Aprovação

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Ficamos até tarde fofocando, não só sobre minha vida, mas também sobre o possível novo amor da minha querida avó Sandra e as viajens de minha mãe pela Europa. Foi bom para esvaziar a cabeça, mas, infelizmente, ao voltar para o quarto JM voltou para minha cabeça, aliás, ele estava bem sumido, nenhuma mensagem, email e nem carta, nada. Além disso, alguém chamado Júlio Moretti estava hospedado no resort há alguns meses, mas não tinha informação de qual quarto, foi uma semana sem nenhuma resposta.

O dia do jantar com os pais do Valentino havia chegado. Um misto de emoções preenchia meu peito, quer dizer, eles me conheciam, não era como se eu fosse uma estranha completa, mas eu não deixava de ficar ansiosa. O dia estava quente, mesmo para o mês de julho, que na Argentina, deveria ser inverno. Me arrumei e fui para o IAD.

Minha mãe não estava em casa, peguei o carro e saí.  Não haviam muitas nuvens no céu, o que acabava com a minha brincadeira de imaginar formas para elas, o clima estava ótimo para o jogo dos Falcões, que decidiria de fato o futuro deles. Estava tão ansiosa que parecia que eu mesma iria jogar, estava parecendo o Rafa.

— Oi.— cumprimentei Valentino dando-lhe um abraço por trás. Ele estava sentado na cantina comendo um sanduíche.

— Oi, como está?— falou terminando de mastigar e limpndo sua boca com um guardanapo de papel.— É hoje.

— Tô bem, eu acho. É, eu tô bem sim.— falei hesitante.

— Eu sei que você quer perguntar algo.— ele acertou em cheio.

— O que a sua mãe acha de decotes? E transparência? Devo usar meu cabelo solto ou amarrado? Preto ou branco?— ele arregalou os olhos com as minhas perguntas. Eu não estava nenhum pouco bem.

— Ei, calma! Ela não vai ligar pra isso, fora que, você não vai estr sendo você mesma se for como eles querem. Eu quero que eles conheçam a verdadeira Izzy.— ele entrelaçou seus dedos com os meus e beijou minha mão. 

— Chega de falar de mim. Como estão os ânimos para o jogo contra os Raios?— perguntei.

— Eu estou até que bem, os outros estão mais nervosos que eu.— ele disse. Eu sabia que ele queria se sentir assim, nervoso por estar em campo.

— Eu sei que você queria jogar, mas logo logo isso vai mudar você vai ver. 

— Sabia que eu te amo?— ele indagou. 

— Sim, eu sabia. Mas você sabia que eu te amo mais?— falei e o beijei antes que ele pudesse falar algo.

Corri para a arquibancada assim que as aulas terminaram. Descobrimos que o raio-x do Gabo havia sido trocado, portanto, ele poderia jogar, e isso era uma ótima notícia. Fui para a arquibancada junto com as meninas e o Joaquim que vai transmitir o jogo. Zoe estava um pouco tensa mas nem me atrevi em perguntar porque.

Os Falcões começaram muito bem, a bola estava com o Gabo e ele parecia muito bem, nem aparentava estar machucado. Nos primeiros minutos, os nossos jogadores com a camisa vermelha e dourada, avançaram, e o Lorenzo chutou mas infelizmente acertou o travessão. A bola voltou com os Raios. Eu queria muito que eles ganhassem, seria incrível ver eles na final e ainda daria tempo do Valentino se recuperar e poder jogar novamente.

O tempo passava e parecia que os Falcões ficavam cada vez mais na ofensiva. O Gabo conseguiu seguir com a bola até o gol adversário, mas foi interrompido por um jogador dos Raios, que o parou com um carrinho.

— Foi cartão amarelo!— gritou Zoe ao meu lado.  O juiz marcou, mas o Gabo estava bem estranho, mas ele se levantou e foi cobrar a falta.

— Vamos Gabo!— gritei batendo palmas. Estávamos todos tensos, mas o goleiro adversário conseguiu pegar a bola.

O11ZE- Uma nova história  ✔️CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora