Capítulo 35

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#Dafine#

Hoje é sexta, Ruan e meus amigos vão dormir aqui. Estou tão animada. Passei duas noites nesta casa enorme sozinha. A campainha toca e vou atender.

- Oi amor. Ele diz com um sorriso de me fazer perder o fôlego.

- Oi coisa linda. Digo

- Está precisando de ajuda?

- Não, já acabei.

- Ficou bom aqui. Ele diz

Afastei os móveis da casa para fazermos uma festinha particular. Afinal, hoje é sexta. Encomendei muitos aperitivis gostosos e os refrigerantes estão na geladeira. Alice e Pedro chegam, Ruan coloca a música. Digo: - Vamos dançar.

- Mais é claro. Ruan começa a fazer passinhos estendendo a mão para mim. Sorrio e me aproximo. Alice e Pedro se unem a nós. A música invade meu ser. Dançando e pulando como se estivesse num show, sinto uma alegria em poder pular, saltar e dançar como se nada tivesse acontecido. Começo a chorar e a agradecer a Deus por estar viva e poder movimentar meu corpo, mesmo que com a ajuda de uma prótese.

Ruan enxuga uma lágrimas que cai no meu rosto e continua dançando. Ele sabe que estou chorando de alegria. Alice abre um grande sorriso e continua com sua coreografia acompanhada por Pedro.

Depois de umas quatro músicas estou exausta. Sento-me e fico olhando meus melhores amigos dançando alegremente. Quando a música acaba bato palmas e assobio.

Ruan se aproxima e diz: - Você é minha alegria. Sorrio em resposta e digo: - Você é tudo que preciso para ser feliz.

Uma música lenta começa a tocar, ele estende a mão e abaixa a cabeça pedindo que dance com ele. Como recusar, simplesmente não dá. Esse garoto é muito charmoso.

Levo minhas mãos em volta de seu pescoço. Ele me abraça apertado. Com o toque lento da música somos levados. Passo a mão carinhosamente por seu rosto belo. Ele dá um sorriso encantador e beija-me com todo seu amor. Ouço a campainha tocar e paro imediatamente de beija-lo. Digo: - Quem será?

- Vou atender, fique aí. Ruan diz

Não consigo e vou com ele atender a porta.

- É Arthur com um amigo da escola e duas meninas da nossa sala.

- Viemos para a festa. Ele diz

- Sinto muito Arthur é particular. Digo

- Nossa, não sabia que você era grossa.

- Desculpe, não quis ofender.

- Deixa a gente entrar, não temos nada para fazer hoje e sua casa está disponível.

- Tá, entrem. Digo

- Ruan me dá uma olhada de repreensão. Eu olho de volta para eles e abro espaço para que entrem. Fecho a porta e Ruan pergunta: - O que foi isso? Como ele soube?

- Ele ouviu nossa conversa na hora do almoço. Desculpe amor mais não queria ser indelicada.

- Era só ter deixado comigo que teria batido a porta na cara deles.

- Quando verem que só tem refrigerante, vão embora.

- Acho bom.

Arthur e seus amigos começam a dançar. Pedro e Alice olham com a cara de que não estão entendendo nada. Alice vêm até mim e diz: - O que está acontecendo aqui? Detesto essa garota.

A Bia a garota mais pra frente do Colégio. Aliás vive dando em cima de Pedro. Entendo porque ela está irritada.

#Ruan#

Estou na cozinha tomando um copo de água para tentar engolir as visitas. Pedro entra e diz: - Cara isso não vai prestar.

- Calma, Alice não sabe que você deu uns amassos nela.

- Estou com medo dela dar na telha.

- Alice sabe que essa garota é uma vadia. Vai achar que só está sendo a Bia de sempre.

- Espero.

Arthur entra na cozinha e diz: - Cadê as bebidas?

- Aqui. Mostro o copo de refrigerante que está em minha não.

- Cara, estou falando de bebida de verdade.

- Essa não tem.

- Não seja por isso. Ele pega o celular e começa a ligar para a distribuidora.

- Ei, aqui não entra bebida. Pode parar. Digo

- Deixa de ser careta. Isso é uma festa.

- Isso é um encontro de amigos e você não foi convidado.

- Aí, aí essa casa agora é sua por acaso?

- Não, mais é da minha namorada.

- E por isso mesmo você deveria deixar de ser careta. A Dafine tem essa casa só pra ela, e você não vai aproveitar?

Meu coração ferve e me aproximo para dar um soco em sua cara de pau.

- Epa, epa Ruan, fica frio. Pedro diz entrando em minha frente.

Respiro fundo e ouço um grito vindo da sala. Corro para ver o que é. Pedro corre e tira Alice de cima da Bia que está toda descabelada. Parece ter levado uns tapas.

- O que foi? Pedro pergunta para Alice

- Você ainda me pergunta? Alice diz

E ferrou. É só o que penso.

Dafine diz: - A festa acabou saem da minha casa.

Graças a Deus eles se vão. Alice desaba de chorar. Dafine abraça a amiga e Pedro olha para mim desesperado. Dou um cinal para que ele venha até a varanda. E é o que ele faz.

- Pedro fica tranquilo ela vai te perdoar.

- Acho que não.

- Calma, deixa ela chorar e esfriar a cabeça.

- Preciso me explicar.

- Sim, mais não agora. Fica aí, vou ver como ela está.

Vou ate a sala e Alice ainda está chorando. Digo: - Alice ele te ama.

- Ruan deixa nos a sós. Dafine fala e eu volto para a varanda. Sento-me ao lado do Pedro e digo: - Temos que esperar.

Fico por alguns longos minutos com Pedro na varanda até que Dafine aparece e diz que Alice quer conversar com ele. Pedro imediatamente entra na casa e Dafine senta no lugar onde Pedro estava.

- Você sabia? Ela me pergunta.

- Sim. Respondo olhando para o chão.

- Ruan ela é sua amiga.

- E ele é meu amigo.

- Verdade. Mais nesmo assim você deveria ter contado.

- Se ela tivesse traído ele você teria contado?

- Acho que não.

- Dafine, aquela garota é uma vadia ficou se jogando em cima do Pedro o ano todo. Até que ele não resistiu.

- Mais isso não é justificativa.

- Sim não é, mais tem gente que não é tão forte. Você lembra da Mia. Quase fiz besteira por causa dela. Tive ajuda de Gustavo e dos meus amigos. Pedro não teve.

- Não teve porque não procurou. O erro do homem é achar que é forte o bastante para resistir os pratos que o diabo oferece.

- Verdade. Abraço minha princesa e espero até aqueles dois se acertarem.

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