05/09
Lydia teve um retorno triunfante para casa. Minha mãe tinha sido informada que sua filha favorita estava a salvo e a caminho, então quando chegamos os pratos favoritos de Lydia estavam a sua espera na mesa e ela recebeu Lydia com alegria, como se tudo o que ela tinha lhe feito passar tinha sido nada e agora estava tudo bem.
Jane também parecia aliviada em ver Lydia, mas por mais doce que fosse, não estava pronta para perdoar o comportamento dela, não que Lydia tenha levado muito em conta o sermão de Jane, não muito mais do que tinha levado em conta tudo o que meu tio e eu despejamos nela durante o caminho.
Mas certamente minha mãe e Jane eram as únicas felizes e aliviadas por ver Lydia sã em salva, os demais não partilhavam do mesmo entusiasmo.
Mary como sempre deu pouca atenção a tudo isso e só ficou preocupada em quanto toda essa viagem custou às economias de papai, – Mary era boa em finanças, então era ela que cuidava da contabilidade e fazia o possível para evitar que mamãe passasse do limite do cartão de crédito, mas ela normalmente não conseguia impedir que isso acontecesse tanto quanto gostaria! – Mary, no entanto não tinha ideia do quanto meu tio Eddy tinha desembolsado para pagar os gastos absurdos de Lydia e Wickham, e para falar a verdade, nem eu, e eu meio que estava com medo de perguntar, mas seja qual valor fosse, papai teria de reembolsá-lo eventualmente, meu tio não é um homem rico e seu dinheiro provém de seu trabalho e ele também tem uma família para sustentar.
Daí tinha Kitty, que não tinha melhorado o humor desde que parti e não parecia nem um pouco feliz em ver Lydia e espelhando Kitty tinha meu pai que não abraçou ou comemorou a chegada de Lydia, na verdade, nem falou com ela.
Ele parecia muito contrariado com o fato de que minha mãe tinha se esforçado tanto para agradar Lydia sabendo que ela não merecia nenhuma recompensa pelo que fez, mas como minha mãe estava tão alvoroçada, acho que ele não quis estourar a bolha dela. Pelo menos não tão de cara!
Ele deixou que minha mãe a abraçasse tanto quanto ela quisesse e Lydia dissesse as besteiras que queria, como o fato de que ela sequer tivera tempo de escolher uma capela para ela e Wickham se casasse e que o fato de George deixar a cidade foi para visitar a mãe dele.
Bom eu nem consegui aguentar esse comentário.
— A mãe dele está morta Lydia! – disse irritada. – Cai na real!
— Lizzie, que coisa horrível de se dizer!
— É verdade, ela está morta, faz anos, aliás, como você pode acreditar nele!?
— Quem disse isso para você, por acaso foi o Darcy?
Eu só a encarei, ela tomou meu silêncio como afirmação.
— George me disse que Darcy o detesta e fica inventando mentiras sobre ele...
— Tem mesmo um mentiroso e não é o Darcy, não é Darcy foge com garotas que mal fizeram dezoito anos cérebro de pudim!
— Você está com ciúmes...
— AH, CALE A BOCA LYDIA! – berrou Kitty, chocando todo mundo.
— Qual é o seu problema?
— Qual é o seu problema? Você só começou a sair com o George para irritar a Lizzie, se tem alguém com inveja e com ciúmes é você, você sempre teve!
— Da Lizzie? Ela vai acabar uma velha solteirona!
— Antes só do que mal acompanhada – disse.
— Agora já chega! – disse meu pai, sem alterar a voz. – Agora você escute e eu espero que escute muito bem, porque eu vou lhe dar apenas duas escolha e antes que eu faça isso, quero que todos prestem bem atenção no que eu digo, porque é minha palavra final e eu não vou voltar atrás.
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O Diário de Lizzie Bennet
Fanfiction"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa". Sim, essa é exatamente a frase que minha mãe diz, como um mantra, para suas cinco filhas com uma frequência alarman...