22/07
Quando abri meus olhos, estavam me colocando em uma ambulância. De onde surgiu essa ambulância, eu não faço ideia, mas um paramédico estava me colocando em uma maca e me enfiando lá dentro enquanto eu ouvia Darcy falar agitado ao fundo.
Não sei ao certo o que ele dizia, nessa hora meus pensamentos ainda estavam confusos, eu me sentia nauseada e minha cabeça estalava de dor, tudo estava um pouco embaçado e o som meio oco, mas mesmo assim eu reconheci sua voz em meio às demais, ainda que seu tom fosse mais baixo do que o de Fitz.
É foi uma bela de uma concussão, obrigada Caroline!
Falando nela, ela estava lá, ainda com a raquete na mão ao lado de Gigi. Ela não parecia feliz, não como se estivesse preocupada comigo, obvio que não, provavelmente só estava irritada porque eu estava chamando mais atenção do que ela. Se antes Darcy não lhe dava atenção, não era agora que ele iria lhe dar, não é? Ela sabia disso!
Mas esses pensamentos não me ocorreram na hora. De verdade, eu estava muito tonta para ter pensamentos muito coerentes não ajudava nada a tremenda dor de cabeça que eu sentia, mesmo assim, eu fiz uma tentativa de me levantar, só que o paramédico não deixou que eu me sentasse de uma vez, ao invés me ajudou a sentar, bem devagar como se eu fosse de porcelana, sei lá! Isso me irritou, porque eu detestava parecer indefesa.
Darcy estava com os olhos de águia em mim e foi o primeiro que notou que eu tinha acordado, ele correu ao meu lado, preocupado e frenético, nunca vi Darcy tão descomposto na minha vida!
Gigi também notou que eu tinha despertado, ela igualmente preocupada se aproximou, mas não queria atrapalhar os paramédicos, portanto apenas me olhou a uma pequena distância.
Os paramédicos achavam que eu deveria ir ao hospital, mesmo eu dizendo que não queria ir, eles contiveram o corte em minha cabeça, mas eu possivelmente iria precisar levar ponto. Ah, que beleza, obrigada por isso também Caroline!
Darcy quis ir na ambulância comigo, o que eu agradeci internamente, eu detestava hospitais, não tanto quanto Jane, mas mesmo assim...
Eu ouvi Fitz dizendo que iria pegar o carro e nos encontrar lá e Darcy jogou a chave para ele sem nem olhar direito pulando rapidamente na ambulância atrás de mim.
Os paramédicos ficaram me enchendo de perguntas idiotas, eles me mantiveram falando durante todo o percurso que fizemos até o hospital, Darcy não tinha dito nada durante todo o tempo, ele só ficava ali me olhando de olhos arregalados como se esperasse que eu fosse desmaiar outra vez ou talvez derreter, não sei. Cara, porque essas coisas sempre acontecem comigo? E porque raios tem que acontecer justamente quando Darcy está por perto?
Quando chegamos no pronto-socorro um médico jovem nos atendeu, repetiu algumas perguntas idiotas para mim, como "que dia é hoje?", nomear todos os animais que começam com a letra d, essas coisas. Enquanto isso um segundo médico deu pontos na minha cabeça.
Eu odiava pronto-socorro de hospitais, cria a possibilidade de ver gente sangrando. Mas Darcy tinha tomado uma providência para isso, havia um cara com a perna sangrando na maca ao lado, mas ele colocou um biombo na frente, tampando a minha visão do cara e sua perna. Que alívio!
Depois de cuidar do sangramento eu fiz alguns testes de memória e reflexo que pareciam igualmente idiotas e depois tirei um raio-x da cabeça para ver se tinha havido algum problema.
Fitz, Gigi e até Caroline vieram no hospital para saber de mim – não que ela tivesse feito isso porque estivesse muito interessada na minha saúde e bem-estar, pode até ser que ela não tivesse jogado a bola na minha cara de propósito, mas não significa que ela tivesse lamentado.
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O Diário de Lizzie Bennet
Fanfiction"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa". Sim, essa é exatamente a frase que minha mãe diz, como um mantra, para suas cinco filhas com uma frequência alarman...