Capítulo 7

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#Dafine#

Somos interrompidos com o grito de Pedro e Alice. - Vamos o parque vai fechar.

Me afasto sem graça de Ruan que dá um largo sorriso.

Vou andando até o carro. Vejo o olhar malicioso de Alice, e desvio o olhar no mesmo instante. Ruan logo quebra o silêncio entre nós e diz: - Nem vi o tempo passar já é meia noite.

- Nossa é mesmo! Falo horrorizada.

- O tempo passou rápido Alice fala.

- Passou mesmo. Pedro confirma.

- Pedro pode me deixar na casa da Dafine.

- Você que manda. Ele diz

Dentro do carro, fico mais a vontade dessa vez. Ruan entrelaça sua mão a minha, abraça com a outra e me dá um beijo na testa. Ao chegar na minha casa nos despedimos de Alice e Pedro.

Na porta de casa. Ele olha para mim com um brilho no olhar e diz. - Hoje foi perfeito.

- Foi mesmo.

- Posso te dar um beijo de despedida?

- Pode. Falo me aproximando dele que coloca suas mãos em minha cintura. O beijo mais que perfeito é interrompido com minha mãe chegando de táxi.

- Mãe. Falo assustada.

- Minha querida você anda mentindo para mim. Esse aí é seu namorado ou um ficante?

- Mãe. Por favor.

-Olho para Ruan e digo: - Vai pra casa, amanhã a gente se vê. Digo envergonhada.

- Não Dafine quero ajudar.

- Adorarei a ajuda desse gato. Minha mãe diz com a voz entrelaçada.

- Mãe, entra, daqui a pouco entro. Coloco ela dentro de casa e volto.

- Me desculpe por ver minha mãe nesse estado.

- Não tem problema. Sei bem o que é isso.

- Como assim? Pergunto sem entender.

- Meu pai morreu embriagado, lembra?

- Fico paralisada e começo a chorar.

- Não chore minha gata isso não irá acontecer com ela.

- Não sei Ruam. Sinto que estou à perdendo a cada dia. Hoje ela chegou cedo. A semana toda está chegando em casa as por volta das quatro da manhã. Não sei mais o que fazer.

Ruan me abraça e diz. - Ela vai sair dessa. Vamos ajudá-la.

- Estou cansada.

Ruan olha fixamente para mim e diz. - Nunca pare de lutar.

- Obrigada agora tenho que ir antes que ela quebre alguma coisa.

- Tem certeza que não quer ajuda. Ela está muito mal.

- Não precisa, lido com isso há anos.

Ruan se despede e vai em bora.

- Mãe me explica, que cena foi aquela. Chamar Ruan de gato! A senhora perdeu a noção?

- Não interessa se estou bêbada ainda consigo te dar algumas palmadas.

- A senhora não tem mais moral para isso.

Deixo-a sozinha, não consigo. Vou para o meu quarto. Depois de alguns instantes, ouço o barunho de alguma cuisa quebrando. Desço as escadas correndo.

- Mãe, Pare.

- Não me impeça. Sou um desastre. Não tenho mais jeito.

- Só tenho a senhora, joga esse caco no chão. Grito desesperada.

- Vou resolver seu problema. O problema do Jorge. Aquele canalha que prefere ficar com aquela vadia 20 anos mais jovem ao invés de mim. Não sirvo para nada. Não servi para seu pai, para você e para mais ninguém.

- Mãe não fala isso. Eu te amo. Só tenho você. Por favor.

Me aproximo dela chorando.
Tiro o caco de sua mão, e amarro um pano na mão cortada, está sangrando muito. Levo-a até a cozinha e faço um curativo. Eu não consigo parar de tremer ela quase tirou a própria vida.

Começo a chorar e abraçada com ela oro. A cada palavra choro mais ainda e sinto muita dor. Estou perdendo a esperança e peço a Deus força. Levo-a até seu quarto e deito na cama com ela. Não poderei dexa-lá sozinha depois dessa loucura. Ela me abraça com muita força e cai no sono. Fico orando por mais um pouco e caio no sono também.

Amanheceu e ainda estamos abraçadas. Saio de vagar de seus braços e desço para fazer o café da manhã.

Ruan liga e resolvo não atender. Não quero coloca-lo nessa situação. Já sofreu muito com seu pai. Ele liga por mais umas duas vezes e desiste.

Fico a manhã toda pensando em uma solução para isso tudo. Só penso em uma. Ligo para o pastor, e conto tudo que está acontecendo.

- Dafine a noite vou fazer uma visita há vocês. Fica tranquila. Confie em Deus. Ele diz.

Desligo o telefone e fico mais tranquila.

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