Capítulo 44

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#Dafine#

Os dias passaram rápido e estou a cada, dia mais próxima do papai. Ele foi muito ausente na minha infância, Mais agora, o admiro. Tem uma linda família, e está fazendo um ótimo trabalho como missionário. Prega a palavra com muito fervor.

Várias pessoas já se renderam a Jesus desde que estamos aqui. Muitos milagres e maravilhas estão acontecendo ao nosso redor. Sinto a presença de Deus, o tempo todo. É um sentimento inexplicável. Sinto que aqui é o meu lugar.

#Ruan#

- Tia estou com um mal pressentimento. Dafine já era para ter ligado, ou pelomenos mandado uma mensagem. Amanhã será o dia em que ela deve estar de volta. Mais não tenho serteza se virá.

- Como assim? Ela sabe que o casamento é daqui uma semana.

- É por isso que estou preocupado. Acho que ela não está se importado com o casamento.

- É coisa da sua cabeça, Ruan ela virá.

- Nas nossas últimas conversas ela parecia diferente, e muito empolgada com a missão.

- Tente dormir um pouco. Você parecerá o noivo mais feio do mundo se não acabar com essas olheiras.

Deito na cama e minha tia se vai para o quarto dela. Sinto uma insegurança bater, e esse sentimento, não é nada bom.

Na manhã seguinte. Olho no celular e nada. Nada de Dafine, ou ela chegará de surpresa, ou desistiu.

O dia passa lento e fico na varanda da sua casa, sentado do lado de fora, esperando que um táxi traga minha garota.

Como já anoiteceu e não comi nada o dia todo vouto para dentro da casa.

- Querido melhore essa cara. Minha tia diz preocupada.

Olho para ela e para a comida. Que está sem sabor. Deixo o prato ainda pela metade, subo para meu quarto. Ajoelho-me na cama e começo a orar, peço que Deus traga ela de volta. Mais isso não acontece.

Na manhã seguinte fico revoltado, sem entender, porque ela não atende o telefone. Fico novamente esperando  sua varanda até anoitecer. E volto para casa sem nenhuma esperança.

- Ruan, se ela não chegar até amanhã devemos cancelar o casamento. Minha tia diz

- Tá tia, amanhã veremos. Vou dormir agora. Falo para ela e subo para meu quarto.

Deito-me na cama e não consigo dormir. Ainda há uma pequena esperança em ve-la entrar pela porta.

Cedo o telefone toca e pulo da cama. Olho para a chamada e é o pai de Dafine. Começo a tremer. Pego o celular e digo.

- Alô

- Alô. Pai da Dafine fala

- Cadê a Dafine?

- Ela foi para a China, e estou voltando para a casa.

- E o casamento?

- Sinto muito. Ela acabou de embarcar com um grupo de missionários para a China.

Desligo o telefone na mesma hora e jogo-o na parede. Caio no chão e começo a chorar. Sinto uma imensa dor. Ela preferiu um grupo de missionários do que casar comigo.

Depois de alguns minutos de desespero, desço as escadas, pego o carro, e vou para a praia. Fico a manhã inteira olhando para o mar, sentindo uma tristeza profunda.

- Grito até perder a voz - Deus porque ela. Porque Deus.

Sinto uma revolta em meu coração. Não quero mais servir a um Deus que tira de mim tudo que tenho. Primeiro meu pai, agora a Dafine, o amor da minha vida.

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