Capítulo 43

40 7 0
                                    

#Ruan#

- Querido, o que faz andando de um lado para o outro!Você está bem? Minha tia pergunta.

- Não tia. Dafine não atende minhas ligações e quando consegue, não consigo ouvir aua voz direito. Tem interferência. Porque aquela teimosa foi se meter na Indonésia?

- Logo faltando tão pouco para o casamento. Quero ver se dará tempo para ela escolher o vestido. Deixei três separados para ela.

- Eu tive que pagar uma fortuna, para deixar esses vestidos reservados. Falo irritado

- Calma Ruan, desse jeito, vai pirar.

- Achei que casar daria menos trabalho.

- São muitas coisas para resolver.

- Ainda bem que você pode contar conosco. Pedro aparece na sala

- Que bom que você chegou. Acertou o pagamento do bufê?

- Sim cara está tudo ok.

- Pedro me faz um favor? Leva Ruan para dar uma volta, ele está surtando, com a pressão do casamento.

Pedro pega no meu braço, me puxando para fora, diz tchau para minha tia, e eu fico mais irritado.

- Me solta cara. Estou bem

- Não, você está horrível. Olha para essa cara de zumbi.

- Estou bem já disse.

- Nós vamos para a praia, precisa de um banho de mar para desestressar. Pedro diz

- Essa é uma ótima ideia. Tem tempo que não tomo um banho de mar. Digo

Coloco uma sunga e pego as chaves do carro. Pedro vem comigo e titia aproveita para ver como vai ficar o local do casamento na praia. Claro que já acertei tudo. Mais ela quer dar mais uma olhando no ambiente.

Ao chegar na praia paro de frente ao mar e fico a pensar no dia em que receberei minha princesa, vestida de noiva, pronta para começar uma vida comigo. Ainda faltam duas semanas, não vejo a hora de abraça-la novamente.

- Vai ficar aí que nem um bobão? Pedro pergunta correndo para o mar.

Tiro minhas roupas e me jogo no mar. Sentir essa água gelada, era o que estava precisando.

#Dafine#

Ligo mais ninguem atende. Ruan tentou ligar mais cedo e meu telefone estava chiando. Aqui o cinal é muito ruim. Estou em uma ilha muito afastada das magníficas ilhas da Indonésia.

- Ruan deve estar preocupado com você. Papai diz

- Ele deve estar desesperado. Faz três dias que não consigo falar com ele. Mais ontem mandei uma mensagem, não sei se ele recebeu.

- Hoje vamos tentar falar com ele. Fiquei sabendo de um ponto onde o cinal é mais forte.

- Então vamos pai. Estou com saudades do meu amorzinho.

- Agora teremos uma reunião esqueceu?

- Verdade.

A reunião foi de outro mundo. Essas pessoas tem tanta fé. São perseguidas, humilhadas e muito carentes. Mais nós estamos ajudando. Já entregamos comida, brinquedos para as crianças e muita alegria. Contudo, o mais importante é a palavra de Deus. Elas são transformadas com o poder da palavra.

A reunião acaba e uma garotinha vem falar comigo.

- Oi. Você é bonita.

- Obrigada. Você também é bonita.

- O que aconteceu com sua perna?

- Foi um acidente de avião.

- Nossa. Ela diz arregalando os olhos

Quando comessei a contar a história, muitas outras crianças se aproximaram para ouvir. Logo o lugar onde eu estava, tinha muitas pessoas ouvindo meu testemunho. Alguns estavam chorando, outros glorificado a Deus pelo livramento.

Sinto uma gratificação em poder e a esperança desse grupo.

Me despeço deles, e subo a montanha, pra conseguir ligar para meu noivo.

- Alô.

Começo a chorar ao ouvir a voz do meu amado.

- Dafine você está bem? Ruan pergunta com a voz preocupada.

- Estou. É que estava com saudade. Ouvir sua voz é tão bom.

- Eu também. Estou com saudades de você todinha. Dos pés a cabeça. Larga tudo aí e volta pra mim.

- Espere mais um pouco. Só faltam duas semanas.

- Esse tempo não passa. Parece uma eternidade.

- Deixa de reclamar. Me fala como estão os preparativos.

- Está quase tudo pronto.

- Obrigada por estar cuidando de tudo. Você parece cansado.

- Estou bem. Só morrendo de saudades.

- Queria que você estivesse aqui comigo. Ia ver, como essas pessoas são determinadas e fortes.

- Em um outro momento. Nas férias da faculdade quem sabe.

- Seria uma ótima ideia.

Ficamos por quase uma hora conversando. Mas tenho que ir. Vamos para outro acampamento. Me despeço de Ruan com um "boa noite". Porque onde ele está é noite. Aqui é de manhã. Esse fuso horário as vezes me deixa confusa.

#Ruan#

Agora posso dormir tranquilo. Fecho os olhos e fico pensando nela. Na cor de seus olhos. Que saudade de olhar para eles. No cheiro de seus cabelos. Agarro o travesseiro para tentar senti-la mais não consigo. Caio no sono com a esperança que esses dias passem logo.

#Pedro#

- "Alice sei que você não quer falar comigo. Não sei o motivo. Mais continuarei tentando. Te amo minha doidinha. Volta pra mim".

Deixo mais uma mensagem na caixa postal do celular dela. Com a esperança que tudo isso tenha uma explicação.

Conheço a Alice ela nunca fugiria de mim assim. Deve ter acontecido alguma coisa muito séria. Já criei vários argumentos.

Ela pode ter descoberto que sua avó está doente, e está muito debilitada para falar comigo. Não, isso não faz sentido, ela terminou comigo.

Já sei, ela pode ter descoberto que seus pais vão morar em outra cidade. Um lugar longe, e terá que ficar com eles. Sinseramente, não faço a menor ideia.

Estamos tão felizes. Com tudo planejado. Como uma garota pode fazer um garoto tão feliz num momento, e no outro, acabar com as alegria dele. Desde que ela se foi, sinto uma tristeza profunda.

Tento disfarçar e me ocupar ajudando Ruan com o casamento. Mais confesso, que tem hora que quero fugir, ou me esconder.

Olhoar ao redor e ver as pessoas fazendo planos. É tortura porque não tenho mais expectativas. Vou para a Universidade, porque meus pais iriam me matar se não fosse. Mais não sei o que fazer quando chegar lá.

Ajeito o travesseiro e fico me torturando ao pensar no seu sorriso perfeito. Seu geito de me olhar. Sempre olhou para mim com ar de desejo, e era isso que me deixava tão louco por ela. - "Aaaa Alice cadê você garota teimosa". Digo em voz alta e enfim, apago a luz, para tentar dormir.

Uma Vida Com Propósito.Onde histórias criam vida. Descubra agora