Um alívio após a tempestade

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Estacionei o carro saí correndo do carro, esbarrando em várias pessoas que eu nem vi quem eram. Eu estava perdida, fui em vários lugares: no campo, na quadra, sala de aula e nada. Me encontrei com as meninas na escadaria, descemos correndo ao vermos o Léo.

- Léo, Léo onde tá o Valentino?- perguntei afobada.

- Calma, tá na sala de estudos.- respondeu e antes que ele pudesse dizer algo, saí correndo.

Chegando na sala de estudo, vi ele abrir uma garrafa de água e os remédios ao seu lado. Ele só tomava as capsulas se estivesse com dor. O Valentino estava pegando uma capsula para tomar, mas eu fui em sua direção e tirei o remédio, jogando longe.

- Ei Izzy, espera, eu tenho que tomar isso.- meu namorado protestou.

- Não, não são remédio de dor! Eu sabia que ouvi algo, meu Deus, você poderia ter morrido...- eu não aguentei, eu desabei na frente dele. As lágrimas que eu estava segurando começaram a escorrer dos meus olhos, eu estava ofegante e nem conseguia falar nada. O Valentino, que me olhava confuso, ajudou a me levantar e me deu um pouco de água, alguns minutos depois eu estava mais calma e aliviada.

- Tudo bem, agora me conta o que ouve?- pediu calmamente.

- Lembra que hoje de manhã eu te perguntei se você tinha quebrado alguma coisa?- ele confirmou com um aceno.- E eu ouvi mesmo, não era coisa da minha cabeça. Alguém invadiu sua casa hoje de manhã Valentino.

- E o que isso tem a ver com o meu remédio?- ele indagou. Peguei o remédio e abri uma das capsulas e caiu um pó azul na mesa.

- É veneno de rato. A Clair rastreou JM até uma loja que vendia coisas para controle de pragas, e comprou uma que parece ração ou sei lá, mas é azul, exatamente da cor desse pozinho nas cápsulas.- eu estava aliviada por ter conseguido chegar a tempo, mas ainda sim, estava com medo. Mais ainda que medo, eu estava confusa.- Valentino, só de pensar que algo podia ter acontecido com você.

- Ei, não chora mais tá? O pior já passou.- a calma dele ao me dizer essas palavras me surpreendia. Ele me puxou para um abraço, eu pude ouvir o coração dele e ele não estava tão calmo quanto parecia.- Eu te amo.- saí de seu abraço e o olhei com lágrimas nos meus olhos.

- Eu também te amo.- rimos um para o outro.

- Confesso não estar tão calmo quanto pareço. Mas você tá melhor?- indagou enquanto eu limpava meu rosto.

- Melhor, se você tá bem, eu também.- confessei. Suspirei e lhe dei um sorriso com um olhar cansado.- Ainda tenho que ver as coisas do trabalho da Griselda, já fez algo com a Maga?

- Já sim, mas nada de mais. Nós apenas discutimos sobre os capítulos e decidimos como iríamos fazer.- deitei minha cabeça na mesa e fiquei ouvindo suas palavras.- E você e o Eric?

- Nada, nem falei com ele hoje e por mim, nem falava.- admiti. Me levantei, pois, precisava ir embora.- Você tá bem mesmo?

- Estou, foi apenas um susto. Aliás, amanhã eu começo a fisioterapia.- olhei para ele animada. Era uma notícia muito boa.

- Mentira!? Ai meu Deus Valentino, que notícia ótima! Quer que eu vá com você?- perguntei sorridente. Eu via como os olhos dele brilhavam, ser goleiro e jogar pelos Falcões era muito importante para ele.

- Seria ótimo! Meu pai já tá me esperando, tchau.- ele se despediu com um beijo.

Sexta-feira amanheceu com tudo. Acordei com o despertador e caí da cama, ia ser um longo dia. A preguiça estava tomando conta de mim nessa manhã, me arrumei com calma e desci para pegar meu café.

O11ZE- Uma nova história  ✔️CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora