Em busca de respostas

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Minha dúvidas tinham sido esclarecidas e mesmo que eu sentisse a falta de algo que meu pai não contou, já era o bastante para eu mesma descobrir sozinha.

Após o café da manhã no dia após a conversa com o meu pai, fui para o IAD. O clima fresco estava perfeito, eu adorava dias assim. Minha cabeça estava cheia mas algo me dizia que tudo daria certo.

Minutos antes de chegar ao instituto, mandei mensagem para a Zoe me encontrar em uma parte reservada da biblioteca. Precisei contar tudo o que meu pai me disse. Nos encontramos num canto afastado dos outros alunos.

- Você acha que a cidade da qual ele falou, é Álamo Seco?- a Zoe perguntou.

- Eu tenho quase certeza. Creio que é a única cidade com esse nome.- afirmei. Era um nome muito incomum, mesmo para uma cidade pequena.

- Quer dizer que talvez, a mãe do seu irmão ainda more lá.- a loira disse. Ela me encarou atentamente.- Izzy, o que foi?

- Eu não sei.- me encostei na parede ao meu lado. A todo momento olhávamos ao nosso redor para ver se alguém estava vindo.- Parece que não é a história toda. O jeito que o meu pai falava, eu não sei.

- O que você vai fazer agora?- ela perguntou.

- Vou atrás do Gabo. Talvez ele saiba de uma história de alguém, a cidade é pequena, com certeza todo mundo conhece todo mundo.- eu disse mas não acreditava que ia ser tão fácil.

- Izzy, apesar de ser uma cidade pequena você não sabe como a mulher é ou era.- a Zoe tinha razão. Comecei a pensar várias coisas.

- Tá. Meu irmão é bem diferente de mim em várias coisas.- vi a Zoe franzir a testa e arregalar os olhos, um expressão comum que ela fazia quando queria saber algo. Revirei os olhos e comecei a dizer.- Bem, o cabelo dele era preto, era a coisa que mais diferia ele da gente. Fora isso, ele era idêntico aos meus pais.

- Você tá brincando Izzy?- Zoe reclamou. Apesar de parecer piada, era o que eu tinha no momento.- Então procuramos uma mulher de no máximo quarenta e cinco anos e cabelos pretos? Quantas pessoas podem existir com essas mesmas características naquela cidade?

- Ai, eu sei tá legal. Mas eu não sei mais de nada que possa nos ajudar.- suspirei e fechei os olhos. De repente, meu telefone começou a tocar. Eu o peguei na bolsa pendurada em meu ombro e abri a caixa de mensagens.

- Quem é?- a loira na minha frente perguntou curiosa. Eu apenas mostrei meu celular.

"Aqui vai uma pista. Não desperdice -J.M"

Junto da mensagem, havia uma foto. Era uma mulher com pele clara, cabelos pretos e longos. Pra falar a verdade, ela era idêntica ao Jonathan. Eu fiquei assustada e não sabia como reagir. Olhei para todos os cantos e não havia ninguém que pudesse ter nos ouvido.

- Como ele pode saber o que nós estávamos conversando?- sussurrei para a Zoe.

- Isso é muito assustador, mas pelo menos temos algo concreto.- ela respondeu olhando para todos os cantos.- O que você vai fazer agora?

- Mostrar essa foto para o Gabo. Talvez ele conheça e saiba quem ela é.- expliquei. Já estava na hora de irmos para a aula.

Eu fiquei aérea em todas as aulas. Me sentia vigiada por todo mundo e ao mesmo tempo por ninguém. O tempo passava e eu só pensava naquela mensagem.

O fim das aulas havia chegado e com isso, o treino de vôlei se iniciaria. Me arrumei e fui para a quadra. Pelo menos eu fiquei mais atenta, talvez era o medo de levar uma bolada na cara.

O tempo passou, rápido aliás, e tínhamos finalizado o treinamento do dia. Fui corrrendo para o chuveiro e depois me troquei. Logo depois, fui para a lanchonete.

O11ZE- Uma nova história  ✔️CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora