Capítulo 22

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#Ruan#

- Cara preciso da sua ajuda. Digo para Pedro

- O que foi? Ele responde

- A Dafine está me deixando louco, com essa história de amizade.

- Cara, a cada dia tenho certeza que as mulheres são complicadas.

- Pois é. Estou perdendo a paciência com isso.

- Não estrague as coisas Ruan. Tenha paciência a garota será sua.

- Pedro, não consigo ficar perto dela sem pensar em agarra-la.

- Sei como é difícil. A Alice ficou me enrolando um mês, quase desisti.

- A então isso é coisa de garota?

- To te falando cara. Fica frio um mês passa rápido.

- Valeu. Agora vamos entrar elas devem estar esperando.

Entrego a pipoca para ela, que está com os olhos brilhando com a expectativa do filme.

Ao longo da história, fico pensando, quanto está sendo difícil para aquele rapaz reconquistar a sua esposa novamente. Que barra! Será que ela vai se lembrar dele? Fico atento no filme esperando um final feliz. E o que tenho é surpreendente. Ela não recuperou a memória, mais se apaixonou por ele novamente.

O filme acaba, e saio de mãos dadas com ela. Adoro sentir seu toque, nem que seja um pouquinho.

- E aí, vamos comer alguma coisa? Pedro pergunta.

- Sim vamos no MC Donalds?

Todos concordam e partimos para a lanchonete. Alice e Dafine pediram um amburguer pequeno eu e Pedro um grandão.

- Amor me fala, gostou do filme? Alice pergunta olhando para Pedro

- Não sou fã de romance, mais esse filme foi da hora. Ele responde.

- Foi mesmo. Complemento.

- Ora, ora homens falando de filme de romance! Dafine diz.

- Gostei da história parece com uma que conheço. Digo.

Ela dá uma olhada para mim. Sem entender e continua comendo. Ficamos todos conversando, sobre, como será o último ano no colégio, e como estávamos ansiosos para terminarmos logo. A noite está perfeita. Ela está perfeita. Me seguro para não roubar um beijo.  Sentado ao seu lado, aproveito para abraca-la toda vez que falamos coisas engraçadas.

- Galera está divertido, mais tenho que ir. Ela diz.

- Tá. Então levo você para casa. Digo com uma pontada de tristeza pela noite estar acabando.

Nos despedimos do "Casal 20" e entramos no carro. No percurso tento desviar meus pensamentos em outra coisa que não seja beija-la. Mais não consigo. Lembro-me da noite que saímos para o cinema e depois fomos para o parque. Aquele beijo foi perfeito.

- O que foi? você está distante. Ela pergunta.

- Nada só estava lembrando de uma coisa.

Estaciono em frente a sua casa e ela começa a falar.

- O que você queria dizer sobre "conhecer a história do filme?"

- Parece com a nossa.

- Nem um pouco. Ela diz sem entender

- Parece sim. No início tivemos momentos de paixão, depois, você se distanciou. Agora tenho que reconquita-la.

- Não. Você não precisa me reconquistar.

- Fico paralizado com suas palavras. Era tudo o que esperava, e agora, nao sei o que dizer.

Dafine da um beijo em minha bochecha e sai do carro.

Fico petrificado com sua revelação. Ela se vai e eu digo: - Mais como sou burro. Perdi essa oportunidade. Dou um tapa no volante irritado.

Entro em meu quarto e fico pensando em várias maneiras de ter reagido diante sua revelação. No fundo, sabia que ela gostava de mim. Mais fiquei inseguro com seu distanciamento. Fico por muito tempo acordado pensando em te-la nos braços.

No meio da noite, sinto alguém deitar ao meu lado na cama. Tomo um susto ao ver Mia só de beibidol. Levanto-me rapidamente e fico paralisado.

- Ooo, que você está fazendo aqui? Falo gaguejando.

- Quero você Ruan.

- Quer nada. Digo me afastando para trás.

- Você quer sim. Dá para ver em seus olhos passeando pelo meu corpo.

Fico parado e engulo em seco quando ela se aproxima.

Estendo a mão em um sinal de "pare" ela para e tira o beibidol lentamente. Me arrepio todo ao ver seu corpo nu. Não lembrava que ela era tão linda. Mia se aproxima e rouba um beijo. Não consigo não retribuir. Ela é gostosa demais. A agarro com força e começo a tirar a roupa. Quando estou quase a possuindo, olho para o violão que está na poltrona à minha frente e junto a ele a letra que escrevi para ela. Empurro Mia com força e digo. - Sai daqui. Ela tenta se aproximar mais uma vez, e viro o rosto a desprezando. Ouço o barulho de seus passos saindo do quarto e respiro fundo, colocando a mão na cabeça.

- Meu Deus que loucura eu ia fazer.

Ajoelho-me na beira da cama e peço desculpas para Deus. Sinto tanta vergonha da minha fraqueza. Lágrimas escorrem por meu rosto. E fico a noite toda orando e pedindo à Deus que Mia (a garota tentadora) fosse embora logo.

Vejo o sol nascer da janela de meu quarto. Espero dar oito horas da manhã, e ligo para Gustavo. Ele é meu líder na fé. Preciso de sua orientação, antes que eu faça besteira. Ele pede para encontra-lo as nove horas na cafeteria do bairro. É o que eu faço, vou para a cafeteria e fico esperando-o chegar.

- Oi Ruan.

- Oi. Preciso de seus conselhos.

- Fala estou te ouvindo.

Gaguejo e não consigo começar a falar. Gustavo vendo meu estado diz: - Eu não vou te julgar. Fico mais tranquilo e começo a desabafar.

Depois de contar tudo o que quase aconteceu comigo e Mia ele diz:
- Estou orgulhoso de você.

- Como pode estar orgulhoso? Pergunto

- Você resistiu. Não é fácil resistir a uma mulher nua. Lembra que na bíblia um jovem chamado José correu da mulher de Porifar, que queria se deitar com ele. Você fez a mesma coisa, resistiu, e correu do pecado.

- O que me fez parar foi o amor que sinto pela Dafine. Não foi meu temor a Deus. Sinto-me envergonhado por isso.

- Mais graças ao seu amor, você resistiu.

- Agora o que faço para continuar resistindo?

- Você precisa ficar longe dela e orar muito.

- Orar é fácil. Agora ficar longe é impossível. Ela esta na minha casa até o fim do mês.

- Tenho um plano. Vou falar com os garotos da igreja para revezarem e dormirem na sua casa. Sua tia deixa?

- Sim é claro. Também posso dormir com meu primo. Não, é melhor, não envolver ele nisso. É só uma criança.

- Melhor.

Me despeço dele e logo ligo para Pedro que aceita o convite para dormir na minha casa. Meu Deus faltam três semanas para ela ir embora não sei se os meninos podem se revezarem por tanto tempo. O bom é que Pedro aceitou dormir lá três vezes por semana. Estou pregado de sono. Parado na frente de casa. Deito-me no banco do carro e tiro um cochilo.

Ela vem com seus olhos pretos e cabelos longos. Sensual com um vestido curto e deita-se ao meu lado. Viro-me e começo a tirar a roupa dela. Olho para ela, e vejo seu batom, vermelho, chamativo. Ao abrir a boca vejo que sai garras afiadas de seus dentes. Como uma vampira morde meu pescoço. Acordo atordoado do pesadelo. Saio rápido do carro e subo para tomar um banho.

- Misericórdia, até nos meus sonhos aquela garota me persegue.

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