25/08
Como eu tinha previsto, pegamos o maior transito até Lambton, quero dizer, a estrada que levava a Lambton foi tranquila, deixar Londres é que foi complicado.
Mas conseguimos afinal.
Chegamos em Lambton já no final da noite, os dois exaustos do dia longo de trabalho e do trafego estressante, embora Darcy tenha insistido em dirigir até aqui ele mesmo.
Eu vi Lambton a noite, mas mesmo assim eu achei uma cidadezinha muito charmosa. Darcy tinha razão, ela era bem maior que Longbourn, mas meio que me lembrava Longbourn em alguns aspectos, talvez fosse o charme das casas e da praça que ainda tinha um aspecto antigo como um set de filme antigo que era um charme só!
Passamos pelo penhasco onde seus pais tinham sofrido o acidente, pois era a única estrada que levava para dentro ou fora da cidade. Era mesmo uma estrada muito bem pavimentada, tinha muitos avisos para diminuir a velocidade e sobre o quanto ela poderia ser perigosa, mas acho que os avisos não foram o suficiente naquela noite. A estrada era estreita de duas mãos, dois carros passarem por vez era até demais e Darcy me disse que o muro de proteção foi aumentado e reforçado, obra que ele deve ter feito questão de sugerir para o prefeito de Lambton, creio.
Outra coisa charmosa de Lambton é que embora ela tivesse um bom tamanho e parecia muito bem habitada e até moderna, ela ainda tinha espaço para muito verde, especialmente um apreço nas muitas árvores e praças muito bem cuidadas coberta de flores, grama e tão extensas quanto possível.
Em uma praça em particular no centro, havia uma estátua de um cara alto que parecia Darcy um pouquinho, mas na verdade era um ancestral muito antigo dele, Darcy disse que seu nome era William Darcy e ele foi um dos fundadores da cidade, por isso a homenagem. Ele estava em pé era tão sério quanto Darcy, com uma cartola e uma barba e roupas do século XVIII.
A praça tinha sido uma doação a cidade de Lambton, assim como muitas e muitos pedaços de terra por ali, na verdade, quase todo o lugar já foi propriedade dos Darcy ou ainda é.
Isso era impressionante e um pouco intimidador, tenho que admitir. Eu sabia que Darcy ainda tinha muitos negócios que o trazia a uma certa frequência a Lambton, mas nunca perguntei a ele do que esses negócios se tratavam e não sei se me interesso em perguntar sobre isso.
Meio que saindo da cidade por uma estrada que passava por baixo de um arco de pedra, estávamos a caminho de Pemberley House. Esse arco de pedra, mal sabia eu na hora, já contava como um marco para o início da propriedade de Darcy. A estrada cortava por vários campos e um bosque que o cercava, assim como um rio a distância que ficava entre alguns morros e o bosque. Era tudo tão lindo que eu poderia ficar olhando aquela paisagem até o fim da minha vida e acho que não me cansaria dela!
Fitz tinha levado Kitty, Gigi, Lowel e meus tios mais cedo e tinha me mandado várias mensagens até então comentando o quanto estavam se divertindo enquanto Darcy e eu estávamos presos, trabalhando. Filho da mãe!
Mas cá estávamos agora e... sinceramente eu não sei bem como lidar com isso! A estrada de asfalto em certo ponto mudou para uma estrada de pedras e as árvores que pareciam mais juntas começaram a ter espaços entre si, de modo que eu podia ver além delas uma enorme habitação ao longe.
Eu imaginava que Pemberley era uma mansão bem grande, tipo Netherfield Park, talvez até maior, mais elegante, possivelmente, mas eu não esperava... isso!
— Você vive em um castelo! – saiu como uma acusação.
— Não é um castelo, não tem torres! – brincou ele.
— Um castelo sem torres, então!
Darcy revirou os olhos e saiu do carro dando a volta para abrir a porta para mim.
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O Diário de Lizzie Bennet
Fanfiction"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa". Sim, essa é exatamente a frase que minha mãe diz, como um mantra, para suas cinco filhas com uma frequência alarman...