Taylor Swift de cor.

Como todo o vai e vem que o começo da minha relação com George teve, eu não sabia ao certo nem mesmo que tipo de música ele gostava e, embora estivéssemos juntos a algum tempo já, nos falando todos os dias, pessoalmente ou principalmente pelo celular, havia um montão de coisas que eu não sabia sobre ele e o que eu sabia não era muita coisa.

Tínhamos muitas coisas em comum, gostávamos de esporte, de caminhar, correr, acampar e fazer escaladas. Tudo bem, suponho que até agora isso é tudo o que temos em comum... ah, ele disse que amou a porção do chicken fingers do Carter's e eu também, isso conta, certo?

Eu nem sabia qual era o seu livro favorito, ou qual seu prato favorito, nem seus planos para o futuro, quero dizer, ele me disse que queria ser advogado como o pai, mas as coisas não deram certo monetariamente e ele acabou com um trabalho de merda, mas o que ele vai fazer sobre isso? Qual seu sonho?

Mas havia tempo para isso, nem estávamos juntos a tanto tempo, era normal que ainda não conhecêssemos tanto um ao outro, especialmente com todas as coisas malucas que aconteceram, como eu quebrar o pé e ele ter que viajar com a turma de natação por aí.

George começou a falar com Jane de forma tão simpática como sempre. Geralmente os caras saem babando por minha irmã, não sabem como lidar com seu jeito meigo e simpático e sua beleza e alegria cativante, mas George nunca se impressionou com isso, assim como um milhão de outras universitárias que davam em cima dele diariamente – eu sei, já vi e já me contaram (cidade pequena, você sabe!), é um fato! –, ele não ligava para nenhuma delas e preferia a mim.

Ainda que me aborrecesse que essas garotas sem noção estivessem correndo como se no cio para cima do meu namorado, eu saberia se ele estivesse me traindo, todo mundo sabe o que acontece em Longbourn, não existe segredo nessa cidade!

O Diário de Lizzie BennetOnde histórias criam vida. Descubra agora