Kitty vai a Londres - parte 1

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06/08

A acordei lá pelas três da manhã com o rosto ainda molhado de lágrimas o que deve significar que eu devia ter continuado chorando enquanto dormia.

Eu olhei ao redor e acho que Darcy ainda estava dormindo, então sai de fininho com o celular para iluminar o caminho.

Estava tudo escuro e silencioso, eu me sentia sufocada então abri a porta da varanda e me sentei em um banco sentindo o vento úmido bater no meu rosto. Tinha chovido mais cedo, mas a chuva tinha cessado por hora deixando no ar apenas algumas gotículas restantes como lembrança.

Lembrança...

Eu ainda tinha a lembrança da minha noite, que foi revivida em meu sonho conturbado, credo, será que eu não sou deixada em paz nem na minha própria inconsciência?

Meu celular vibrou, o que era inusitado visto a hora. Era uma mensagem de Fitz.


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Sem me preocupar em colocar sapatos ou tirar meu pijama eu só corri para o elevador. Falar, eu esperava, iria ajudar muito. Claro, eu poderia falar com Darcy a respeito, mas eu estava com medo!

Falar com o Fitz era muito mais fácil!

Fitz estava me esperando e ele não pareceu ficar surpreso com minha aparência, eu devia estar horrível, não tinha dormido direito, tinha chorado e meu cabelo devia estar uma droga, mas eu não me importei com isso com Fitz, ele era um amigo, com Darcy era sempre diferente...

Sem dizer uma palavra ele me deu um abraço e eu não sabia o quanto estava precisando tanto de um até que eu o ganhei. Ah, como era bom se sentir querida e amada nos braços de alguém que te conhecia bem e gostava de você mesmo assim.

— Pronto, pronto, eu sei, elas são terríveis, não é? – disse ele ainda sem me soltar.

Eu suspirei, mas acho que minhas lágrimas tinham sido toda gasta e eu só me sentia vazia e triste.

— Eu realmente precisava disso Fitz – admiti.

— Sei o que quer dizer! - disse ele me colocando para dentro e fechando a porta, ele me levou até a sala e pulamos os dois no sofá. – Convivi com todas essas cobras, se não fosse advogado poderia ter trabalhado na área dos répteis do zoo.

Eu ri.

— Por isso você se tornou um advogado - provoquei.

— Isso é golpe sujo Bennet – disse ele, mas estava rindo.

Eu precisava disso também, me distrair e rir, era fácil de fazer isso com Fitz também! Não havia complicação e eu não tinha que ficar me questionando o tempo inteiro, com Darcy era sempre tão complicado, havia sempre alguma coisa, era o telefone dele ou a família dele... ou a minha... droga, nem chegamos na parte da linha família... oh, céus e a minha família com a dele...! Isso seria um desastre só!

O Diário de Lizzie BennetOnde histórias criam vida. Descubra agora