Capítulo 32

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Depois de semanas de fisioterapia hoje recebo alta. Ruam está com um sorriso de orelha a orelha. O médico entra e assina os papéis. Vestida com um vestido vermelho deslumbrante que ganhei dele. Saio de mãos dadas com meu amor. Porta a fota do hospital em que fiquei por quatro meses, sinto-me grata e aliviada por estar respirando ar fresco.

- Você está um arraso com esse vestido.

- Obrigada pelo presente, adorei.

- Quer fazer o que no seu primeiro dia de liberdade?

- Quero comer um hambúrguer bem gorduroso com refrigerante e batatas.

- Você quem manda amor.

- O que acontecer com o "genetal"

Ruan cai na risada e diz: - Ok general.

- Estava com saudade de ver você feliz assim. Digo

- Nas últimas semanas seu pai tirou meu humor. Mais hoje estou feliz demais para pensar em problemas.

- Nem me lembra da cena ridícula que ele deu no hospital. E você, tinha que partir para cima dele?

- Já te pedi mil desculpas é que meu sangue ferveu, quando ele disse que você agora era dele.

- Esquece essa história. Meu pai só disse aquilo porquê estava com ciúmes de você. Agora que ele desistiu dessa idéia de me levar para Austrália não tem no que se preocupar.

- Verdade amor.

Entramos na lanchonete mais badalada da cidade que frequento desde criança. Sou recebida com sorrisos e abraços dos atendentes que dizem: - É por conta da casa. Aceno em agradecimento.

- Você ficou famosa. O atendente diz entregando nosso hambúrguer.

- Há fiquei?

- Sim. Depois do acidente trágico com aquele avião. Pensávamos que ninguém poderia sobreviver aquilo.

- Mais foi tão feio assim? Pergunto

- Caímos num vale em cima de duas montanhas. Ruan complementa.

- Nossa foi Deus que nos salvou. Sou grata eternamente.

- Tenham um bom apetite. Ele diz e sai.

- Quero ir em outro lugar depois daqui. Digo.

- Tá. Onde?

- No cemitério.

Comemos em silêncio. Ruam fica olhando para mim. Acariciando minha não e diz: - Temos sorte de ter um ao outro.

Engulo em seco e levanto-me. Ele me segue e entra no carro.

Parada de frente ao túmulo dela fico a chorar. Ruan fica calado de mãos dadas a mim.

Digo: - Te amo mamãe, sempre te amarei. Espero que esteja em um lugar melhor. Ele me abraça e diz: - Ela está, sei que está.

Depois de deixar flores no túmulo do vovô partimos para a casa. Ele insiste em abrir a porta do carro para mim e diz: - Deixa te acompanhar senhorita.

- Sim senhor. Digo em sorriso.

Ao abrir a porta recebo uma grande surpresa. Todos os meus amigos reunidos gritando: - Seja bem vinda de volta.

Recebo abraços e sorrisos. Até o pastor está aqui, com todos os jovens da igreja. A casa não cabe de tanta gente. No quintal um churrasco nos espera.

- Você vai voltar para Escola? Alice pergunta.

- Vou, e vou entrar para a faculdade.

- É isso aí garota. E vamos nos formar juntas como o planejado.

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