A fuga de Lydia

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01/09


Procurar uma garota de 18 anos que fugiu voluntariamente com o namorado não estava entre as prioridades da polícia. Essa é a razão, pelo qual nenhum deles foi de muita ajuda para encontrar a minha irmã.

Lydia já tinha fugido com Wickham há quase uma semana e ainda não tínhamos notícias dela.

Quando voltei para casa, com meu tio e uma Kitty muito irritada, encontrei a minha mãe em um tal estado de espírito que ela não fazia nada além de ficar de cama, gritar e chorar o tempo inteiro chamando por Lydia.

Todo esse escândalo dela só fez o meu pai ficar ainda mais irritado do que ele já estava, além de não ajudar nem um pouco a encontrar Lydia, aliás.

— Eu adoraria ficar na cama dando ordens e choramingando – disse meu pai irritado para mim assim que eu cheguei. — Isso com certeza vai trazer a Lydia de volta!

Eu tentei não dizer nada, nem a favor nem contra. É claro que ela estava preocupada com Lydia, ela sempre fora o seu bebê, mas ela é a minha mãe, então é óbvio que tudo que ela faz é exagerado, inclusive o seu berreiro, então eu particularmente não fiquei muito surpresa com a reação que ela estava tendo, era de se esperar dela algo nesse nível, por mais irritante que fosse.

Mas meu pai nunca teve paciência para esse tipo de coisa, e muito menos Mary, para falar a verdade, eu não sei quem está mais irritado com todo esse escarcéu da minha mãe e da fuga inescrupulosa de Lydia, se é meu pai ou se é Mary.

Claro que Mary é tão útil para resolver os nossos dois problemas (a fuga de Lydia e o desespero da minha mãe) quando minha mãe que só faz chorar, reclamar dos nervos e prever desgraças cada vez piores.

Primeiro minha mãe achava que meu pai deveria ir atrás dos dois, e reclamava a plenos pulmões que meu pai era inescrupuloso por "abandonar" Lydia a própria sorte, e então no minuto seguinte ela mudava de ideia e achava que ele deveria ficar aqui, pois o stress só faria ele ter um ataque cardíaco e quando ele morresse nós ainda teríamos de desocupar a casa para Collins.

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