Capítulo 13

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#Dafine#

Acordo sonhando com ele. Preciso resfriar a cabeça. Não acredito que estou tendo sonhos eróticos. Resolvo tomar um banho e cantarolar debaixo do chuveiro. Termino, visto um moletom confortável e desço as escadas.

- Bom dia querida, vejo que a noite ontem foi boa. Está cantarolando desde que acordou.

- Bom dia vovô. Nada de mais. Só estou feliz porque Ruan falou que me ama.

- Que bom querida, fico feliz com o amor desse garoto por você. Aproveita esse momento porque a vida é curta e passa logo.

Dou um abraço no vovô, tomamos café e fomos até o hospital. Saio arrasada de lá. O médico falou que ela piorou nessa madrugada e não pode receber visitas estão fazendo novos exames.

Digo para o vovô, tentando ser forte.
- Ela vai sair dessa, não se preocupe. Engulo as lágrimas e guardo para mais tarde. Não quero deixar o vovô preocupado.

Deixo vovô em casa e vou até a casa de Ruam. Ao chegar vejo que ele está na varanda abraçado à uma garota. E sinto uma pontada de ciúmes. Dou meia volta e ouço Ruam me chamar.

- Dafine.

Viro-me triste e olho para ele. Que vêm correndo em minha direção.

- Dafine posso explicar.

- Não precisa.

Ele me abraça e diz. - Te amo. Ela é só uma prima de terceiro grau que não via há um ano.

Fico abraçada a ele. Vejo a menina bonita nos olhando ao longe. E volto a minha atenção para ele.

- Preciso conversar podemos sair daqui.

Ruam me leva para a parte de trás da sua casa onde ficamos sozinhos e diz. - fala amor, o que aconteceu?

- Minha mãe piorou, estão fazendo exames. Caio em lágrimas.

Perto dele não sou forte. Desabo novamente. Ele me abraça e diz. Calma, Deus está no controle.

Ficamos ali parados, um nos braços do outro, em silêncio, até meu celular nos interromper.

- Alô.

- A paz do senhor. Queria saber como está sua mãe. Diz o pastor.

Explico tudo o que o médico disse e o pastor pede para que hoje eu não falte ao culto na igreja. Confirmo a minha presença e desligo o telefone. Uma tristeza invade meu coração. Não aguento mais, já se passaram duas semanas sem ela. Caio novamente aos choros.

Sou confortada com o carinho de Ruan, que fica ao meu lado, nesse momento difícil.

Somos interrompidos com a tia dele dizendo que o almoço está pronto. Lembro que vovô está me esperando para almoçar.

- Tenho que ir, meu avô está sozinho.

- Deixa só eu te apresentar a Mia.

Quando olho para ela fico coajida com tanta beleza. Ela tem cabelos longos e pretos, um sorriso perfeito, e um corpo de dá inveja.

- Oi sou Dafine a namorada do Ruan. Digo tentando me ageitar da cara de choro.

Ela dá um sorrisinho e diz. - Prazer sou Mia a prima desse trouxa aqui.

Ele ri e me leva até a porta dizendo - Ela veio da Califórnia e vai passar o verão aqui.

Digo sem nenhuma animação: - Que bom.

Me despeço deles e vou para casa. Chegando lá, vovô já está preparando o almoço. Digo. - Vovô vamos à um restaurante não precisa fazer comida.

- Então tá, não estava querendo comer canja de novo mesmo.

Vamos ao restaurante do centro e tento disfarçar a tristeza perto dele, mais não consigo.

- Minha querida melhora essa carinha.

Dou um sorrisinho de meia boca e falo: - Preciso de doce, vou pegar sobremesa o senhor quer?

- Não obrigado, sou diabético e não posso exagerar.

- Ok, já volto.

- Oi. 

Olho para ver quem é. E vejo que é Pedro.

- Oi Pedro. Digo dando um sorrisinho.

- Sua mãe melhorou?

- Não. Digo e volto para a mesa.

- O que foi Dafine. Meu avô questiona.

- Não aguento mais as pessoas perguntando da minha mãe.

- Sejá educada e vá se desculpar com o garoto. Vovô manda, obedeço imediatamente. Pedro entende, aceita minhas desculpas e vai em bora. Depois de alguns minutos nós também vamos.

Fico à tarde toda no quarto. Não estou com ânimo para sair da cama. As horas se passam e levanto-me para me arrumar para o culto. Visto um vestido simples, prendo o cabelo e coloco uma sapatinha confortável. Ouço o som da campainha. Vou atender e vejo que não é Ruam e sim Gustavo.

- Oi. Ele diz

- Oi. Digo surpreza em vê-lo.

- Ruam pediu que buscasse você, ele vai se atrasar para o culto.

- Tudo bem então. Pego minha bíblia e entro no carro. Comprimento sua esposa e a filhinha que estão no banco de trás.

Na igreja todos vêm em solidariedade falar comigo e sinto-me melhor em estar com eles. Faz mais de uma semana que não apareço. Estava com saudades, adoro estar aqui. Meu lugar preferido.

Parece que Deus preparou esse culto para falar comigo. Os louvores, a palavra tudo diz para descansar em Deus. Preciso fazer isso, afinal, ele é o Deus do impossível. O culto acaba e não vejo Ruan. Peço carona para Gustavo que me leva de volta para casa. Ao chegar, vejo que vovô já está dormindo. Vou ate meu quarto e ligo para Ruan que não atende. Resolvo ir até sua casa.

- Boa noite senhora o Ruan está? Pergunto para sua tia.

- Saiu com a Mia e até agora não voltou.

- Obrigado senhora. Desculpe por incomodar.

Volto para casa com uma pontada no coração. Ruan saiu com a prima gata, não foi para a igreja e até agora não voltou. Isso não está certo. Fico pensando mil coisas. Ele dançando com ela, ele beijando ela. "Para Dafine, seja confiante". Diz meu pensamento. Mais ao mesmo tempo a insegurança bate. Aquela tal de Mia é a garota que todo cara gostaria de ter. Um mulherão. Nem quero pensar nele colocando as mãos naquelas curvas.

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