Me arrumei em casa rapidamente e saí para buscar as meninas para irmos ao cinema. Foi super divertido, vimos um filme, comemoramos o fato da Clair começar a estudar com a gente na semana seguinte. O pai dela tinha conseguido o emprego, como eu já esperava que acontecesse.
Acordei no sábado, mas sem o barulho do despertador mas sim com o barulho das mensagens. Peguei o celular e vi que já eram dez horas. Me arrumei bem rápido para ir ao shopping e comprar umas coisas que a minha avó pediu. Depois eu iria voltar para casa, almoçar e esperar o Eric para fazer o trabalho. Pedi minha avó ficar na cozinha caso ele fizesse ou tentasse algo.
O shopping estava razoávelmente cheio e pude ver algumas pessoas conhecidas como o Lucas, o Lorenzo e principalmente quem eu sempre imaginei aqui... a Martina. Começei a andar passando por várias lojas, procurando por alguma que me interessasse. Entrei em uma loja sem compromisso e encontrei com alguém indesejado, Martina. Ignorei sua presença mas ela veio até mim.
- Oi Izzy, você por aqui?- Martina segurava algumas sacolas e começou a olhar os cabides ao meu lado.
- Sim, eu prezo por boas lojas de roupas e sapatos.- respondi sem ao menos olhar para ela, fiquei concentrada nas roupas que eu estava vendo.
- Você tem um ótimo gosto.- disse ao olhar as roupas que eu estava segurando. Olhei para ela e vi as roupas que estava pegando.- Eu tenho que ir, até a segunda.
- Martina, eu ouvi sobre os boatos sobre a Zoe só ser das Fênix por conta do pai dela. Eu espero que seja mentira.
- Todos esperamos.- ela respondeu, ela se virou novamente para ir embora com uma única blusa.
- Aliás, essa blusa que está levando não combina tanto com os seus olhos.- dei um sorriso falso e me virei para ir até o provador.
Continuei procurando umas roupas para renovar o meu guarda roupa, fazer compras me ajudou a pairecer. Depois do mercado fui almoçar, estava com muita fome e precisava enfiar qualquer tipo de alimento garganta a baixo se não eu juro que desmaiava. Pedi uma salada grega, tinha que mudar meus hábitos alimentare, mas não podia viver comendo macarronada, tortas e outras guloseimas, minhas veias e artérias agradeciam.
Ao pagar, saí do restaurante e fui para a vigésima loja do dia. Ouvi uma voz que me deixou paralisada, me virei lentamente e vi quem eu menos queria ver no momento, alguém que eu odiava mais do que o Eric, mais do que a Martina: O Raio.
- Izzy, não é?- o encarei com uma expressão fechada, eu apenas ignorei e voltei a andar.- Espera, que prazer te encontrar aqui.
- Que terrível pra mim.- murmurei. Me apressei par tentar fugir daquele idiota.
- Está muito apressada, vamos parar um pouco e conversar.- pediu segurando meu braço. Parei, olhei para a mão dele e revirei os olhos.- Deixa eu te pagar uma bebida?
- Não.- respondi apenas.
- Ah, qual é? Eu sou o Raio, jogo em um time de profissionais.- se gabou me fazendo virar para ele e o encarar com todo o ódio que eu tinha naquele momento.
- Ah, que bom que você tocou no assunto! Eu gostaria mesmo de saber como alguma garota pode querer sair com alguém como você, que não tem escrúpulos e nem valores. Você prefere machucar seus rivais apenas para ganhar! Eu não saíria com você nem se fosse o último homem da Terra, eu te odeio e pra mim você não existe. Eu não estou ligando onde você joga ou quem você é!- soltei tudo o que o eu quis falar no fatídico dia do acidente do Valentino.- Então me solta ou quem vai se machucar vai ser você, não sabe o quanto levar um pisão com esse salto doi.
Assim que ele me soltou, voltei a andar para o me novo destino: casa. Aquela situação tinha acabdo com a minha manhã e sinceramente, a tarde iria ser igualmente ruim. Eu queria fazer aquele trabalho o mais rápido possível para ficarmos o menor tempo juntos possível. Quando cheguei em casa, o céu ainda estava claro e o clima agradável.
- Vovó cheguei das compras!- anunciei ao entrar em casa com as sacolas.
- Trouxe tudo o que eu pedi?- perguntou se levantando para me ajudar.
- Sim. Sorte que quando eu cheguei cnão tinha fila no caixa.- lhe entreguei as sacolas de alimentos, ficando apenas com as minhas compras de roupas.
Subi e comecei a arrumar minhas coisas novas, colocar coisas que não cabiam mais em mim em caixas para doações e arrumando minha penteadeir que estava uma bagunça. Quando terminei, desci a tempo pois a camapainha havia acabado de tocar.
- Oi Eric, pode entrar- o recebi friamente.
- Oi, obrigado por aceitar fazer o trabalho hoje.- respondeu hesitante. O encarei por alguns minutos e depois nos sentamos no sofá da sala.
- Não tem jeito, então que façamos as coisas direito.- respondi, colocando o notebook no meu colo mostrando as coisas que pesquisei sobre os capítulos designados para nós.
Passou um tempo e eu precisei ir ao banheiro, quando voltei, ele estava vendo umas fotos que sempre ficavam postas nas mesinhas de canto ao lado dos sofás. Ele estava segurando um porta-rerato específico, com uma foto minha criancinha.
- Lembra de quando eu peguei catapora no fundamental e você queria porque queria ficar comigo?- Eric comentou ao me ver chegando na sala. Engoli em seco e me sentei no sofá novamente,
- Lembro sim.- concordei.- E eu lembro de ter te avisado para não ir à casa daquele seu amigo quando ele também estava com catapora.
- Eu devia ter te ouvido.- ele riu. Um silêncio estranho pairou sobre a sala, olhei para ele e ele pra mim.- Você sempre tem razão quando o assunto sou eu.
Essa frase estranha, me levou a várias lembranças do passado. Dormíamos na casa um do outro, brincávamos de tudo, íamos juntos para escola e depois passávamos na lanchonete apenas para pegar um lanche com brinde e completar nossa coleção.
Ficamos mais ou menos uma ou duas horas fazendo o trabalho. Eu tinha uma sensação estranha no peito, e minha cabeça só pensava em como o Eric era um cara ótimo há muito tempo.
- Desculpa se foi estranho pra você.- falou, se levantando para ir embora.
- Não foi. Considere como... Apenas uma colaboração benéfica para ambas as partes.- o respondi. Levei ele até a porta, nos encaramos de uma forma estranha.
- Tchau.- ele entrou no carro e foi embora.
Me encostei na porta, após fechá-la, e respirei fundo. Eu não podia acreditar nele, eu não podia desculpá-lo.
- Como foi?- minha avó apareceu no vão da porta da cozinha, com seus cabelos castanhos amarrados em um coque frouxo.
- Bem, eu acho.- minha avó inclinou a cabeça e me encarou.- Eu não sei, eu tô com um sentimento estranho. Enquanto ele tava aqui, fiquei me lembrando da infância.
- É normal minha querida! Vocês cresceram juntos. Coisas assim não se apagam tão fácil.- ela veio até mim e colocou meu cabelo atrás da minha orelha
Subi para o meu quarto e tomei um longo e pensativo banho. Quando saí, resolvi ligar para o Valentino, ele estava com alguns amigos em casa, portanto, eu não ia demorar muito.
- Oi Izzy, tudo bem?- ele atendeu- Tudo, só liguei para saber se está se divertindo com os seus amigos.
- Tá muito divertido, faz um tempo desde que eu fiz isso.- eu podia ouvir a voz do Mariano, do Lucas e até do Lorenzo.- Aconteceu alguma coisa? Eu posso ir aí ficar com você, ou você vir pra cá, tanto faz.
- Não. Não aconteceu nada, só queria saber se você tá bem e falar que eu te amo.
- Eu te amo também, muito mesmo. Sério, se precisar de mim, só chamar.- ouvi alguém gritar gol do outro lado da linha.
- Tudo bem, agora volta para os seus amigos, tchau.- desliguei.
Era muito bom ouvir a voz dele, conseguia me acalmar quando minha cabeça estava um furação de emoções. Naquele momento, eu não sabia se eu estava sentindo raiva ou saudades da amizade do Eric.
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O11ZE- Uma nova história ✔️Completo
FanfictionIsabelle Kingston, ou como prefere ser chamada, Izzy, é uma garota rica que se mudou de um bairro da alta sociedade de Nova York para morar com sua avó e pai em Buenos Aires, além de começar a estudar no prestigiado Instituto Academico Desportivo, o...